Ao avaliarmos o homem e a mulher em transição, percebemos que, a cada dispensação de dois mil anos sob as hierarquias solares, existem qualidades particulares da Divindade cuja finalidade é a de serem retratadas no homem e na mulher, para a mestria dos elementos relacionados com tais dispensações.
Durante
a era de Peixes, vemos como arquétipos da dispensação da consciência
Crística as figuras de Jesus e Maria, que retratam o raio masculino e o
feminino. Vemos Jesus, Maria e Saint Germain ancorando a luz da Sagrada
Família. Eles receberam seu treinamento dos manus da sexta raça raiz e
da sexta dispensação, o Deus e a Deusa Meru, que focalizam a chama da
iluminação no Lago Titicaca.
Nossa
senhora passou grande parte do tempo antes de sua encarnação, e até
mesmo durante a encarnação, nesse retiro, meditando sobre o exemplo do
Cristo para os dois mil anos que se seguiriam. Sua meditação sobre o
padrão arquetípico possibilitou a ela dar nascimento a Jesus – o Ser
Cristico.
O sentido de idolatria
É
difícil saber, à luz da história e do encobrimento das imagens de Jesus
e Maria, com quase uma pátina de doutrina e dogma, qual é, exatamente, o
padrão arquetípico da consciência do homem e da mulher da era de ouro.
Temos de retirar a indumentária pesada que foi colocada em torno da
imagem desses dois indivíduos, a mística e a elevação deles à posição de
Deus, impedindo a nossa entrada para compartilhar a sua consciência, a
fim de compreender como devemos despir todas as camadas em nível de
homem e mulher, para chegarmos ao homem e à mulher da Nova Era, ao homem
e a mulher da sétima dispensação, a da era de Aquário.
Ao
compreendermos quem é o homem, quem é a mulher e quem somos nós, a fim
de resolvermos a crise de identidade nesta era, devemos considerar a
posição de Jesus, não como um deus, mas como um ser ungido que cumpriu o
potencial interior e deu o exemplo do que todo homem deve fazer.
Devemos considerar Maria, a Mãe, não como uma deusa, mas como uma mulher
que caminhou pela Terra há pouco, em termos de tempo e espaço; que
passou por encarnações anteriores à encarnação final, como aconteceu com
Jesus; que realizou um aspecto do potencial feminino que as mulheres
hoje em dia podem e devem realizar.
À
medida que quebramos as barreiras da separação entre nós mesmos, como
pecadores e Maria e Jesus como deuses, começamos a estudá-los como seres
humanos, arquétipos humanos. Vemos que eles enfrentaram as mesmas
tentações, problemas e adversidades que nós enfrentamos; vemos que eles
passaram por vidas anteriores nas quais cometeram erros. Não foram
sempre deuses, tão perfeitos que quase exibiam feições de estátua.
Não
podemos culpá-los pela imagem que nós mantemos, porque foi nossa
suscetibilidade à idolatria que a perpetuou. E, é claro, a mente carnal
que eleva um ídolo vai, eventualmente, destruí-lo. Tanto em Deus quanto
no homem, o poder de criar é o poder de destruir. Quando criamos um
ídolo significa que controlamos o ídolo. O ídolo que idolatramos é
aquele que iremos destruir, despedaçar.
O
êxodo maciço que está acontecendo hoje em dia nas igrejas é
consequência de uma idolatria extremada que, afinal, não podemos conter
em nós mesmos, porque é uma competição com nossos próprios egos.
Portanto, abaixo os santos, abaixo a Igreja, abaixo as hierarquias, e
isso acontece porque nossa compreensão de hierarquia nunca esteve
centrada em nossa Realidade interior.
Se
tivermos a Realidade interna da luz do masculino e do feminino, então a
reconhecemos uns nos outros: não existe competição, não haverá
competição por poder, não haverá ciúmes nem necessidade de adorar
ídolos, porque nós somos aquela mesma chama. E surgirá uma sensação de
regozijo por sabermos que esses dois seres, Jesus e Maria, sob grandes
dificuldades e adversidades, foram capazes de sustentar sua meditação em
um padrão de Cristicidade para o homem e a mulher, padrão esse que tem
sido a base de nossa civilização por dois mil anos.
Os testes de Jesus e de Maria
Ao
falarmos com Jesus e com Maria ao longo dos anos, eles nos disseram que
toda essa glória que os envolve não deve eliminar da mente das pessoas o
fato de que eles também tiveram suas tentações e testes. Maria conta
que, enquanto ela estava sobre o burrico, em busca de um lugar onde
pudesse dar à luz, José a tranquilizava o tempo todo, garantindo-lhe que
eles conseguiriam chegar lá a tempo.
Saint
Germain, que estava encarnado como José, disse em um dos seus ditados
que não tinha muita certeza de estar tudo bem, mas afirmou isso para
confortar Maria; e ela o ouviu, embora também não estivesse muito certa.
Depois
do nascimento, o anjo do SENHOR apareceu a José; e José, pelo fato de
sua meditação estar voltada para a chama interior, foi capaz de perceber
o anjo, ouvir o aviso, aceitar a mensagem e agir de imediato. José
seguiu o conselho do anjo, pegou a jovem mãe e a criança e todos fugiram
para o Egito. Só que muitas vezes recebemos um aviso e nos sentimos
petrificados de medo.
Se
vocês tiverem a oportunidade de lerem os textos dos primórdios da
Igreja, os quais não foram incluídos na Bíblia, encontrarão relatos que
talvez não sejam confiáveis de todo, mas são muito sugestivos a respeito
de circunstâncias que podemos muito bem compreender. Houve um período
da infância de Jesus no Egito do qual não sabemos por meio das
escrituras, um período em que houve liberação de luz através da criança,
curas e muitos milagres.
Em
nossa viagem ao Egito visitamos a casa em que, segundo a tradição
local, a Sagrada Família ficou. Se vocês visitarem aquele país, poderão
constatar que as circunstâncias e condições para se criar uma criança de
luz lá, são tão difíceis, ou até mais, do que encontraríamos no
Ocidente, hoje em dia.
Nossa
Senhora nos disse que naquela época não existiam abrigos para os que
tinham problemas de saúde, tanto de corpo quando de mente e espírito;
devido a isso, havia loucos pelas ruas, havia muita gente perigosa e
doente. Tudo isso ela foi obrigada a dês-ver, a fim de enxergar apenas o
Cristo perfeito em Jesus.
Encontrando Deus como Pai e Mãe
O
propósito do homem e da mulher na era de Aquário é encontrar a
liderança interior como o princípio da Divindade, como Pai e como Mãe.
Não há competição entre essas duas esferas da consciência; existe, sim,
uma fusão das duas, para que cada um possa fazer nascer o Cristo em si.
As
mulheres de hoje em dia devem liderar a senda, pavimentar o caminho,
demonstrar a mestria do lado feminino da Divindade que existe dentro
delas; devem alcançar a liberdade de elevar as energias de seus chakras,
a fim de liberar a luz. Devem expressar a liderança no retorno do Olho
Onividente de Deus, no retorno ao Éden, não apenas de forma alegórica,
mas na realidade.
Na
Lemúria, foi a encarnação da mulher que levou a encarnação do homem a
decair da visão do conceito imaculado. A tentação para a queda da
consciência veio a Eva, veio à mulher, e o homem a seguiu; portanto, é a
mulher que deve liderar agora o retorno ao coração de Deus.
Vemos
isso como homem e mulher no indivíduo. Mas devemos ver também que
existe a divisão dos papéis de homens e mulheres. As mulheres, então,
devem levar o homem de volta à pureza original da consciência de Deus.
Elas devem primeiramente alcançar isso, para em seguida ensiná-lo a seus
filhos, treinando-os em sua pureza.
O
que vemos em nossas cidades hoje? Vemos exatamente o oposto; vemos a
traição do papel do masculino, vemos que esse papel está sendo assumido
pelas mulheres, que não compreendem o significado da liberação, que não
percebem o verdadeiro significado do movimento feminista, que é a
revolução da alma. Determinada a não ser mais desprezada por qualquer
força, a alma se elevará, a fim de realizar a união alquímica com o
Espírito.
Isso
não significa que as mulheres devem lutar por igualdades superficiais e
insignificantes com o homem. Significa que as mulheres devem liderar o
caminho da espiritualidade, porque o lado feminino da divindade dentro
de nós é nossa maior manifestação.
É
a faculdade de intuição das mulheres que pode proporcionar ao homem a
visão para a vitória. A mulher deve conter essa visão dentro de si
mesma. Ela deve manter essa visão para seu país, para sua comunidade,
para seu planeta. Ser mãe e gerenciar um lar não é simplesmente se fazer
de escrava e dona de casa. Gerenciar um lar significa manifestar os
fogos do Om, do Sol Central, na matriz, no campo de força, para dar à
luz crianças e discipliná-las de acordo com as Leis de Deus.
A
mulher cria a mandala por intermédio da qual o homem pode seguir em
frente a fim de conquistar a precipitação da abundância em seu trabalho,
em sua profissão, em seu chamado. O homem conquista a Matéria através
da ação do raio feminino dentro de si mesmo. A mulher deve trazer à tona
esse princípio feminino do homem.
Isso
não significa que ela deva negar a si mesma a chance de ter uma
carreira e seguir uma vocação fora do lar. Ela também pode ter seu labor
sagrado e seus filhos podem ajudá-la a realizar isso. Existe um
período, porém, se a mulher deseja ser mãe, se deseja ser a Mãe de Deus,
em que ela deve pertencer apenas a seus filhos. Quando eles são muito
pequenos, quando precisam de sua chama, ela deve estar perto.
Por
fim, esses anos realmente passam e a mulher pode seguir seu caminho,
ensinando o homem a conquistar a Matéria, a realizar a alquimia do fogo
sagrado e a abrir as energias dos chakras.
Elevando o masculino
Fui
visitada por uma prostituta, há pouco tempo, que me contou de seu amor
pelos homens e do quanto a compaixão que sentia por eles era grande. E
eu lhe disse: “Você não tem compaixão, está simplesmente se deixando
envolver pela simpatia humana. Está traindo os homens, porque está
arrastando as energias deles para o ponto mais baixo da consciência.”
Ela
decidiu que tinha uma missão para a Fraternidade, uma missão para os
Mestres, que era a de trazer amor para a humanidade. Eu disse: “Você não
poderá trazer esse amor, nem ensiná-lo, até que consiga disciplinar os
fogos do amor dentro de si mesma. A verdadeira compaixão pelos homens é
manter o conceito imaculado que os capacita a elevar as suas energias e a
libertar seu potencial nas esferas do Espírito: o raio masculino que
sai do chakra da coroa como energias da mente de Deus; as energias
masculinas que vêm para o terceiro olho e para a garganta, e que dão ao
homem o poder de ser homem.”
Quando
vemos fraqueza e perda de qualidade masculina nos homens, devemos
atentar para a mulher caída dentro de homens e mulheres que traíram esse
princípio masculino. Quando vemos mulheres que não conseguem expressar
seu papel de mãe e de imagem da Virgem Cósmica, devemos lembrar que
muitas vezes é a própria mulher que permite que suas energias masculinas
pervertidas dominem seu potencial feminino. Ela permite que sua mente
carnal, o questionamento, a condenação, a irritação, as implicâncias – e
todas as qualidades desse tipo que pervertem o masculino, destruam o
feminino nelas mesmas, e tanto o masculino quanto o feminino em seu
marido e em seus filhos.
Vemos
que existe uma responsabilidade igual no homem e na mulher. Precisamos
perguntar a nós mesmos: “Será que estamos traindo Deus como Pai em minha
vida ao impedir o ímpeto, o impulso da Lei, a energia das qualidades do
Espírito que associamos com o homem, tais como a iniciativa, a
habilidade de conquistar e de moldar um destino para a família?” Isso
tudo também deve estar contido na mulher: quando, porém, na presença do
homem, devemos deixar que o homem assuma essa polaridade. No caso de
ausência dele, aí sim, devemos assumi-la dentro de nós mesmas.
Também
o homem, na presença da mulher, deve expressar deferência pelo raio
feminino, concedendo graça e consideração, porque o feminino é o
princípio mais elevado dentro dele. É a sua manifestação mais elevada;
ela pode alcançar a realização mais elevada de Deus; mas na Terra, por
traição e rebelião, alcançou a realização mais baixa. E esse nível mais
baixo veio a ele por meio da mulher caída.
O magneto divino
Uma
civilização pode se elevar somente até o nível em que a mulher nessa
civilização tenha a permissão de se elevar. Isso é verdadeiro para nossa
própria consciência individual na era de ouro. Só se você permitir à
mulher se elevar dentro de você mesmo, a energia da Kundalini,* como os
fogos da pureza, poderá o masculino dentro de você florescer e se
expressar. Não existe um meio-Deus. Não se pode excluir o masculino nem o
feminino, ou dizer que um é mais importante do que o outro.
*
A palavra Kundalini significa, literalmente, “serpente enroscada”. A
Kundalini é a energia enroscada em estado de latência no chakra da base
da coluna. Ela é a polaridade negativa, na Matéria, do Fogo-Espírito
positivo que desce da Presença do EU SOU para o chakra do coração.
Precisamos
olhar além das perversões do Deus Pai-Mãe que vemos acontecer no homem e
na mulher. Precisamos compreender que, além da ilusão, além do que está
acontecendo do lado de fora, existe aquele núcleo de fogo cristalino do
ser; e, por meio de nossas orações, recitando a Ave-Maria e o
Pai-Nosso, podemos fazer surgir esse potencial um no outro.
Minha
experiência tem sido muito rica ao lidar com pessoas que me procuram
sem ter noção alguma da luz, sem ter nenhuma consciência do respeito
pelo pai ou pela mãe, dentro ou fora, e nenhuma percepção do fluxo de
energia. Aprendi que com um pouco de dedicação e um pouco de amor,
mostrando às pessoas que nós acreditamos nelas e sabemos que elas podem
alcançar essa luz, elas florescem da noite para o dia, transformam-se e
se mostram pessoas diferentes.
Aquele
molde de barro, aquela concha que antes nos parecia um cadáver
ambulante, subitamente se torna o Ser Crístico transfigurado diante de
nós. O represamento do verdadeiro masculino e sua perversão por conta da
perversão do feminino são revertidos – os homens se tornam homens e as
mulheres se tornam mulheres, e não existe mais confusão, porque cada um
de nós percebe que tem uma imensa tarefa a cumprir em nossos próprios
raios, de modo que não há necessidade de competir ou roubar um do outro
esse cargo sagrado que nos foi concedido pela hierarquia.
Já
treinei muitos rapazes, filhos de Deus, e os ensinei a ancorar o
magneto do raio masculino dentro de seus chakras, dentro de seus
corações. Mostrei-lhes como aspirar à senda do celibato e como usar essa
energia para ancorar o verdadeiro princípio da Divindade. Expliquei a
eles: “Se vocês sonham com uma mulher em seu coração, uma mulher que
vocês nunca encontraram, sua chama gêmea, o epítome da beleza, da
virtude, da delicadeza e da maternidade, essa mulher pode caminhar a seu
lado, se você alcançar a sua virilidade divina.”
E
digo a eles, especialmente àqueles que desperdiçaram suas energias e
perverteram o fogo sagrado: “Você não possui nada do raio masculino
dentro de si para atrair a mulher divina. O que espera, além de
problemas e dores nos relacionamentos com as mulheres? Você nunca
exaltou o Cristo; nunca posicionou o magneto dentro de você para fazê-lo
atrair algo de valor. Não recebe nada que não mereça nesta vida, e só
consegue atrair o que você é. Sendo assim, quanto mais você focar os
atributos dos Mestres Ascensos que personificam o princípio masculino,
quanto mais se tornar a encarnação da força e das virtudes de honra,
nobreza e proteção; quanto mais compreender o que a Paternidade de Deus
representa, então maior será a possibilidade de você magnetizar,
atraindo de algum canto da Terra ou do céu aquele ser divino que é a
polaridade exata de quem você é.”
Então
eu os submeto por algum tempo a um período de meditação, invocação e
serviço, trabalhando para ancorar aquele fogo nos chakras. E pouco a
pouco, vejam só... ela surge pela porta, o complemento exato daquele que
se dispôs a sacrificar o mau uso de sua energia e a consagrar essa
energia a Deus.
Ensino
o mesmo às mulheres: “Se você está insatisfeita, não deve culpar
ninguém, exceto a si mesma. Quando você se torna a mulher verdadeira, a
mãe verdadeira, a manifestação verdadeira do princípio feminino do
cosmos, vai encontrar seu complemento divino. E isso poderá se
manifestar de muitas formas. Pode ser o indivíduo que caminha lado a
lado com você, oferecendo-lhe conforto, compaixão e companhia na vida:
ou pode ser um Mestre Ascenso, sua chama gêmea que foi adiante de você,
eu está ao seu lado e tão presente, tão próximo que você nunca se vê
sozinha, e sente constantemente a plenitude da sua presença.”
Casamento e família
O
casamento não é necessariamente a coisa mais importante da vida. O
casamento da alma com o Espírito, esse sim, é nosso objetivo. O
casamento humano talvez seja a consequência lógica de sua mestria, mas
pode não ser o caminho adequado para você. Pode ser que você sinta as
energias se elevando dentro de si e a união do masculino com o feminino
como uma manifestação tão intensa que não pode tirar sua atenção da ação
desse fogo eu está preenchendo todo o seu templo, e você sente que
seria uma profanação sair do próprio templo para procurar essa união lá
fora.
Tenho
certeza de que muitos santos, padres, freiras e devotos em templos
budistas, e em outros templos pelo mundo, no Oriente e no Ocidente,
encontraram essa união. Não é mistério para mim que eles tenham
alcançado a própria unidade por meio de uma vida de devoção.
Assim,
os dois caminhos estão abertos. Os Mestres disseram que a família é a
unidade básica da era de Aquário, mas a era de Aquário representa também
a vinda dos sacerdotes e sacerdotisas da ordem de Melquizedeque. Eles
são muito necessários, pois são os mestres nos templos que precipitam,
por alquimia celestial, a invenção criativa, a ciência e os gênios de
todos os tipos; e fazem tudo isso a partir da fusão do masculino e do
feminino dentro deles.
É
claro que são necessários os avatares, bem como a encarnação do Verbo.
Assim, Nossa Senhora, junto com Jesus, nos deu o entendimento do que é a
família; e ela tem se mostrado também preocupada com a importância da
espiritualização do ritual do casamento. A troca do fogo sagrado entre o
homem e a mulher deve ser o ritual da mais alta devoção a Deus. deve
ser uma fusão do corpo causal e da Presença do EU SOU, e não a
amalgamação da mente carnal por meio da sensualidade.
Durante
o nosso seminário de dois dias denominado “Desígnios da família para a
era de Ouro”, gravamos palestras e ditados de Maria, Jesus e Saint
Germain sobre a criação de filhos, sobre a preparação pra trazer à
manifestação os novos avatares. Há uma maldição, um peso, um senso de
pecado e de vergonha sobre toda a raça humana em relação ao sexo; e este
sentimento de vergonha não nos foi imposto pela Mãe ou pelo Pai, mas
pela grande prostituta.
A antimãe
Vocês
já ouviram falar do Anticristo. Pois devem também ter lido no
Apocalipse a respeito daquela que é chamada de grande prostituta. A
grande prostituta é a perversão da Mulher Divina dentro de você. Vemos
que na Atlântida houve uma que foi a encarnação, a personificação da
perversão total da Mãe Divina; foi essa mulher que criou o conceito de
vergonha e de pecado, a doutrina do pecado original. Foi ela quem
inventou o conceito de que “em pecado a minha mãe me concebeu” e isto
começou a ser propagado pelos templos. Essa idéia cobriu toda a Terra e
inundou a consciência; e homens e mulheres começaram a se encontrar não
mais sob a pureza de um amor que transcende a Matéria, mas sob a
sensação de vergonha.
A
profanação da chama nessa hora foi a mais insidiosa porque surgiu sob a
forma de um conceito, surgiu como uma espécie de filosofia sutil,
surgiu como degradação do homem e da mulher. Um homem em estado de
vergonha e uma mulher em estado de vergonha só poderiam produzir uma
criação animal, não uma criação imbuída com a concepção imaculada do
cristo. Foi nessa hora que os sacerdotes nos templos declararam: “Deus
está morto.” E foi daí que surgiu essa frase. Eles declararam que Deus
estava morto porque Deus, como Espírito, é uma chama viva, uma alegria
nos corações das pessoas e essa chama se apagara.
Nossa
Senhora está preocupada, ao entrarmos na era de Aquário, e quer que a
pureza, a honra e a fidelidade expressas nos votos do casamento sejam
restauradas. E quando os homens e as mulheres aprenderem esta
consagração por meio da meditação, terão sua dignidade e o valor de sua
alma devolvidos a eles, e acontecerá, no coração da Mãe e no coração de
Saint Germain, a transmutação de tudo o que foi colocado sobre nós e que
nos fez acreditar que somos uma criação pecaminosa, um resultado errado
do sexo.
Entretanto,
a perversão desses ensinamentos de Nossa Senhora às vezes leva ao
caminho inverso, o caminho da licenciosidade, da falta de moral, do amor
livre, do sexo livre, do sexo pervertido e de
todas as coisas qeu não são parte da consagração do fogo sagrado. Quando
os estudantes dos ensinamentos dos Mestres Ascensos aprendem o caminho
verdadeiro, encontram a alegria, a felicidade e a plenitude completa, e
não mais a agonia, o sofrimento e o fardo que surgem quando há uma má
interpretação e um mau uso dessas energias.
A crucificação da Mãe
Jesus nos demonstrou a caminhada para a crucificação do Pai, do raio masculino. Agora, toda a cena da via dolorosa que se torna a via gloriosa está voltando para a elevação de Deus como Mãe dentro de você, no homem e na mulher. E a luta apenas começou. Acabou de ter início.
O
momentum do mundo inteiro contra a liberdade é engendrado pelos caídos,
pela consciência de massa, para derrubar essa energia da Mãe em você. É
uma força mortífera. Ela ameaça nossa abundância da Mãe, com nosso
dinheiro sendo manipulado e perdendo seu valor, e nós não temos mais o
padrão-ouro da consciência Crística (e já não o temos há muitos anos). A
desvalorização do nosso dinheiro, a manipulação da nossa moeda, o
aumento de nossa dívida pública, tudo isso ocorre porque a Mãe é a
energia da abundância. Isso tudo são oposições à elevação do raio
feminino.
Quero
que saibam, porém, que, se vocês estão determinados a ser discípulos
dedicados da Mãe, sempre buscando disciplinar os fogos do feminino
dentro de vocês, enfrentarão adversidades, e sua determinação deverá ser
tão grande quanto elas. Vocês devem ser capazes de enxergar a
irrealidade dos caídos e ver que eles não têm poder algum.
Vocês
encontrarão uma reação violenta do mundo, dentro de casa e em sua
família sempre que a energia do feminino começar a queimar dentro de
vocês e a se elevar, especialmente quando ela fizer aumentar a luz da
sua aura. Essa é a cruz que deve ser carregada durante este período, o
ciclo de dois mil anos em que chegamos às iniciações da Mãe.
Na
hora da crucificação, Jesus disse: “Esta é a vossa hora e o poder das
trevas.” Deus permitiu que a escuridão penetrasse por todo o Império
Romano e o Sinédrio porque isso era necessário para o julgamento. Era
necessário que eles atacassem pessoalmente o Cristo a fim de fazer seu
carma descer e suas almas serem julgadas pelo ódio à luz que guardaram
no coração durante séculos.
A
presença do Cristo entre eles precipitou essas trevas. As trevas se
alastraram, e assim eles foram julgados. E Jesus disse: “Eu vim a este
mundo para juízo.” E assim é. Para o julgamento eu vim; para a separação
entre a luz e as trevas pela espada da Verdade: para que os segredos do
coração dos homens possam ser conhecidos.
Esse
é o trespassar da alma da mãe. Quando foi profetizado que Jesus seria
crucificado, Simeão disse a Maria: “Uma espada trespassará a tua própria
alma”, porque o raio feminino também deve passar pela crucificação para
que os filhos e filhas de Deus possam realizar seu potencial por
inteiro.
Quando
vocês compreenderem que seu próprio corpo é o corpo da Mãe, pois é a
Mater-realização da chama, saberão que todo ataque ao corpo é também um
ataque à Mãe Divina. Encher o corpo com veneno de produtos químicos, com
comidas que não são integrais, com a poluição da atmosfera, o respirar
essa substância, tudo isso representa a negação da Mãe, a crucificação
da Mãe, de modo que ela não possa dar à luz o Cristo. Como pode a mulher
trazer a pureza da Criança Crística e criar a forma e um templo físico
que seja puro para que essa luz possa se expressar se todos os elementos
da Matéria estão poluídos?
Precisamos
lutar contra a poluição; precisamos lutar contra a lavagem cerebral;
precisamos lutar contra a propaganda subliminar. Precisamos lutar contra
o que está sendo colocado em nossas mentes e contra o que está se
embrenhando em nosso subconsciente, fazendo com que as espirais de
escuridão se manifestem na carne.
Visitei
alguns países em que vi o rosto das pessoas, quase sem exceção, exibir a
marca de algum tipo de distorção da vida, como as que são praticadas ou
alcançadas por meio de magia negra ou feitiçaria. Percebi o quanto a
crucificação da Mãe Divina foi muito mais longe em algumas nações, pelo
fato de a chama da liberdade não ser reverenciada nelas.
Vi
nos corpos das pessoas a profanação da Mãe. Não o percebemos porque
isso é algo muito traiçoeiro e está um pouco abaixo da superfície da
nossa consciência, além de estarmos sujeitos a uma espécie de tratamento
de choque. Lemos os jornais e ficamos tão chocados com tudo o que
acontece de terrível que ensaiamos um condicionamento imediato, de modo a
não termos algum tipo de colapso nervoso pelo que está se passando na
sociedade.
Isso
tudo é planejado. O tratamento de choque é manter o bombardeio sobre
você com as coisas mais absolutamente terríveis que estão acontecendo
pelo mundo, e você sabe que é constantemente bombardeado por essas
coisas pela mídia, para que no momento em que o controle externo da sua
consciência se estabelecer você já esteja condicionado. É o passo
seguinte mais lógico e você pensa: “Pois é, as coisas são assim mesmo.”
E
é exatamente isso que as pessoas dizem hoje em dia, mesmo quando as
coisas mais terríveis estão sendo descobertas. “Pois é, as coisas são
assim mesmo.” E as pessoas seguem em frente, complacentes, desiludidas,
céticas; e não há mais garra para lutar, porque a consciência não é mais
suficientemente masculina, não é mais suficientemente yang, ela não
está mais concentrada o bastante no núcleo de fogo branco do ser, a fim
de expressar a energia de resistência quando a Mãe está sob ataque.
Assim também o masculino dentro de nós não está empregando o poder
necessário para defender o feminino dentro de nós, e nos tornamos
passivos, verdadeiros capachos dessa onda de carma mundial que se
aproxima.
Elevando a Kundalini
Agora,
porém, eu sei que, ao recitar o rosário diariamente, essa sintonia me
coloca em contato com os mestres do Himalaia que adquiriram a mestria do
fogo da Kundalini e com Gautama Buda, que é o Senhor do Mundo, porque
ele é o maior devoto da Mãe Divina. Ele tem a maior percepção da Virgem
Cósmica e, portanto, adquiriu o direito de ser o Senhor do Mundo.
O
rosário me coloca em contato com o fluxo da Mãe através de todo o
cosmos e com você, como crianças da Mãe. Eu sinto que estou em seus
corações e suas almas todas as manhãs, bem como no coração e alma de
todas as crianças do planeta. Sinto o fluxo da Mãe, sinto sua
intercessão.
Não
faz muito tempo, rezei para Nossa Senhora pedindo sua intercessão por
uma alma que estava se virando contra a luz, em um momento de rebeldia,
de escuridão, de rejeição aos Mestres, uma alma muito valiosa que fora
subjugada pela mente carnal do planeta. Rezei, pedindo a imediata
intercessão por ela. Rezei fervorosamente pela salvação daquela alma.
Alguns momentos se passaram e a pessoa voltou a mim, expressando um
arrependimento total e garantindo: “Eu vou fazer a vontade de Deus.”
A
grande beleza e a glória da vinda da Mãe estão sempre lá, e quando você
mantém o momentum de sua chama em sua aura, sempre faz contato com ela.
É essa rede, esse véu delicado que conecta você com a Mãe Divina,
porque você mesmo fez esse pedido. E por essa rede e esse véu flui toda a
intercessão, a assistência divina, ou qualquer outra coisa da qual
você precise para sua família e para sua vida.
O
recitar o rosário é uma meditação certa e segura para a elevação do
fogo da Kundalini. Os Mestres não aprovam a elevação prematura dessas
energias. Eles não aprovam a união de casais (especialmente casais que
não estão casados) com a finalidade de fazer meditação olhando fixamente
nos olhos um do outro, a fim de criar uma conexão através dos chakras,
como muitas pessoas ensinam. Isso não é correto, e aqueles que
transmitem ensinamentos dessa forma não são representantes da Grande
Fraternidade Branca. Isso é uma perversão do fogo sagrado.
Os
Mestres recomendam uma elevação muito gradual e controlada dessas
energias, que não deve ser forçada. Eles não ensinam que você deve
centrar sua senda espiritual na elevação dessa energia. A elevação dessa
energia é uma consequência natural da purificação dos chakras.
Quando
você usa com intensidade a chama violeta, é como se estivesse criando a
pressão do Espírito Santo sobre seu ser. À medida que sua aura vai se
inundando com a chama violeta, o barômetro da força de vida da Mãe é,
então, forçado a subir. O fogo que sobe é a luz sagrado, que vem no
momento determinado por Deus, segundo os ciclos próprios de Deus,
conforme seu carma, seu dharma e sua mestria determinam. Você não
precisa ficar preocupado com isso; ele simplesmente flui e se eleva
quando chega o tempo certo.
Assim,
a saudação ao Mater-ray, o Ma-ray, o raio da Mãe em você, é a saudação a
toda aquela energia presa no núcleo de fogo branco de seu chakra da
base. Ao saudar essa energia, você faz o contato. Ao fazer o arco do
contato, a energia vai responder de acordo com os ciclos de sua própria
alma.
Assim,
quando alguém lhe perguntar “Os Mestres ensinam técnicas de meditação?
Eles ensinam ioga tântrica? Eles ensinam a promover a elevação da
Kundalini?”, essa é a resposta que deve ser dada, uma resposta saudável e
magnífica. E quando as crianças começam a fazer essa meditação pelo
rosário, ainda muito jovens, acontece o preenchimento natural de seus
chakras, a liberação natural da energia da Mãe, e eles ficam contentes,
ficam felizes. Já percebi a diferença, quando eles não fazem o rosário –
como eles ficam agitados, irritados, implicando uns com os outros,
porque não estão com a energia da Mãe.
Todos
nós ficamos muito perturbados e todo tipo de coisas acontece na
sociedade quando não temos a energia da Mãe. Todo crime é resultado do
desespero pela Mãe, do desespero por um pouco de atenção, em uma
tentativa de fazer qualquer coisa e fazer tudo – até que finalmente
acontece a total profanação dessa energia com assassinatos de todo tipo,
porque a Mãe está ausente. Se não temos a Mãe em nossas auras nem
fazemos contato diário com ela, estamos incompletos, temos esgotamentos
nervosos e nossos corpos se tornam doentes. Essa energia deve estar
presente, e existe uma tremenda pressão por isso porque está é a energia
da era de Aquário.9
Mãe Maria
Fonte:
págs. 129-147, do livro “Mensagens de MARIA para os momentos felizes”
Livro III da Trilogia “Mensagens Douradas de Maria”, mensageiros Mark e
Elizabeth Clare Prophet, Rio de Janeiro, Nova Era, 2009 (Mensagens
Douradas de Maria; v.3)
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