segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

UM OBSESSOR NO CENTRO ESPÍRITA - as vezes pensamos que estamos fazendo um bem, mas na realidade só fazemos o mal

Queridos irmãos este aprendizado é lindo D +++!!!

***UM OBSESSOR NO CENTRO ESPÍRITA***

Num centro espírita famoso e muito frequentado, senhor Raimundo estava iniciando os trabalhos de desobsessão. Seu Raimundo, como bom doutrinador espírita há mais de 30 anos, fez uma prece de abertura e pediu a Jesus que ajudasse a libertar todos os irmãos que viessem a sala de desobsessão do sofrimento que atravessavam.

Raimundo viu o médium incorporar um espírito que dizia estar no umbral, sofrendo muito por conta da raiva e mágoa que sentia de um desafeto. Senhor Raimundo iniciou então os procedimentos da desobsessão clássica e disse que o espírito deveria perdoar o desafeto, pois a lei do amor é a nossa salvação.

O espírito incorporado, com olhar penetrante, disse:

- E porque devo confiar em você?

- Ora meu irmãozinho – disse Seu Raimundo – Estamos aqui num centro espírita, onde os ensinamentos de Jesus são praticados. Nós aqui ajudamos todos os espíritos sofredores e necessitados.

- E você também ajuda a si mesmo, ou só pensa em ajudar os outros? Perguntou o espírito. Seu Raimundo ficou surpreso com pergunta, mas como doutrinador experiente sabia que não podia cair nas artimanhas dos obsessores, e disse:

- Irmão… não estamos aqui para falar de mim. Você está no umbral e precisa de ajuda. Você não quer sair do umbral?

- Sim, eu quero. – disse o obsessor – Eu só fico me perguntando como existem tantas pessoas vivendo no nível ou no estado umbralino e não percebem, mesmo estando encarnados. Pois afinal, como o senhor mesmo ensina em suas palestras aqui no centro, o umbral é um estado de consciência e não um lugar ou espaço físico. Alguns espíritos vivem no umbral porque não conseguem se desprender da raiva e mágoa que sentem de um desafeto. Mas o senhor, seu Raimundo, perdoa todas as pessoas? Não sente também raiva e mágoa de alguém?

Senhor Raimundo estava ficando irritado com o obsessor. Estava pensando numa resposta, mas o espírito completou:

- Não é verdade que o senhor também sente raiva e mágoa da sua ex-esposa, que te traiu com um dos seus amigos há aproximadamente 10 anos? Não é verdade que até hoje você não consegue perdoa-los?

Senhor Raimundo ficou assustado com aquelas colocações. “Como o espírito poderia saber disso?” pensou. Começou a sentir raiva do obsessor, e não muito confiante, disse:

- Não vou entrar na sua cilada. Você como obsessor experiente deve atacar as pessoas em seus pontos fracos. Portanto, saiba que…

- Eu sou um obsessor, senhor Raimundo? – perguntou o espírito interrompendo seu Raimundo. – Eu me pergunto se todos nós não somos um pouco obsessores das pessoas que dizemos amar, mas que no fundo as tentamos controlar e ganhar seu afeto a força. Não é verdade que você tem sido quase um obsessor da sua filha adolescente? Quantas vezes por dia você liga pra ela perguntando onde ela está? Quantas vezes você proibiu os namoros dela? Quantas vezes você tolheu a liberdade da sua menina por conta dos próprios medos e incertezas que guarda em seu íntimo? Você pode estar sendo um grande obsessor encarnado dela e nem perceber…

Seu Raimundo ficou atônito com aquelas revelações. Aquele espírito parecia saber tudo a seu respeito, e estava ali desnudando seus defeitos um a um. Seu Raimundo ainda não queria dar o braço a torcer e ficou com mais raiva. Resolveu fazer uma oração, dizendo:

- Senhor Jesus, peço que sua equipe conduza esse irmãozinho perturbado a um local de tratamento no plano espiritual. O espírito disse:

- Por que me chamas de irmãozinho, se nesse momento você quer, na verdade, pular no meu pescoço? De que adianta fazer uma oração a Jesus com toda essa raiva que quase transborda de você? Não, Jesus não vai te atender nesse momento… Você precisa, Seu Raimundo, parar de fugir dos seus problemas e emoções, olhar para as impurezas do seu ser, e parar de achar que é o outro sempre o sofredor e você é o “salvador”. Na verdade, todos nós precisamos de ajuda, todos somos sofredores em maior ou menor grau. E orientar o outro a praticar aquilo que nós mesmos não realizamos em nossa vida é, nada mais nada menos, do que hipocrisia. É da hipocrisia que o ser humano precisa se libertar… Ensinar aquilo que pratica, ou apenas praticar, sem precisar orientar os outros a fazer aquilo que nós mesmos não fazemos. Quando se vive a vida espiritual, nem precisamos ficar ensinando-a a outros, nossos atos já demonstram os princípios que desejamos transmitir…

Seu Raimundo sentiu uma imensa vontade de chorar e desabou em prantos… O espírito incorporado veio falar com ele. Colocou as mãos em seu ombro e disse:

- Calma meu irmão. Você precisava dessa terapia de choque para poder enxergar a si mesmo e parar de ver os defeitos apenas nos outros. Precisava também parar de se ver como o “salvador” e os outros como “sofredores”, pois isso nada mais é do que uma forma de orgulho e soberba; é uma forma de se sentir superior e de ver os outros como inferiores. Chore, coloque tudo isso que você sente para fora, faça uma revisão desses pontos que eu te apresentei, e a partir de agora você poderá se tornar um verdadeiro ser humano, renovado, e pronto para ajudar ao próximo, realizando a verdadeira caridade… E dessa vez, sem hipocrisia.

Seu Raimundo, após alguns minutos de choro intenso, olhou para o espírito e perguntou:

- Quem é você?

O espírito olhou para seu Raimundo com todo o amor e carinho e disse:

- Meu filho, você não pediu a Jesus, em sua prece de abertura dos trabalhos, que libertasse os espíritos dessa sala do sofrimento? Então meu filho, Jesus me pediu que viesse aqui e mostrasse tudo isso a você, para que você pudesse ver a si mesmo, saísse do “umbral” de sua mente, e se libertasse de tudo aquilo que te causa sofrimento. Sou um enviado de Jesus, e a partir de agora, você será um novo homem…

Seu Raimundo chorou ainda mais. Agradeceu imensamente a Deus e a Jesus aquela sagrada lição de autoconhecimento… Depois desse episódio, tornou-se uma pessoa muito melhor…

Autor: Hugo Lapa

Num centro espírita famoso e muito frequentado, senhor Raimundo estava iniciando os trabalhos de desobsessão. Seu Raimundo, como bom doutrinador espírita há mais de 30 anos, fez uma prece de abertura e pediu a Jesus que ajudasse a libertar todos os irmãos que viessem a sala de desobsessão do sofrimento que atravessavam.

Raimundo viu o médium incorporar um espírito que dizia estar no umbral, sofrendo muito por conta da raiva e mágoa que sentia de um desafeto. Senhor Raimundo iniciou então os procedimentos da desobsessão clássica e disse que o espírito deveria perdoar o desafeto, pois a lei do amor é a nossa salvação.

O espírito incorporado, com olhar penetrante, disse:

- E porque devo confiar em você?

- Ora meu irmãozinho – disse Seu Raimundo – Estamos aqui num centro espírita, onde os ensinamentos de Jesus são praticados. Nós aqui ajudamos todos os espíritos sofredores e necessitados.

- E você também ajuda a si mesmo, ou só pensa em ajudar os outros? Perguntou o espírito. Seu Raimundo ficou surpreso com pergunta, mas como doutrinador experiente sabia que não podia cair nas artimanhas dos obsessores, e disse:

- Irmão… não estamos aqui para falar de mim. Você está no umbral e precisa de ajuda. Você não quer sair do umbral?

- Sim, eu quero. – disse o obsessor – Eu só fico me perguntando como existem tantas pessoas vivendo no nível ou no estado umbralino e não percebem, mesmo estando encarnados. Pois afinal, como o senhor mesmo ensina em suas palestras aqui no centro, o umbral é um estado de consciência e não um lugar ou espaço físico. Alguns espíritos vivem no umbral porque não conseguem se desprender da raiva e mágoa que sentem de um desafeto. Mas o senhor, seu Raimundo, perdoa todas as pessoas? Não sente também raiva e mágoa de alguém?

Senhor Raimundo estava ficando irritado com o obsessor. Estava pensando numa resposta, mas o espírito completou:

- Não é verdade que o senhor também sente raiva e mágoa da sua ex-esposa, que te traiu com um dos seus amigos há aproximadamente 10 anos? Não é verdade que até hoje você não consegue perdoa-los?

Senhor Raimundo ficou assustado com aquelas colocações. “Como o espírito poderia saber disso?” pensou. Começou a sentir raiva do obsessor, e não muito confiante, disse:

- Não vou entrar na sua cilada. Você como obsessor experiente deve atacar as pessoas em seus pontos fracos. Portanto, saiba que…

- Eu sou um obsessor, senhor Raimundo? – perguntou o espírito interrompendo seu Raimundo. – Eu me pergunto se todos nós não somos um pouco obsessores das pessoas que dizemos amar, mas que no fundo as tentamos controlar e ganhar seu afeto a força. Não é verdade que você tem sido quase um obsessor da sua filha adolescente? Quantas vezes por dia você liga pra ela perguntando onde ela está? Quantas vezes você proibiu os namoros dela? Quantas vezes você tolheu a liberdade da sua menina por conta dos próprios medos e incertezas que guarda em seu íntimo? Você pode estar sendo um grande obsessor encarnado dela e nem perceber…

Seu Raimundo ficou atônito com aquelas revelações. Aquele espírito parecia saber tudo a seu respeito, e estava ali desnudando seus defeitos um a um. Seu Raimundo ainda não queria dar o braço a torcer e ficou com mais raiva. Resolveu fazer uma oração, dizendo:

- Senhor Jesus, peço que sua equipe conduza esse irmãozinho perturbado a um local de tratamento no plano espiritual. O espírito disse:

- Por que me chamas de irmãozinho, se nesse momento você quer, na verdade, pular no meu pescoço? De que adianta fazer uma oração a Jesus com toda essa raiva que quase transborda de você? Não, Jesus não vai te atender nesse momento…

Você precisa, Seu Raimundo, parar de fugir dos seus problemas e emoções, olhar para as impurezas do seu ser, e parar de achar que é o outro sempre o sofredor e você é o “salvador”.

Na verdade, todos nós precisamos de ajuda, todos somos sofredores em maior ou menor grau. E orientar o outro a praticar aquilo que nós mesmos não realizamos em nossa vida é, nada mais nada menos, do que hipocrisia. É da hipocrisia que o ser humano precisa se libertar… Ensinar aquilo que pratica, ou apenas praticar, sem precisar orientar os outros a fazer aquilo que nós mesmos não fazemos. Quando se vive a vida espiritual, nem precisamos ficar ensinando-a a outros, nossos atos já demonstram os princípios que desejamos transmitir…

Seu Raimundo sentiu uma imensa vontade de chorar e desabou em prantos… O espírito incorporado veio falar com ele. Colocou as mãos em seu ombro e disse:

- Calma meu irmão. Você precisava dessa terapia de choque para poder enxergar a si mesmo e parar de ver os defeitos apenas nos outros. Precisava também parar de se ver como o “salvador” e os outros como “sofredores”, pois isso nada mais é do que uma forma de orgulho e soberba; é uma forma de se sentir superior e de ver os outros como inferiores. Chore, coloque tudo isso que você sente para fora, faça uma revisão desses pontos que eu te apresentei, e a partir de agora você poderá se tornar um verdadeiro ser humano, renovado, e pronto para ajudar ao próximo, realizando a verdadeira caridade… E dessa vez, sem hipocrisia.

Seu Raimundo, após alguns minutos de choro intenso, olhou para o espírito e perguntou:

- Quem é você?

O espírito olhou para seu Raimundo com todo o amor e carinho e disse:

- Meu filho, você não pediu a Jesus, em sua prece de abertura dos trabalhos, que libertasse os espíritos dessa sala do sofrimento? Então meu filho, Jesus me pediu que viesse aqui e mostrasse tudo isso a você, para que você pudesse ver a si mesmo, saísse do “umbral” de sua mente, e se libertasse de tudo aquilo que te causa sofrimento. Sou um enviado de Jesus, e a partir de agora, você será um novo homem…

Seu Raimundo chorou ainda mais. Agradeceu imensamente a Deus e a Jesus aquela sagrada lição de autoconhecimento… Depois desse episódio, tornou-se uma pessoa muito melhor…

Autor: Hugo Lapa

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Não me subestime...


Minha quietude e silêncio não são demonstrações de desatenção. 

Ao contrário disso, aprendi que no silêncio de meus lábios há um estado de atenção que somente os quietos compreendem!

Não estou desprotegida.

Em minha solitude há um escudo dourado que me cuida das flechas invisíveis que me chegam! 

Há anjos em minha volta!

Não me subestime

Estou atenta às lições do caminho. Mesmo que demoradamente, elas me são absorvidas e compreendidas!

Não me provoque.

Minha mansidão, não é descuido, é confiança!

Posso não te desejar o mal, mas devolvo todos os presentes que não me servem.

Sou calada, não cega!
 
Sou mansa, não boba!
 
Sou pacífica, mas tenho minhas defesas!
 
Não me julgue.
 
Venha, calce meus sapatos e caminhe com eles por 3 luas seguidas, assim saberá de mim mais do que imagina e não mais me julgará, pois conhecerá meu sentir e saberá do meu coração.
 
Falar de mim, diz mais sobre você do que sobre minha pessoa.
 
Abrigue-se em minha casa e conhecerá o acolhimento da minha alma.
 
Aqueça-se no sagrado fogo que queima em meu lar, e saberá do amor que trago no coração.
 
Conheça a menina que habita em mim, e sentirá a alegria do meu ser.
 
Respeite a anciã que me nutre, e certamente aprenderá sobre os mistérios que conheço!

Perceba a mulher que pulsa, e poderás sentar à mesa comigo!

Rose Kareemi Ponce

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Perfeccionismo nem sempre é bom




Uma das características de personalidade que contribui para a baixa avaliação de si mesmo é o perfeccionismo: ninguém só tem bons resultados.

Perfeccionistas são aqueles que, não admitindo seus próprios erros, se veem obrigados a rever tudo o que fazem ou a fazer menos do que poderiam.

São pessoas com muita autocrítica e intimamente suportam mal frustrações: não podem errar porque isso implicaria grande fracasso e dor.

Quando inteligentes e imaturos, ficam expostos a uma frustração enorme: a de não conseguirem produzir conforme sua competência.

Tendem a se tornar frustrados e invejosos daqueles que, lidando melhor com frustrações, não se aborrecem tanto com seus erros.

Quando erramos ficamos tristes, fazemos autocrítica, aprendemos da experiência e, rapidamente, temos que nos "perdoar" e seguir em frente.

O ideal é só cobrar de si o empenho, o ato de ter feito o melhor que podia: o resultado negativo irá gerar tristeza, mas menos abatimento.

Há os que não se perdoam e ficam se martirizando, rememorando inúmeras vezes os erros cometidos: é uma autoflagelação improdutiva e inútil.

É extremamente improdutivo ficar "chorando o leite derramado". A intolerância consigo mesmo impede a pessoa de exercer suas potencialidades.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Querido Papai Noel...

Querido Papai Noel...

❝ Este ano não quero pedir nada novo.
Quero pedir coisas existentes, mas que ficaram perdidas com o tempo.
Quero pedir então que...
Devolvas aos homens a fé, para que não se desesperem ante as adversidades.
Devolvas a esperança, para que olhem sempre para frente, com a cabeça erguida.
Devolvas a capacidade de emocionar-se, pois só corações quebrantados são capazes de pensar nos outros.
Devolvas a inocência, justo na medida certa, para que a bondade possa instalar-se antes da maldade na vida das pessoas.
Devolvas o olhar puro das crianças para que cresçam e amadureçam no tempo certo.
Devolvas a humildade, para que as pessoas possam reconhecer que somos todos iguais, só vestidos diferente, mas que isso não muda em nada a matéria da qual fomos formados.
Devolvas todos os risos possíveis, aqueles que nos fazem esquecer a dor e as decepções.
Devolvas a fraternidade, para que possamos nos sentir todos como uma imensa família na terra.
Devolvas, no coração de todas as pessoas, o brilho da estrela cadente e a preciosa mensagem da cruz de Cristo.
Devolvas a bondade, a ternura, a doçura...
Devolva também a saúde a todos que necessitem dela...*
Devolva-nos, por favor, a capacidade de perdoar e, sobretudo, esquecer quando nos fizeram mal. Porque Tu sabes, como eu, que as amarguras que guardamos no coração nos impedem de viver plenamente.
Devolvas a sabedoria, para que possamos saber escolher nossos caminhos.
Devolvas a todos a realidade de que Natal é bem mais que uma festa de tradição.
Devolvas tudo isso em sementinhas, para que as plantinhas tenham tempo de crescer e criar raízes firmes e que, depois, plantas crescidas, possam dar novas sementes para que sejam plantadas.
Está pensando que me esqueci de pedir-te que devolvas o amor? Não... é que eu pensei que devolvendo tudo isso acima, o amor já tenha sido devolvido em primeiro lugar. ❞
Desejo a todos um Feliz Natal!

Letícia Thompson
Libélula Encantada
**********************


❝ Este ano não quero pedir nada novo.

Quero pedir coisas existentes, mas que ficaram perdidas com o tempo.
Quero pedir então que...
Devolvas aos homens a fé, para que não se desesperem ante as adversidades.
Devolvas a esperança, para que olhem sempre para frente, com a cabeça erguida.
Devolvas a capacidade de emocionar-se, pois só corações quebrantados são capazes de pensar nos outros.
Devolvas a inocência, justo na medida certa, para que a bondade possa instalar-se antes da maldade na vida das pessoas.
Devolvas o olhar puro das crianças para que cresçam e amadureçam no tempo certo.
Devolvas a humildade, para que as pessoas possam reconhecer que somos todos iguais, só vestidos diferente, mas que isso não muda em nada a matéria da qual fomos formados.
Devolvas todos os risos possíveis, aqueles que nos fazem esquecer a dor e as decepções.
Devolvas a fraternidade, para que possamos nos sentir todos como uma imensa família na terra.
Devolvas, no coração de todas as pessoas, o brilho da estrela cadente e a preciosa mensagem da cruz de Cristo.
Devolvas a bondade, a ternura, a doçura...
Devolva também a saúde a todos que necessitem dela...*
Devolva-nos, por favor, a capacidade de perdoar e, sobretudo, esquecer quando nos fizeram mal. Porque Tu sabes, como eu, que as amarguras que guardamos no coração nos impedem de viver plenamente.
Devolvas a sabedoria, para que possamos saber escolher nossos caminhos.
Devolvas a todos a realidade de que Natal é bem mais que uma festa de tradição.
Devolvas tudo isso em sementinhas, para que as plantinhas tenham tempo de crescer e criar raízes firmes e que, depois, plantas crescidas, possam dar novas sementes para que sejam plantadas.
Está pensando que me esqueci de pedir-te que devolvas o amor? Não... é que eu pensei que devolvendo tudo isso acima, o amor já tenha sido devolvido em primeiro lugar. ❞

Desejo a todos um Feliz Natal!

Letícia Thompson

Libélula Encantada
**********************

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Prisão

 
          

O pior de todos os prisioneiros é o que tem a chave do cárcere em suas mãos e não tem coragem de colocá-la na fechadura para abrir as portas por temer não saber o que fazer com sua liberdade.
Prisioneiro do passado.
Prisioneiro de um futuro que não existe.
Prisioneiro de um presente que não é capaz de se viver.

Pois há um GRANDE conforto um nessa prisão.
A previsibilidade e sobre tudo a falsa sensação de controle.
Saber a hora do banho de sol. A hora do lanche da manhã, do almoço, do jantar. A hora de dormir e a hora de se levantar.
Por quais lugares se pode ir… conhecer intimamente sua Gaiola.
Isso traz um certo alento e poupa confiança.
E se eu abrir essa porta?
E se eu pular estes muros?
O que poderá acontecer comigo?
Prefiro ficar aqui, acompanhando o movimento do sol…
Noite, dia, dia, noite, noite, dia, dia, noite.
Tudo sem grandes riscos ou desafios reais.
Para onde eu vou se eu sair daqui?
Por que ruas poderei caminhar?
O que fazer com todo tempo que terei pra mim?
E todo esse oceano a ser navegado?
E todas essas montanhas a seres escaladas?
NÃOOOO. Definitivamente, não sei o que fazer com isso.
O prisioneiro não é aquele que de fato enjaulado está, pois através da imaginação ele pode ir onde quiser, fazer o que quiser, pensar o que quiser e ninguém será capaz de detê-lo.
O verdadeiro prisioneiro é aquele que tem todo o universo a sua disposição para explorá-lo, por menor que seja… mas fecha-se em torno de seu próprio ego e ergue através de seu medo um muro que parece intransponível… porque prefere o conforto da conhecida prisão a desafiar a falta de controle que se tem sobre a vida…
Prisioneiro da própria mente.
Que prefere mentir para si mesmo a encarar a realidade.
Até quando prisioneiro de si?
Responda!!!!
Inventando artifícios para não enxergar a verdade.
É mais fácil ficar ai… acuado em solidão.
Preso dentro dentro da cabeça, no conforto da continuação.
A liberdade é um preço alto demais para quem não está disposto a ser responsável por suas próprias escolhas, suas próprias decisões, por suas infinitas possibilidades.
Finge que cava uma saída para que os outros pensem que há algum desejo real de livra-se da Gaiola.
Mas no fundo, no fundo, prefere mesmo é essa condição.
Se olhe no espelho…
Onde está a prisão?

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Atenção





O ego está sempre abalado, sempre à procura de alimento, de alguém que o aprecie. E é por isso que você está continuamente pedindo atenção. 

Você obtém dos outros a idéia de quem você é. Não é uma experiência direta. 

É dos outros que você obtém a idéia de quem você é. Eles modelam o seu centro. Mas esse centro é falso, enquanto que o centro verdadeiro está dentro de você. O centro verdadeiro não é da conta de ninguém. Ninguém o modela. Você vem com ele. Você nasce com ele. 

Assim, você tem dois centros. Um centro com o qual você vem, que lhe é dado pela própria existência. Esse é o Eu. E o outro centro, que é criado pela sociedade - o ego. Esse é algo falso - é um grande truque. Através do ego a sociedade está controlando você.

 Você tem que se comportar de uma certa maneira, porque somente assim a sociedade irá apreciá-lo. Você tem que caminhar de uma certa maneira; você tem que rir de uma certa maneira; você tem que seguir determinadas condutas, uma moralidade, um código. Somente assim a sociedade o apreciará, e se ela não o fizer, o seu ego ficará abalado. E quando o ego fica abalado, você já não sabe onde está, você já não sabe quem você é. 

Os outros deram-lhe a idéia. E essa idéia é o ego. Tente entendê-lo o mais profundamente possível, porque ele tem que ser jogado fora. E a não ser que você o jogue fora, nunca será capaz de alcançar o Eu."

OSHO

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Morrer

 Morrer é não reconhecer a si mesmo como Ser. O Yoga nos mostra que a morte nasce da ignorância, e que não precisamos aceitá-la se for uma noção nascida da ignorância ou de uma percepção falsa. Somos testemunhas, capazes de observar. O mundo é o que vemos. Somente existem sujeito e objeto. Essa é a realidade. Concluir que isto (sujeito + objeto) seja dualidade não é, necessariamente, verdadeiro.

Dizer “isto é real porque eu estou vendo”, não é necessariamente válido para todas as situações vividas pelos humanos. Vemos a terra plana, mas isso não é real, pois sabemos que ela é geóide. Vemos o céu azul, mas isso não é real, pois sabemos que o ar não tem cor. Vemos uma estrela brilhando, mas isso não é real, pois esse brilho data de milênios atrás. Onde está, então, a verdade?

Aquilo que geralmente se chama morte é o não reconhecimento do Ser, é não distinguir o Ser do não-Ser. A causa do mundo, incluindo-se aí nosso corpomente, é o Ser. Quando não há discernimento nem conhecimento da auto-identidade, todos os sinais aprofundam a confusão original, nascida do da ignorância sobre si mesmo. Não obstante, a morte não acontece para o liberto, pois ele se conhece como o Ser que é a verdade de tudo.

Pedro Kupfer.
http://www.yoga.pro.br/artigos/1183/3023/o-yoga-e-a-morte



























Morrer é não reconhecer a si mesmo como Ser. O Yoga nos mostra que a morte nasce da ignorância, e que não precisamos aceitá-la se for uma noção nascida da ignorância ou de uma percepção falsa. Somos testemunhas, capazes de observar. O mundo é o que vemos. Somente existem sujeito e objeto. Essa é a realidade. Concluir que isto (sujeito + objeto) seja dualidade não é, necessariamente, verdadeiro.

Dizer “isto é real porque eu estou vendo”, não é necessariamente válido para todas as situações vividas pelos humanos. Vemos a terra plana, mas isso não é real, pois sabemos que ela é geóide. Vemos o céu azul, mas isso não é real, pois sabemos que o ar não tem cor. Vemos uma estrela brilhando, mas isso não é real, pois esse brilho data de milênios atrás. Onde está, então, a verdade?

Aquilo que geralmente se chama morte é o não reconhecimento do Ser, é não distinguir o Ser do não-Ser. A causa do mundo, incluindo-se aí nosso corpomente, é o Ser. Quando não há discernimento nem conhecimento da auto-identidade, todos os sinais aprofundam a confusão original, nascida da ignorância sobre si mesmo. Não obstante, a morte não acontece para o liberto, pois ele se conhece como o Ser que é a verdade de tudo.

Pedro Kupfer.

http://www.yoga.pro.br/artigos/1183/3023/o-yoga-e-a-morte

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Dar a outra face!

Dar a outra face é um símbolo de maturidade e força interior. Não se refere à face física, mas à psíquica. Dar a outra face é procurar fazer o bem para quem nos decepciona, é ter elegância para elogiar quem nos difama, altruísmo para ser gentil com quem nos aborrece. É sair silenciosamente e sem estardalhaço da linha de fogo dos que nos agridem. Dar a outra face previne homicídios, traumas, cicatrizes impagáveis. Os fracos se vingam, os fortes se protegem. Do livro: O vendedor de sonhos - Augusto Cury 

Bom dia :*

Dar a outra face é um símbolo de maturidade e força interior. Não se refere à face física, mas à psíquica. Dar a outra face é procurar fazer o bem para quem nos decepciona, é ter elegância para elogiar quem nos difama, altruísmo para ser gentil com quem nos aborrece. É sair silenciosamente e sem estardalhaço da linha de fogo dos que nos agridem. Dar a outra face previne homicídios, traumas, cicatrizes impagáveis. Os fracos se vingam, os fortes se protegem.

 Do livro: O vendedor de sonhos - Augusto Cury

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Inconformismo estéril

 
A característica mais predominante da emoção egóica é o inconformismo estéril.

Existe o inconformismo saudável, como a luta pela justiça dos direitos pessoais já consagrados pela tradição social e pela justiça do coletivo, quando ambos seguem as regras da paz, íntima ou social. 

As regras da paz são a diplomacia, a negociação com o diálogo inteligente, a franqueza calma e sem contundência, enfim, os modos educados e isentos de energia negativa e, por fim, a delicadeza do elevado estágio da impessoalidade.

O inconformismo estéril é fácil de verificar, porque as emoções são negativas. A pessoa sufoca, omite, esconde, sofre calada ou explode, atirando-as nos alvos que ela crê serem os responsáveis pelo seu estado de sofrimento.

Ela esquece rapidamente uma sentença da sabedoria que já leu, releu e escreveu para outros: “Não importa o que te façam, importa apenas como tu reages.”

Enfim, a pessoa ainda não aprendeu a lidar com as próprias emoções. Não reconhece a causa principal de sua contrariedade. Em geral, haverá sempre o culpado por seu estado de sofrimento.

Inúmeras podem ser as causas exteriores de sua turbulência emocional, como as causas orgânicas do tipo saturação, cansaço e estresse. As causas exteriores são uma lista interminável de desafios emocionais. Por mais que a situação exterior se repita, ela não aprende que a causa está nela e nunca lá fora no causador. E estará sempre na forma como ela reage, inconformada, sofrida, penosa, enxofrosa.

O causador, aparentemente, é o detentor psicológico das questões emocionais que a atormentam. Estão nela para serem resolvidas e se repetirá até que as resolva.

Depois de aprender sobre o ego, mais uma vez, ela diz que o causador é o seu ego, enfim, ela nunca assume a responsabilidade pelo desgoverno de suas emoções.

Mil vezes se pode dizer – a pessoa não é o ego – e isso passa batido por sua compreensão, como a julgar: “Se eu não sou o ego, então ele é o culpado de tudo, eu não tenho culpa de nada.”

Ora, “eu” quem? De quem estamos falando? Se estivermos falando da consciência, esse aspecto sim, é a pessoa. A consciência e somente ela é responsável por tudo. Pois, havendo consciência desperta, não haverá descontrole sobre os inúmeros egos emocionais. Se a consciência não governa, quem é o responsável? A sua consciência. Você não teve consciência. O seu Observador Interno não foi ativado verdadeiramente.

A marca registrada do inconformismo estéril parte do condicionamento: “Isto me pertence. O que me pertence tem de ficar do meu jeito, de acordo com o que eu aprendi e lutei para conseguir, tudo conforme o que eu quero e sinto. O que contrariar o que eu aprendi, quero e sinto me deixará inconformado e vou brigar, sufocar ou explodir, ficar doente e amofinado.”

Há milênios tem sido assim. O padrão é esse. Ninguém ousa pensar diferente do condicionamento, a fim de alcançar a verdadeira felicidade. Assim, prossegue a natureza de sofrimento.

Não há o que questionar quando se fala desse condicionamento. Ele é a ordem do dia e da noite de todos os seres humanos. Menos de um por cento da humanidade consegue pensar fora desses padrões. E menos de meio por cento consegue viver fora desses padrões.

Ainda que se lute por seus direitos e perca-os, a consciência mais desperta não sente o mesmo sofrimento daquele que tem a sua mente condicionada às posses, porque tudo do qual estamos falando é desejo e possuísmo.

Dizem: “Eu quero uma vida cor-de-rosa, ou seja, sem nenhuma contrariedade. Não quero nada contra a minha pessoa. Nada que venha de fora ou que nasça dentro de mim. Eu quero ser feliz, e tudo o eu que tenho, não vejo, porque estou muito ocupado sentindo e vendo o que me contraria.”
O inconformismo estéril se compara a uma porta aberta convidando o ladrão.

 Por isso, a pessoa perde a proteção. Por mais Darma acumulado na vida contínua, por mais agentes e guardiães evitando tropeços em sua vida, ela somente enxerga a contrariedade. Ela não sente falta de tudo o que lhe foi dado, de todas as vezes em que foi salva e nem ficou sabendo. Sim, a gratidão morre quando a pessoa não sente que tudo o que tem poderia estar faltando em sua vida.

O que o outro fez de bom não conta. Conta somente o que ele fez de ruim. O que ela tem de bom não conta. Somente conta o que a atormenta. Se alguém lhe fez uma dedicação de cem anos, apenas os anos negativos serão marcados. Quem pensa fora dos padrões, ignora noventa e nove anos de tropeços e comemora um ano de vitória, porque, apesar de tudo, entendeu que desejo e possuísmo eram os seus verdadeiros tropeços, gerando os marcadores da desproteção: o inconformismo estéril. Os últimos resultados são os conflitos interiores, as doenças e as falências de todo tipo.

Uma mulher sofrida e triste viveu com um homem a ilusão do desejo e do possuísmo. Ele fez coisas que um homem não deve fazer, porém, todo ser humano é livre para errar. Ela ficou ainda mais triste e separou-se dele. 

Anos se passaram e ela continuou sendo a mesma mulher sofrida e triste, mas agora, a culpa era do ex-marido. Quando resolveu dentro de si a questão do marido, ela continuou sendo uma mulher sofrida e triste. Agora alegava que o motivo era trabalhar muito, ganhar pouco e sofrer para manter o filho recebendo tudo, como se fosse um príncipe. Ela não podia arcar com esses custos, mas ignorava sua condição e teimava em gastar o que não tinha.

Essa mulher desde cedo carregava a impressão psicológica – subconscientemente – que o mundo, os pais, a família e depois o ex-marido lhe deviam muito. 

Ora, se lhe deviam e não pagavam, ela se sentia a pior das criaturas, pois deveria ser pessoa baixa e desprezível para ninguém amá-la. 

O seu inconformismo era de tamanha grandeza, que terminou por adoecê-la.

Ela não via nada disso em si mesma, afinal, era apenas uma vítima. Aparentemente, representava a pessoa conformada, uma guerreira. De fato, uma guerreira interior, com o mundo interno sempre em guerra, temendo alguma coisa, o futuro, ou que mais uma vez as coisas se repetissem, não ocorrendo conforme o seu desejo.

Você pode ver como nascem as suas crises de inconformismo? Como implodem ou explodem essas emoções diante de qualquer pequeno senão de contrariedade?

O inconformismo é um burro desgovernado, correndo feito louco precipício abaixo. Sua consciência é responsável. Não há ninguém culpado. Tudo o que fazem a sua pessoa é o treinamento da vida para torná-lo um mestre de sabedoria, um ser ascencionado, liberto desse cativeiro de ilusão.

Então, a pessoa pergunta: “Por que isso me acontece? Por que eu atraio situações como essa? Eu faço tudo certinho, correspondo sempre, ando na linha, então, por que eu tenho esse retorno?”

E Nós indagamos: “O que você tem feito de cada lição repetitiva? Reagirá doravante como sempre tem reagido? Culpará ao seu ego, aos filhos, a esposa, aos pais, ao marido, ao patrão, aos negócios, a doença, a falta de dinheiro?”

Estas coisas não são as causas, elas são os efeitos atraídos por uma consciência adormecida e guiada pelo ego.

Agora, Filho, Filha, é hora de acordar e permanecer com o seu Observador Interno ativado. Você já não precisa sofrer como tem sofrido. Já pode ser feliz. Faça a sua parte. Renuncie aos egos do passado, do presente e do futuro. Tome o leme da vida em suas mãos. Ajudaremos sempre.

Na Vibração Kazi-Humi, o Grande Amor.
Fonte: O PADRÃO HUMI – ORIENTAÇÕES DOS MESTRES – no prelo, não distribua.
M. Nilsa Alarcon e J. C. Alarcon
Cuiabá, 29 Jan 2014

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

PROFUNDO MERGULHO EM SI MESMO

PROFUNDO MERGULHO EM SI MESMO

" A capacidade de estar sozinho é a capacidade de amar. 
Isso pode parecer paradoxal, mas não é. 
Essa é uma verdade existencial: 
somente aquelas pessoas que são capazes de estar sozinhos 
são capazes de amar, de compartilhar, 
de ir profundamente ao cuidado da outra pessoa, 
sem reduzir o outro a uma coisa e sem se tornar viciado ao outro. 
Eles permitem que o outro seja absolutamente livre, 
porque eles sabem que se o outro partir, 
eles serão felizes como são agora. 
A felicidade deles não pode ser tirada pelo outro, 
porque não foi dada pelo outro." 
(Osho na Obra "Being in love").



















" A capacidade de estar sozinho é a capacidade de amar.
Isso pode parecer paradoxal, mas não é.

Essa é uma verdade existencial: 

Somente aquelas pessoas que são capazes de estar sozinhos
são capazes de amar, de compartilhar,
de ir profundamente ao cuidado da outra pessoa,
sem reduzir o outro a uma coisa e sem se tornar viciado ao outro. 

Eles permitem que o outro seja absolutamente livre,
porque eles sabem que se o outro partir,
eles serão felizes como são agora. 

A felicidade deles não pode ser tirada pelo outro,
porque não foi dada pelo outro."

 OSHO

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Novo Momento

Novo Momento

O novo momento nos convida a olhar para dentro de nós mesmos e desenvolver traços de caráter e personalidade que trazem harmonia no lugar em que se vive.
 
Busquemos relacionamentos cheios de amor e celebremos as mudanças, enquanto impulsionamos o desenvolvimento das qualidades interiores como a criatividade, a compaixão, o perdão, a generosidade e a gratidão.
 
A vida no nosso Planeta parece estar se intensificando. A maioria de nós  está tendo de enfrentar problemas pessoais no trabalho, nos relacionamentos, na família, nas finanças e na saúde.
 
De fato, não temos muito a certeza de como encarar melhor esses desafios. Nossa maneira tradicional de encarar a vida parece não estar funcionando e temos poucos modelos eficazes. Precisamos reconhecer no íntimo de nossas almas, que somos parte de um todo, e, o que cada um faz individualmente impacta o todo. Ao comprometer-se com sua própria jornada consciencial, você estará realizando um papel significativo nas transformações do mundo.
 
Quando cada um de nós se torna mais consciente em nível individual, vemos essa mudança se refletir em nossas vidas pessoais. Os problemas e os velhos padrões gradualmente se desfazem. Continuamos nos deparando com novos desafios e dificuldades, só que com uma perspectiva mais ampla e com crescente sabedoria.Nossas vidas se tornam mais equilibradas, mais satisfatórias e mais alinhadas com o propósito de nossas almas.

Você precisa ser a mudança que deseja ver no mundo (Gandhi)

#leoartese


O novo momento nos convida a olhar para dentro de nós mesmos e desenvolver traços de caráter e personalidade que trazem harmonia no lugar em que se vive.

Busquemos relacionamentos cheios de amor e celebremos as mudanças, enquanto impulsionamos o desenvolvimento das qualidades interiores como a criatividade, a compaixão, o perdão, a generosidade e a gratidão.

A vida no nosso Planeta parece estar se intensificando. A maioria de nós está tendo de enfrentar problemas pessoais no trabalho, nos relacionamentos, na família, nas finanças e na saúde.

De fato, não temos muito a certeza de como encarar melhor esses desafios. Nossa maneira tradicional de encarar a vida parece não estar funcionando e temos poucos modelos eficazes. Precisamos reconhecer no íntimo de nossas almas, que somos parte de um todo, e, o que cada um faz individualmente impacta o todo. Ao comprometer-se com sua própria jornada consciencial, você estará realizando um papel significativo nas transformações do mundo.

Quando cada um de nós se torna mais consciente em nível individual, vemos essa mudança se refletir em nossas vidas pessoais. Os problemas e os velhos padrões gradualmente se desfazem. Continuamos nos deparando com novos desafios e dificuldades, só que com uma perspectiva mais ampla e com crescente sabedoria.Nossas vidas se tornam mais equilibradas, mais satisfatórias e mais alinhadas com o propósito de nossas almas.

Você precisa ser a mudança que deseja ver no mundo (Gandhi)

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Polaridades

Toda a vida é feita de polaridades: positivo e negativo, nascimento e morte, homem e mulher, dia e noite, verão e inverno. Toda a vida consiste em opostos polares. Mas esses opostos não são apenas polares, são também complementares. Eles se ajudam um ao outro, dão apoio um ao outro.
Esta é a polaridade máxima: meditação significa a arte de estar sozinho e amor significa a arte de estar junto. A pessoa completa é aquela que conhece ambas as artes e é capaz de se mover de uma para a outra com a maior facilidade possível.

OSHO


 

Toda a vida é feita de polaridades: positivo e negativo, nascimento e morte, homem e mulher, dia e noite, verão e inverno. Toda a vida consiste em opostos polares. Mas esses opostos não são apenas polares, são também complementares. Eles se ajudam um ao outro, dão apoio um ao outro.

Esta é a polaridade máxima: meditação significa a arte de estar sozinho e amor significa a arte de estar junto. A pessoa completa é aquela que conhece ambas as artes e é capaz de se mover de uma para a outra com a maior facilidade possível.

OSHO

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Por Deus

Perceba que é fácil encontrar pessoas que dizem que amam a humanidade.

E o mais interessante: Elas nunca amaram um único ser humano.

Não são capazes sequer de dar um bom dia pra quem passa a sua frente pela manhã.

Como podemos amar a humanidade?

A humanidade é uma abstração. Esses são truques da mente…

Sempre que você encontrar alguém você encontrará um ser humano.


A humanidade não existe em lugar algum. Há apenas seres humanos e seres humanos.


A humanidade só existe na mente dos filósofos.


Mas amar a humanidade é uma idéia muito ardilosa, muito enganadora.


Você pode matar seres humanos em nome da humanidade.


É o que diz Hitler, Stalin e todos os políticos do mundo.


Para salvar a humanidade teremos que matar seres humanos.


Então, perceba: A humanidade não existe. Da mesma forma, a floresta não existe.


O que existe é a árvore. Árvores, árvores e mais árvores…


Se você começar a procurar a floresta e ignorar as árvores, nunca encontrará a floresta.


Talvez seja por isso que tantas pessoas procuram por Deus e nunca encontram – elas estão procurando por uma abstração.


E as pessoas continuam perguntando: “Onde está Deus?” No meio da floresta, elas perguntam: “Onde está a floresta?”


Mas a floresta está no carvalho, no cedro, no pinheiro.


A floresta se manifesta de mil e uma formas.


Então ame o real, o concreto, e vc poderá ver o mal que as pessoas têm feito em nome de abstrações.


Cristãos lutando e matando Muçulmanos, Muçulmanos lutando e matando Hindus.


E quando você lhes pergunta por quê, eles dizem: Por Deus.


O Deus muçulmano é uma abstração, o Deus Hindu é uma abstração, o Deus Cristão é uma abstração.


O que existe é a Divindade…


Você mata Deuses reais em nome de teorias.


Esse não é o caminho.


Então ame o Ser Vivo que está ao seu lado e encontre Deus.


Não pergunte o que é Deus, não pergunte onde está Deus, não!


Comece amando, e através do amor a definição entrará em você.


A compreensão virá através do amor – não através do pensamento.


Então, ame o homem, ame a mulher, ame a criança, ame o animal, ame a árvore, ame as estrelas…


Não pergunte por Deus, e você encontrará Deus.


Esse é o caminho do coração.


Osho
Perceba que é fácil encontrar pessoas que dizem que amam a humanidade.
E o mais interessante: Elas nunca amaram um único ser humano.
Não são capazes sequer de dar um bom dia pra quem passa a sua frente pela manhã.
Como podemos amar a humanidade?
A humanidade é uma abstração.
Esses são truques da mente…
Sempre que vc encontrar alguém vc encontrará um ser humano.
A humanidade não existe em lugar algum. Há apenas seres humanos e seres humanos.
A humanidade só existe na mente dos filósofos.
Mas amar a humanidade é uma idéia muito ardilosa, muito enganadora.
Vc pode matar seres humanos em nome da humanidade.
É o que diz Hitler, Stalin e todos os políticos do mundo.
Para salvar a humanidade teremos que matar seres humanos.
Então, perceba: A humanidade não existe. Da mesma forma, a floresta não existe.
O que existe é a árvore. Árvores, árvores e mais árvores…
Se vc começar a procurar a floresta e ignorar as árvores, nunca encontrará a floresta.
Talvez seja por isso que tantas pessoas procuram por Deus e nunca encontram – elas estão procurando por uma abstração.
E as pessoas continuam perguntando: “Onde está Deus?” No meio da floresta, elas perguntam: “Onde está a floresta?”
Mas a floresta está no carvalho, no cedro, no pinheiro.
A floresta se manifesta de mil e uma formas.
Então ame o real, o concreto, e vc poderá ver o mal que as pessoas têm feito em nome de abstrações.
Cristãos lutando e matando Muçulmanos, Muçulmanos lutando e matando Hindus.
E quando vc lhes pergunta por quê, eles dizem: Por Deus.
O Deus muçulmano é uma abstração, o Deus Hindu é uma abstração, o Deus Cristão é uma abstração.
O que existe é a Divindade…
Vc mata Deuses reais em nome de teorias.
Esse não é o caminho.
Então ame o ser vivo que está ao seu lado e encontre Deus.
Não pergunte o que é Deus, não pergunte onde está Deus, não!
Comece amando, e através do amor a definição entrará em vc.
A compreensão virá através do amor – não através do pensamento.
Então, ame o homem, ame a mulher, ame a criança, ame o animal, ame a árvore, ame as estrelas…
Não pergunte por Deus, e vc encontrará Deus.
Esse é o caminho do coração.

Osho

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

A EXPECTATIVA NO AMOR



As pessoas se sentem muitas vezes rejeitadas porque antes mesmo delas darem algo, já existe a expectativa. Se a expectativa não for satisfeita, elas se sentem rejeitadas. 

É a expectativa que está criando problema, não o amor.

Dê o amor sem qualquer corda amarrando-o.

Dê o amor pelo puro prazer de dar. Alegre-se dando-o.

O pássaro cuco, ao cantar distante, não se preocupa se alguém está gostando ou não. A estrela distante - você pensa que ela está preocupada se um poeta está escrevendo um belo poema sobre ela ou se um Vicent Van Gogh está pintando-a, ou se um fotógrafo ou um astrônomo estão preocupados com ela? A estrela não está interessada nisso. A sua alegria está em continuar brilhando.

Simplesmente abra o seu coração... E abra-o totalmente, sem quaisquer expectativas e condições. É certo que ele alcançará o coração certo; isto sempre acontece.

...E você está me perguntando: Seria este o tempo e o lugar para abrir o meu coração totalmente?

Todo tempo e todo lugar é o lugar certo!

...Você esperou tempo demais, não espere mais.

Este é o tempo. Nunca confie no momento seguinte; o amanhã nunca vem.
É agora ou nunca"!

OSHO

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Virtude?!

Que eu faça um mendigo sentar-se à minha mesa, que eu perdoe aquele que me ofende e me esforce por amar - inclusive o meu inimigo - em nome de Cristo, tudo isto, naturalmente, não deixa de ser uma grande virtude. O que faço ao menor dos meus irmãos é ao próprio Cristo que faço.

Mas, o que acontecerá, se descubro, porventura, que o menor, o mais miserável de todos, o mais pobre dos mendigos, o mais insolente dos meus caluniadores, o meu inimigo, reside dentro de mim, sou eu mesmo, e precisa da esmola da minha bondade, e que eu mesmo sou o inimigo que é necessário amar?

(Carl Gustav Jung).

Que eu faça um mendigo sentar-se à minha mesa, que eu perdoe aquele que me ofende e me esforce por amar - inclusive o meu inimigo - em nome de Cristo, tudo isto, naturalmente, não deixa de ser uma grande virtude. O que faço ao menor dos meus irmãos é ao próprio Cristo que faço.

Mas, o que acontecerá, se descubro, porventura, que o menor, o mais miserável de todos, o mais pobre dos mendigos, o mais insolente dos meus caluniadores, o meu inimigo, reside dentro de mim, sou eu mesmo, e precisa da esmola da minha bondade, e que eu mesmo sou o inimigo que é necessário amar?

(Carl Gustav Jung)

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

AFINIDADES ESPIRITUAIS


AFINIDADES ESPIRITUAIS

Quando pensamos em afinidades, tendemos a entendê-las de acordo com os mesmos conceitos que temos para as ligações materiais. As afinidades existentes entre os espíri­tos são muito diferentes das que existem entre os homens. Os homens têm um corpo material, em que o aspecto físi­co é muito forte. As funções glandulares, por exemplo, são determinantes na atração existente entre um homem e uma mulher, fato que não existe entre os espíritos.

Os espíritos criam afinidades cuja base está na seme­lhança evolutiva. As boas tendências predominantes num espírito o farão associar-se a espíritos de igual condição. As tendências negativas são, da mesma forma, o impulso atra-tivo que aproxima espíritos negativos. Espíritos mis­sionários aliam suas forças, almas em busca de perfeição trocam ideias com almas que têm objetivos semelhantes.

Um mau espírito vai sentir repulsa por um espírito evoluído, pois sabe que suas tendências negativas podem ser percebidas por este. Um espírito com luz é uma ameaça para aqueles que não a têm, uma vez que ele poderá de­saprovar seu comportamento e opor-se a eles. É por isso que espíritos avançados sofrem ataques espirituais fre­quentemente, muitas vezes de seres que nem sequer co­nhecem.

O espírito bom, por sua vez, é capaz de sentir a mesma repulsa sem, no entanto, manifestar negatividade. Sua tendência será evitar a presença dos espíritos negativos, afastando-se deles sem raiva. Algumas vezes, porém, um espírito evoluído atrai um espírito sem luz que pode ajudar.

Esse é o caso dos terapeutas, dos médicos, dos assistentes sociais, dos artistas. Todos os seres que possuem uma mis­são espiritual atraem muitos seres desajustados em proces­so de purificação. É o magnetismo do missionário que gera algumas situações desagradáveis como telefonemas ino­portunos, fãs histéricos, inimigos ocultos. Esses fatos ad­vêm da vontade inconsciente que o espírito de pouca evolução tem de receber ajuda para crescer. Podem ser de­sagradáveis, mas representam importante pedido de socor­ro, que o missionário sensível saberá interpretar correta-mente, ao mesmo tempo que impõe seus limites.

O fato de que a semelhança de nível evolutivo é a base para as aproximações espirituais deu origem à regra geral de que um espírito atrai seus semelhantes. O bom espírito buscará os que têm igual padrão de vibração, e com eles sentirá grande afinidade. Os espíritos não deixam, contudo, de respeitar certas necessidades evolutivas e podem passar períodos de convivência com espíritos com os quais não têm afinidades.

No mundo dos espíritos é regra estarem unidos espíri­tos afins. Na Terra, onde os objetivos da evolução têm pre­cedência sobre as inclinações naturais, podem acontecer aproximações motivadas por: karma, provação e expiação. São esses fatores que regem as uniões espirituais, que de­terminam casamentos, sociedades, famílias e outros agru­pamentos espirituais conflituosos entre os espíritos encar­nados.

Quanto às uniões, elas costumam ser estáveis entre os espíritos harmonizados e tendem às separações no caso dos espíritos de pouca luz. Temos que separar as uniões no mundo dos espíritos das que acontecem na Terra.Os grupos espirituais desencarnados estão agrupa­dos por uma razão apenas: afinidade. É por isso que essas uniões são permanentes e acabam formando a chamada fa­mília espiritual. Seres assim reunidos reencontram-se muitas vezes, encarnados ou não, vivendo experiências de alto nível. Quando desencarnados, mantêm a memória de tu­do o que já viveram juntos, mas enquanto encarnados, não têm essas lembranças vivas; apenas sentem impulsos fortes de atração, que não conseguem definir racionalmente. Po­dem viver, nesse caso, a mesma situação que têm no mundo dos espíritos (como repetir a experiência de mãe e filho, por exemplo), mas podem estar apenas próximos, sem um en­volvimento familiar, e mantendo uma grande amizade aqui na Terra. Essa é a explicação para casos em que alguém afir­ma ter encontrado num colega de trabalho um irmão mais sincero do que um irmão carnal. Toda ligação entre espíri­tos afins de bom nível evolutivo é duradoura; por isso há mais felicidade nas uniões assim realizadas.

Aqui na Terra as uniões já não acontecem só pela afinidade entre espíritos de mesma situação evolutiva. Essa maneira de aproximação dos espíritos é a primeira incli­nação da alma e seria a mais espontânea forma de união. Os que já têm certa capacidade realmente acabam por se agru­par assim. No entanto, outras razões, de ordem material, de­terminam a aproximação dos espíritos encarnados, e todas elas são geradoras de conflito.

Convém comentar também que não existe uma união material ou espiritual totalmente predestinada, pois, acima dos desejos espirituais, está a força do livre-arbítrio, que pode alterar qualquer situação.

Quando pensamos em afinidades, tendemos a entendê-las de acordo com os mesmos conceitos que temos para as ligações materiais. As afinidades existentes entre os espíri­tos são muito diferentes das que existem entre os homens. Os homens têm um corpo material, em que o aspecto físi­co é muito forte. As funções glandulares, por exemplo, são determinantes na atração existente entre um homem e uma mulher, fato que não existe entre os espíritos.

Os espíritos criam afinidades cuja base está na seme­lhança evolutiva. As boas tendências predominantes num espírito o farão associar-se a espíritos de igual condição. As tendências negativas são, da mesma forma, o impulso atra-tivo que aproxima espíritos negativos. Espíritos mis­sionários aliam suas forças, almas em busca de perfeição trocam ideias com almas que têm objetivos semelhantes.

Um mau espírito vai sentir repulsa por um espírito evoluído, pois sabe que suas tendências negativas podem ser percebidas por este. Um espírito com luz é uma ameaça para aqueles que não a têm, uma vez que ele poderá de­saprovar seu comportamento e opor-se a eles. É por isso que espíritos avançados sofrem ataques espirituais fre­quentemente, muitas vezes de seres que nem sequer co­nhecem.

O espírito bom, por sua vez, é capaz de sentir a mesma repulsa sem, no entanto, manifestar negatividade. Sua tendência será evitar a presença dos espíritos negativos, afastando-se deles sem raiva. Algumas vezes, porém, um espírito evoluído atrai um espírito sem luz que pode ajudar.

Esse é o caso dos terapeutas, dos médicos, dos assistentes sociais, dos artistas. Todos os seres que possuem uma mis­são espiritual atraem muitos seres desajustados em proces­so de purificação. É o magnetismo do missionário que gera algumas situações desagradáveis como telefonemas ino­portunos, fãs histéricos, inimigos ocultos. Esses fatos ad­vêm da vontade inconsciente que o espírito de pouca evolução tem de receber ajuda para crescer. Podem ser de­sagradáveis, mas representam importante pedido de socor­ro, que o missionário sensível saberá interpretar correta-mente, ao mesmo tempo que impõe seus limites.

O fato de que a semelhança de nível evolutivo é a base para as aproximações espirituais deu origem à regra geral de que um espírito atrai seus semelhantes. O bom espírito buscará os que têm igual padrão de vibração, e com eles sentirá grande afinidade. Os espíritos não deixam, contudo, de respeitar certas necessidades evolutivas e podem passar períodos de convivência com espíritos com os quais não têm afinidades.

No mundo dos espíritos é regra estarem unidos espíri­tos afins. Na Terra, onde os objetivos da evolução têm pre­cedência sobre as inclinações naturais, podem acontecer aproximações motivadas por: karma, provação e expiação. São esses fatores que regem as uniões espirituais, que de­terminam casamentos, sociedades, famílias e outros agru­pamentos espirituais conflituosos entre os espíritos encar­nados.

Quanto às uniões, elas costumam ser estáveis entre os espíritos harmonizados e tendem às separações no caso dos espíritos de pouca luz. Temos que separar as uniões no mundo dos espíritos das que acontecem na Terra.Os grupos espirituais desencarnados estão agrupa­dos por uma razão apenas: afinidade. É por isso que essas uniões são permanentes e acabam formando a chamada fa­mília espiritual. Seres assim reunidos reencontram-se muitas vezes, encarnados ou não, vivendo experiências de alto nível.

Quando desencarnados, mantêm a memória de tu­do o que já viveram juntos, mas enquanto encarnados, não têm essas lembranças vivas; apenas sentem impulsos fortes de atração, que não conseguem definir racionalmente. Po­dem viver, nesse caso, a mesma situação que têm no mundo dos espíritos (como repetir a experiência de mãe e filho, por exemplo), mas podem estar apenas próximos, sem um en­volvimento familiar, e mantendo uma grande amizade aqui na Terra.

Essa é a explicação para casos em que alguém afir­ma ter encontrado num colega de trabalho um irmão mais sincero do que um irmão carnal. Toda ligação entre espíri­tos afins de bom nível evolutivo é duradoura; por isso há mais felicidade nas uniões assim realizadas.

Aqui na Terra as uniões já não acontecem só pela afinidade entre espíritos de mesma situação evolutiva. Essa maneira de aproximação dos espíritos é a primeira incli­nação da alma e seria a mais espontânea forma de união. Os que já têm certa capacidade realmente acabam por se agru­par assim. No entanto, outras razões, de ordem material, de­terminam a aproximação dos espíritos encarnados, e todas elas são geradoras de conflito.

Convém comentar também que não existe uma união material ou espiritual totalmente predestinada, pois, acima dos desejos espirituais, está a força do livre-arbítrio, que pode alterar qualquer situação.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

FELICIDADE E PRAZER: A GRANDE CONFUSÃO



O erro mais comum é confundir o prazer com a felicidade. O prazer, diz um provérbio hindu, “é somente a sombra da felicidade”. É o resultado direto dos estímulos prazerosos no âmbito sensual, estético ou intelectual. A fugaz experiência do prazer depende de circunstâncias, de um lugar específico ou de um momento no tempo. É instável por natureza e a sensação evocada logo se torna neutra ou até desagradável. Da mesma maneira, se for repetida, pode tornar-se insípida ou até levar a repulsa. Saborear uma refeição deliciosa é uma fonte de prazer genuíno, mas ficaremos indiferentes a ela assim que estivermos satisfeitos e poderemos até nos sentir mal se continuarmos a comer. A mesma coisa acontece com uma boa fogueira: quando estamos encolhidos de frio, é um grande prazer nos aquecermos com seu calor, mas logo temos de nos afastar para não nos queimarmos.

O prazer se exaure com a rotina, como uma vela que consome a si mesma. Ele quase sempre está ligado a uma ação, uma atividade e leva ao tédio pelo simples fato de repetir-se. Ouvir em êxtase um prelúdio de Bach requer uma atenção que, por menor que seja, não pode ser mantida indefinidamente. Depois de um tempo, o cansaço entra em cena e a música perde seu encanto. Se fôssemos forçados a ouvi-la por dias e dias, iria tornar-se intolerável.

Além disso, o prazer é uma experiência individual, centrada no eu, que pode com facilidade deteriorar-se em egoísmo e entrar em conflito com o bem-estar dos outros. Na intimidade sexual é claro que pode haver prazer mútuo no dar e receber sensações prazerosas, mas esse prazer só pode transcender o eu e contribuir para a felicidade genuína se a natureza da mutualidade e do altruísmo generoso estiver no seu âmago. É possível sentir o prazer à custa de outra pessoa, mas isso não traz felicidade. O prazer pode estar associado à crueldade, à violência, ao orgulho, à ganância e a outras condições mentais que são incompatíveis com a verdadeira felicidade. “O prazer é a felicidade dos loucos, enquanto a felicidade é o prazer dos sábios”, escreveu o romancista e crítico francês Jules Barbey d’Aurevilly.

Algumas pessoas sentem prazer até em vingar-se e em torturar outros seres humanos. Desse ponto de vista, um homem de negócios pode regozijar-se com a ruína de um competidor, um ladrão contemplando o fruto do roubo, um espectador de uma tourada com a morte do touro. Mas esses são estados de exaltação passageiros, às vezes mórbidos, que, como os momentos de euforia positiva, não têm nada a ver com sukha, a felicidade genuína.

A procura exacerbada e quase mecânica dos prazeres sensuais é outro exemplo da gratificação intimamente ligada à obsessão, à avidez, à inquietude e, de certa forma, ao desencanto. Na maioria das vezes, o prazer não cumpre as promessas que faz, como descreve o poeta escocês Robert Burns em “Tom O’Shanter”:

                         Mas os prazeres são como a papoula,
                        Nem bem colhida, já desfeita;
                        Ou como a neve caindo sobre o rio,
                        Clarões brancos para sempre desparecidos

Diferentemente do prazer, o florescer genuíno de sukha (felicidade) pode ser influenciado pelas circunstâncias, mas não depende delas. Ele perdura e aumenta com a experiência. Gera um sentimento de plenitude que, no tempo devido, se torna uma segunda natureza.

A felicidade autêntica não está ligada a uma ação, a uma atividade, mas é um estado de ser, um profundo equilíbrio emocional decorrente de uma sutil compreensão do funcionamento da mente. Enquanto os prazeres ordinários se produzem no contato com objetos agradáveis e terminam quando esse contato se interrompe, sukha – o bem-estar duradouro – é sentido ao longo de todo o tempo em que permanecemos em harmonia com nossa natureza interior. Um aspecto intrínseco desse bem-estar é o seu altruísmo, que irradia do interior do ser, em vez de focalizar-se no eu. Quem está em paz consigo mesmo contribui espontaneamente para estabelecer a paz em sua família, em sua vizinhança e, se as circunstâncias permitirem, na sociedade como um todo.

Em resumo, não há relação direta entre o prazer e a felicidade. Essa distinção não significa que não se devam buscar sensações agradáveis. Não há razão para nos privarmos do deleite diante de uma paisagem magnífica, da sensação de nadar no mar, do perfume de uma rosa, da doçura de uma carícia ou da beleza de uma melodia. Os prazeres tornam-se obstáculos somente quando perturbam o equilíbrio da mente e nos levam a obsessão por gratificações ou a uma aversão a tudo que possa impedi-los.

Apesar de ser intrinsicamente diferente da felicidade, prazer não é inimigo dela. Tudo depende da maneira como é vivido. Se o prazer está contaminado com um forte desejo e impede a liberdade interior, dando origem à avidez e à dependência, é um obstáculo à felicidade. Por outro lado, se é vivido no momento presente, num estado de paz interior e liberdade, o prazer adorna a felicidade sem obscurecê-la. Uma experiência sensorial agradável, seja ela visual, auditiva, tátil, olfativa, seja gustativa, não estará em oposição a sukha a menos que esteja maculada pelo apego e gere avidez ou dependência. O prazer torna-se suspeito quando provoca uma necessidade insaciável de repetição.

Por outro lado, quando é vivido perfeitamente no instante presente, como um pássaro que cruza o céu sem deixar nenhum rastro, o prazer não aciona nenhum dos mecanismos de obsessão, sujeição, fadiga ou desilusão que costumam surgir quando experimentamos essas sensações. O desapego, como sabemos, não é uma rejeição, mas uma liberdade que prevalece quando deixamos de nos atar às causas do sofrimento. Em um estado de paz interior, com conhecimento lúcido de como funciona a nossa mente, um prazer que não obscurece sukha não é indispensável nem temível.

 

FELICIDADE E ALEGRIA

 


 A diferença entre felicidade e alegria é mais sutil. A felicidade genuína irradia-se espontaneamente para o exterior em forma de alegria. Mas nem sempre essa emoção interior manifesta-se de modo exuberante, podendo mostrar-se como uma apreciação leve e luminosa do momento presente que se estende ao momento seguinte, criando um contínuo que poderíamos chamar de joie de vivre. Sukha também pode ser enriquecida por surpresas, alegrias intensas e inesperadas, que são para ela como as flores da primavera. E, no entanto, nem todas as formas de alegria provêm de sukha – longe disso. Como enfatiza Christophe André em seu trabalho sobre a psicologia da felicidade: “Há alegrias nada saudáveis e muito distantes do sentimento sereno de felicidade, como a alegria da vingança. [...] Existem também as felicidades calmas, muitas vezes bem distantes da excitação inerente à alegria. [...] Pulamos de alegria, não de felicidade.” 

Vimos como é difícil chegar a um acordo quanto à definição de felicidade e precisar o significado da verdadeira felicidade. A palavra alegria é igualmente vaga, já que, como mostrou o psicólogo Paul Ekman, está associada a emoções tão variadas quanto os prazeres proporcionados pelos cinco sentidos: a diversão (do sorriso leve à gargalhada); o contentamento (um tipo mais calmo de satisfação); a excitação (em resposta a uma novidade ou um desafio); o alívio (que sucede a uma emoção, como o medo, a ansiedade e, às vezes, até o prazer); o maravilhamento (diante de algo surpreendente, admirável ou que ultrapasse o entendimento); o êxtase ou bem-aventurança (que nos transporta para além de nós mesmo); a exultação (por ter conseguido realizar uma tarefa difícil ou uma exploração ousada); orgulho radiante (quando os nossos filhos são merecedores de alguma honraria especial); a elevação (por ter testemunhado um ato grande bondade, generosidade ou compaixão); a gratidão (a apreciação de um ato desapego do qual somos beneficiários); e o júbilo doentio, Shadenfreude em alemão (apreciar o sofrimento do outro, como no caso da vingança).  Podemos ainda acrescentar o regozijo (com a felicidade de outrem); o deleite ou encantamento (um tipo radiante de contentamento); e a radiância, o brilho, o resplendor espiritual (uma alegria serena que nasce de um estado profundo de bem-estar e benevolência), que na realidade é mais um estado de ser duradouro do que uma emoção passageira.

Todas essas emoções possuem um elemento de alegria, geralmente trazem um sorriso à face, e manifestam-se por uma expressão e tom de voz específicos. Mas para que tragam alegria ou contribuam para ela, devem estar livres de qualquer emoção negativa. Se acompanhada de raiva ou inveja , a alegria extingue-se abruptamente. Com a chegada furtiva do apego, do egoísmo ou de orgulho, ela é lentamente sufocada.

Para que a alegria dure e amadureça com serenidade – para que seja, nas palavras de Corneille, um “florescimento do coração” – ela deve estar associada a outros aspectos da verdadeira felicidade: lucidez, clareza mental, bondade amorosa, enfraquecimento gradual das emoções negativas, desaparecimento do egoísmo e eliminação dos caprichos do ego.

VIVER INTENSAMENTE!



 “Viver intensamente” tornou-se o leitmotiv do homem moderno. Trata-se de uma hiperatividade compulsiva sem qualquer pausa, sem brecha de tempo não-agendado, por medo de se encontrar consigo mesmo. Pouco importa o significado da experiência, desde que ela seja intensa. Vêm daí o gosto e a  fascinação pela violência, a exploração, a excitação máxima dos sentidos, os esportes radicais. É preciso descer as cataratas do Niágara dentro de um barril, só abrir o pára-quedas a alguns metros do solo, mergulhar a sem metros de profundidade em apnéia. É preciso arriscar a vida por aquilo que não vale a pena ser vivido, superar-se para ir a lugar nenhum. Então, liguemos a todo volume cinco rádios e dez televisores ao mesmo tempo, batamos a cabeça no muro e rolemos na graxa e no óleo diesel. Isso sim é viver plenamente!

Sentimos que a vida sem atividade constante seria fatalmente insípida. Amigos meus que foram guias em excursões culturais na Ásia contaram-me que seus clientes não conseguiam suportar a menor brecha no itinerário. “Não há mesmo nada agendado entre as cinco e as sete?”, perguntavam eles, ansiosos. Temos, ao que parece, muito medo de olhar para nós mesmos. Estamos completamente focados no mundo exterior, da maneira como é experienciado pelos cinco sentidos. Parece ingênuo acreditar que uma busca tão febril de experiências intensas possa levar a uma qualidade de vida rica e duradoura.

Se dedicamos algum tempo para explorar nosso mundo interior, só o fazemos sonhando acordados, fixados na imaginação e no passado ou fantasiando infinitamente sobre o futuro. Um sentimento genuíno de realização, associado à liberdade interior, também pode oferecer intensidade a cada momento da vida, mas de um tipo muito diferente. Trata-se de uma experiência cintilante de bem-estar interior, em que brilha a beleza de cada coisa. Para que isso ocorra é preciso saber desfrutar o momento presente, com vontade de alimentar o altruísmo e a serenidade, trazendo para o amadurecimento a melhor parte de nós – modificar a si mesmo para melhor transformar o mundo.


UMA INTENSIDADE ARTIFICIAL



Podemos imaginar que a súbita obtenção de fama ou de riqueza satisfaria todos os nossos desejos, mas na realidade é quase certo que a satisfação obtida com essas realizações teria vida curta e não contribuiria em nada para aumentar o nosso bem-estar. Encontrei um famoso cantor de Taiwan que, tendo descrito seu desconforto e desencanto com a fama e a fortuna, rompeu em lágrimas, gritando: “Ah, se eu pudesse não ter ficado famoso!” Estudos mostraram que uma situação inesperada – ganhar na loteria, por exemplo – pode levar a pessoa a sentir mais prazer por algum tempo, mas a longo prazo não altera sua disposição para a felicidade ou infelicidade. A grande maioria das pessoas estudadas que ganharam na loteria passou por um período de exaltação logo depois do golpe de sorte, mas um ano depois o nível de satisfação tinha voltado ao habitual. 3 E, ás vezes, um evento como esse, presumivelmente invejável, desestabiliza a vida do “feliz vencedor”.

O falecido psicólogo Michael Argyle cita o caso de uma mulher inglesa de vinte e quatro anos que ganhou na loteria um prêmio de mais de um milhão de libras esterlinas. Ela largou o emprego e entregou-se ao ócio. Comprou uma casa nova num bairro elegante e descobriu-se abandonada pelos amigos; comprou um carro extravagente, mesmo sem saber dirigir; comprou montanhas de roupas, a maior parte das quais nunca saiu de dentro do armário; frequentava restaurantes finos, mas preferia comer peixe com batatas fritas. Um ano depois, sofria de depressão, pois sua vida estava vazia e desprovida de qualquer satisfação. 

Todos sabemos como a nossa sociedade de consumo é esperta e incansável em inventar um sem-número de prazeres fictícios, e em, laboriosamente, desenvolver estimulantes com o propósito de nos manter em estado constante de tensão emocional, que na verdade nos leva a um tipo de anestesia mental. Um amigo tibetano que contemplava os painéis luminosos de propaganda em Nova Iorque comentou: “Eles estão tentando roubar as nossas mentes.” Há uma clara diferença entre a verdadeira alegria, que é a manifestação natural do bem-estar, e a euforia ou exaltação causadas por excitações passageiras. Qualquer excitação superficial que não esteja ancorada em um contentamento duradouro quase invariavelmente é seguida pelo desapontamento.


O SOFRIMENTO E A INFELICIDADE

 

Assim como fizemos uma diferenciação entre a felicidade e o prazer, podemos também fazer uma distinção entre o sofrimento e a infelicidade. Passamos pelo sofrimento, mas criamos a infelicidade. A palavra sânscrita dukha, o oposto de sukha, não define apenas uma sensação desagradável, mas reflete uma vulnerabilidade fundamental ao sofrimento e à dor, que podem, em última instância, levar à sensação de exaustão com relação ao mundo e ao sentimento de que não vale a pena viver, porque não é possível encontrar um sentido para a vida. Sartre coloca estas palavras na boca do protagonista do livro A náusea

Se alguém tivesse me perguntando o que significa estar vivo, eu de boa-fé teria respondido que não significa nada, é meramente um recipiente vazio [...]. Nós somos apenas um monte de vidas impraticáveis, todos perturbados consigo mesmos. Não tínhamos a menor razão para estar aqui, nenhum de nós. Cada ser vivo, confuso, obscuramente ansioso, sentindo-se supérfluo… Eu era supérfluo também [...] Tina confusas ideias sobre acabar comigo mesmo, para livrar o mundo de pelo menos uma dessas vidas supérfluas. 

 A crença de que o mundo seria melhor sem a nossa presença é uma causa frequente de suicídio.      
      
Um estudo realizado com tetraplégicos mostrou que, apesar de a maior parte deles admitir ter inicialmente pensado no suicídio, um ano depois da paralisia somente 10% considerava ter uma vida miserável, enquanto a maior parte julgava a sua vida boa.   O sofrimento pode ser provocado por numerosas causas, sobre as quais às vezes temos algum poder e às vezes nenhum. Nascer com uma deficiência, cair doente, perder alguém que amamos, presenciar uma guerra ou um desastre natural. Essas situações estão além do nosso controle. A infelicidade é completamente diferente, já que é o modo pelo qual vivenciamos o nosso sofrimento. A infelicidade pode de fato estar associada à dor física e moral infligida por circunstâncias exteriores, mas não está essencialmente ligada a ela.
 
Já que a mente que traduz o sofrimento em infelicidade, é da responsabilidade da mente dominar a percepção que tem do sofrimento. A mente é maleável. Uma mudança, mesmo que pequena, no modo como lidamos com os nossos pensamentos, como percebemos e interpretamos o mundo, pode transformar significativamente a nossa existência. Mudar o modo como experienciamos as emoções transitórias leva a uma alteração da nossa disposição, do nosso ânimo, provocando uma transformação duradoura na nossa maneira de ser. Essa “terapia” tem como alvo os sofrimentos que afligem a maior parte de nós e busca promover o nosso florescimento, dando-nos uma orientação para a vida.

EXERCÍCIO: Distinguir entre felicidade e prazer Young Woman Meditating on the Floor


Traga à sua mente uma experiência passada em que você sentiu prazer físico, com toda a intensidade. Lembre-se de como você desfrutou essa experiência no início e como ela foi se transformando em um sentimento neutro, talvez até despertando cansaço ou falta de interesse. Ela trouxe a você uma realização interior duradoura?

Lembre-se, então, de uma ocasião em que tenha sentido alegria interior e felicidade. Recorde-se do que sentiu, por exemplo, quando fez outra pessoa realmente feliz, ou um momento calmo em que desfrutou a companhia de alguém que ama, ou ainda quando contemplou uma bela paisagem. Perceba o efeito duradouro que essa experiência teve em sua mente e como ela alimenta, ainda hoje, sentimento de realização. Compare a qualidade desse estado de ser como o anterior, produzido por uma sensação passageira de prazer.

            Aprenda a valorizar esses momentos de profundo bem-estar e aspire a encontrar maneiras para desenvolvê-los cada vez mais.

O CONTENTAMENTO INTERIOR: O Dalai Lama fala sobre o assunto.

                

 Nno livro ‘A arte da Felicidade’, Dr. Cutler relata outro encontro com o Dalai Lama sobre o Tema: Ao atravessar o estacionamento para ir me encontrar com o Dalai-Lama numa tarde, parei para admirar um Toyota Land Cruiser novinho em folha, o tipo de carro que vinha querendo havia muito tempo. Ainda com o carro na cabeça quando comecei minha sessão, fiz uma pergunta.

- Às vezes parece que toda a nossa cultura, a cultura ocidental, se baseia nas aquisições materiais. Vivemos cercados, bombardeados, por anúncios das últimas novidades a comprar, do último modelo de automóvel e assim por diante. É difícil não ser influenciado por isso. São tantas as coisas que queremos, que desejamos.

Parece que não têm fim. O senhor poderia falar um pouco sobre o desejo?

- Creio que há dois tipos de desejo – respondeu o Dalai-Lama. – Certos desejos são positivos. O desejo da felicidade. É absolutamente certo. O desejo da paz. O desejo de um mundo mais harmonioso, mais amigo. Certos desejos são muito úteis.

“Mas, a certa altura, os desejos podem tornar-se absurdos. Isso geralmente resulta em problemas. Ora, por exemplo, eu às vezes visito supermercados. Realmente adoro supermercados porque posso ver muita coisa bonita. E assim, quando olho para todos aqueles artigos diferentes, surge em mim uma sensação de desejo, e meu impulso inicial poderia ser: `Ah, eu quero isso e mais aquilo’. Brota então um segundo pensamento e eu me pergunto: `Ora, será que eu preciso mesmo disso?’ Geralmente a resposta é `não’. Se obedecermos àquele primeiro desejo, àquele impulso inicial, muito em breve estarem de bolsos vazios.

No entanto, o outro nível de desejo, baseado nas nossas necessidades essenciais de alimentação, vestuário e moradia, é algo mais razoável.

“Às vezes, determinar se um desejo é excessivo ou negativo é algo que depende das circunstâncias ou da sociedade em que se vive. Por exemplo, para quem vive numa sociedade afluente na qual é preciso um carro para ajudar a pessoa a cumprir a rotina diária, nesse caso não há nada de errado em querer ter um carro. Porém, se a pessoa mora num lugarejo pobre na Índia, onde se pode viver muito bem sem um carro, e ainda sente o desejo de ter um, mesmo que disponha do dinheiro para comprá-lo, essa compra pode acabar causando problemas. Pode gerar um sentimento de perturbação entre os vizinhos, entre outras coisas. Ou, caso se viva numa sociedade mais próspera e se tenha um carro mas não se pare de querer carros sempre mais caros, isso também leva ao mesmo tipo de problema.”

- Mas eu não consigo ver como querer ou comprar um carro mais caro causa problemas para o indivíduo, desde que ele tenha condições para isso. Ter um carro mais caro do que os de seus vizinhos poderia ser um problema para eles (pois poderiam sentir inveja ou algo semelhante) mas ter um carro novo daria à pessoa, em si, uma sensação de satisfação e prazer.

O Dalai-Lama abanou a cabeça e respondeu com firmeza.

- Não… A satisfação pessoal em si não pode determinar se um desejo ou ato é positivo ou negativo. Um assassino pode ter uma sensação de satisfação no momento em que comete o assassinato, mas isso não justifica o ato. Todas as ações condenáveis, a mentira, o roubo, o adultério, entre outras, são cometidas por pessoas que podem na ocasião ter um sentimento de satisfação. O que distingue um desejo ou ato positivo de um negativo não é a possibilidade de ele lhe proporcionar uma satisfação imediata mas, sim, se ele acaba gerando conseqüências positivas ou negativas. Por exemplo, no caso do anseio por bens mais caros, se ele estiver baseado numa atitude mental que simplesmente quer cada vez mais, a pessoa acaba atingindo um limite daquilo que consegue adquirir e se defronta com a realidade. E, quando ela chega a esse limite, perde toda a esperança, mergulha na depressão e assim por diante. É um perigo inerente a essa espécie de desejo.

“E, para mim, esse tipo de desejo excessivo gera a ganância, manifestação exagerada do desejo, baseada na exacerbação das expectativas. E, quando refletimos sobre os excessos da ganância, concluímos que ela conduz o indivíduo a uma sensação de frustração, decepção, a muita confusão e muitos problemas. Quando se trata de lidar com a ganância, um aspecto perfeitamente característico é que, embora ela decorra do desejo de obter alguma coisa, ela não se satisfaz com a obtenção. Torna-se, portanto, algo meio sem limites, como um poço sem fundo, e isso gera perturbação. Um traço interessante da ganância é que, apesar de seu motivo subjacente ser a busca da satisfação, mesmo depois da obtenção do objeto do seu desejo, a pessoa ainda não está satisfeita, o que é uma ironia. O verdadeiro antídoto para a ganância é o contentamento. Se a pessoa tiver um forte sentido de contentamento, não faz diferença se consegue o objeto desejado ou não. De uma forma ou de outra, ela continua contente.”

”A nossa cultura, como a nossa própria experiência, pode perpetuar inverdades sobre as fontes da felicidade. A economia, por exemplo. A única maneira de a nossa economia se perpetuar é se muitas pessoas acreditarem no que Adam Smith chamou de “um engano” – o consumo constante trará felicidade. As economias são um motor, e a produção e consumo constantes são o combustível. Portanto, se todos perceberem, um dia, que o consumo e a produção constantes não são uma fonte de felicidade – que tudo o que eles realmente fazem é manter a economia funcionando – quantos de nós iríamos nos levantar de manhã e dizer: “Eu sei que isso não vai me faz feliz, mas eu quero manter a economia funcionando?”
Nós não fazemos isso. Nós nos levantamos de manhã e dizemos: “O que vai me fazer feliz?” Então, a única maneira de sermos um combustível eficiente para o motor da economia, é aderindo ao grande mito cultural de que “coisas” nos fazem felizes. Nós pulamos em nossa rodinha de rato, metaforicamente falando, e ganhamos dinheiro. Isso não nos traz a felicidade que pensávamos que teríamos, então presumimos que não ganhamos o suficiente. Nós provavelmente precisamos ganhar mais. O Palio não é suficiente; o Audi deve ser. A velha esposa não é boa o suficiente; vamos arrumar uma nova. Nós continuamos imaginando que  se essas coisas não estão nos trazendo felicidade, são porque são as coisas erradas, ao invés de reconhecer que a própria busca é inútil – que, independentemente do que possamos alcançar na busca das coisas, elas nunca trarão um estado contínuo de felicidade.” - Daniel Gilbert
  
Alguns meses após as palestras do Dalai-Lama no Arizona, fui visitá-lo em casa em Dharamsala. Era uma tarde muito quente e úmida em julho, e cheguei à sua casa empapado de suor depois de uma curta caminhada a partir do lugarejo. Por eu vir de um clima seco, a umidade naquele dia me parecia quase insuportável, e eu não estava com o melhor dos humores quando nos sentamos para começar a conversar. já ele parecia estar animadíssimo. Pouco depois do início da conversa, nós nos voltamos para o tópico do prazer. A certa altura, ele fez uma observação crucial.

— Agora, as pessoas às vezes confundem a felicidade com o prazer.

Por exemplo, há não muito tempo eu estava falando a uma platéia indiana em Rajpur. Mencionei que o propósito da vida era a felicidade, e alguém da platéia disse que Rajneesh ensina que nossos momentos mais felizes ocorrem durante a atividade sexual e que, logo, é através do sexo que podemos nos tornar mais felizes.

— O Dalai-Lama deu uma risada gostosa.

— Ele queria saber o que eu achava da idéia. Respondi que, do meu ponto de vista, a maior felicidade é a de quando se atinge o estágio de Liberação, no qual não mais existe sofrimento. Essa é a felicidade genuína, duradoura.

A verdadeira felicidade está mais relacionada à mente e ao coração. A felicidade que depende principalmente do prazer físico é instável. Um dia, ela está ali; no dia seguinte, pode não estar.

Em termos superficiais, sua observação parecia bastante óbvia. É claro que a felicidade e o prazer são sensações diferentes. E no entanto, nós, os seres humanos, costumamos ter um talento especial para confundi-las.

Não muito depois de voltar para casa, durante uma sessão de terapia com uma paciente, eu viria a ter uma demonstração concreta de como pode ser importante essa simples percepção.

Heather era uma jovem profissional liberal solteira que trabalhava como psicóloga na região de Phoenix. Embora gostasse do emprego que tinha, no qual trabalhava com jovens problemáticos, já havia algum tempo ela vinha se sentindo cada vez mais insatisfeita com a vida na região.

Costumava queixar-se da população crescente, do trânsito e do calor sufocante no verão. Fizeram-lhe a oferta de um emprego numa linda cidadezinha nas montanhas. Na realidade, ela já visitara a cidadezinha muitas vezes e sempre sonhara em se mudar para lá. Era perfeito. O único problema era que o emprego que lhe ofereciam envolvia o trabalho com uma clientela adulta. Havia semanas, ela lutava com a decisão de aceitar ou não o novo emprego. Simplesmente não conseguia se decidir. Tentou fazer uma lista de prós e contras, mas dela resultou um empate irritante.

— Eu sei que não gostaria do trabalho lá tanto quanto do daqui, mas isso seria mais do que compensado pelo mero prazer de morar naquela cidade! Eu realmente adoro aquilo lá. Só estar lá já faz com que eu me sinta bem. E estou tão cansada do calor aqui que simplesmente não sei o que fazer.
Seu uso do termo “prazer” me fez lembrar as palavras do Dalai-Lama; e, procurando me aprofundar um pouco, fiz uma pergunta.

— Você acha que mudar para lá lhe traria maior felicidade ou maior prazer?
 
Ela ficou calada um instante, sem saber como encarar a pergunta.

— Não sei… — respondeu afinal. — Sabe de uma coisa? Acho que me traria mais prazer do que felicidade… Em última análise, acho que não seria realmente feliz trabalhando com aquela clientela. Acho que é mesmo muito gratificante trabalhar com os jovens no meu emprego…

A simples reformulação do seu dilema em termos de “Será que isso vai me trazer felicidade?” pareceu conferir uma certa clareza. De repente, ficou muito mais fácil para ela tomar a decisão. E resolveu permanecer em Phoenix. É claro que ainda se queixava do calor do verão. No entanto, decidir em plena consciência ficar em Phoenix, com base naquilo que ela achava que acabaria por fazê-la mais feliz, de algum modo tornou o calor mais suportável.

Embora não haja soluções fáceis para evitar esses prazeres destrutivos, felizmente temos por onde começar: o simples lembrete de que o que estamos procurando na vida é a felicidade. Como o Dalai-Lama salienta, esse é um fato inconfundível. Se abordarmos nossas escolhas na vida tendo isso em mente, será mais fácil renunciar a atividades que acabam nos sendo prejudiciais, mesmo que elas nos proporcionem um prazer momentâneo. O motivo pelo qual costuma ser tão difícil adotar o “É só dizer não!” encontrasse na palavra “não”. Essa abordagem está associada a uma noção de rejeitar algo, de desistir de algo, de nos negarmos algo.

Existe, porém, um enfoque melhor: enquadrar qualquer decisão que enfrentemos com a pergunta “Será que ela me trará felicidade?” Essa simples pergunta pode ser uma poderosa ferramenta para nos ajudar a gerir com habilidade todas as áreas da nossa vida, não apenas na hora de decidir se vamos nos permitir o uso de drogas ou aquele terceiro pedaço de torta de banana com creme. Ela permite que as coisas sejam vistas de um novo ângulo. Lidar com nossas decisões e escolhas diárias com essa questão em mente desvia o foco daquilo que estamos nos negando para aquilo que estamos buscando — a máxima felicidade. Uma felicidade definida pelo Dalai-Lama como estável e persistente. Um estado de felicidade que, apesar dos altos e baixos da vida e das flutuações normais do humor, permanece como parte da própria matriz do nosso ser. A partir dessa perspectiva, é mais fácil tomar a “decisão acertada” porque estamos agindo para dar algo a nós mesmos, não para negar ou recusar algo a nós mesmos — uma atitude de movimento na direção de algo, não de afastamento; uma atitude de união com a vida, não de rejeição a ela. Essa percepção subjacente de estarmos indo na direção da felicidade pode exercer um impacto profundo. Ela nos torna mais receptivos, mais abertos, para a alegria de viver.

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Janice exibe na foto, alguns de seus sapatos, ao todo são 92 pares.

”Uma vez seduzidos pelo hábito de comprar para ter felicidade é difícil parar. Não importa o quanto já se comprou, se a dinâmica está enraizada, há sempre mais para adquirir, novos prazeres, outras pessoas a desbancar.
Há semelhanças entre comprar e o sexo casual: o desejo, a caça. a conquista, o prazer e depois a sensação de vazio. Comprar se transformou numa forma de lazer e satisfação. É o que as pessoas fazem no final de semana. O que você tem virou sinônimo do que você sabe, pois significa que você conhece o que há de mais sofisticado na existência. No entanto, esta dinâmica, é companhada por sentimentos de inveja, ganância e até de prazer diante da desgraça alheia. 
O resultado final é um sentimento de separação e vazio, de ser um fantasma que se pergunta: ”A vida é só isso?”
Mais: a felicidade sequer depende do quanto uma pessoa ganha, mesmo que seja muito e além da média. Lewis Lapham fez um estudo com norte-americanos de diferentes faixas salarais, perguntando quanto teriam que ganhar para considerar-se verdadeiramente felizes. 
O resultado demonstrou o seguinte: praticamente todos os entrevistados responderam que teriam que ganhar o dobro do que recebiam naquele momento. 
Logo, quem estava na faixa dos 50 mil dólares (cerca de 4 mil dólares ao mês) almejava 100 mil (cerca de 8 mil dolares ao mês). Da mesma forma, quem contabilizava 1 milhão de dolares ansiava por 2 milhões.
Esse foi o resultado: mesmo a riqueza acima do padrão médio de conforto faz pouca diferença em nossa felicidade.
O psicologo Tim Wilson, estudioso no assunto diz ”Não nos damos conta de como nos adaptamos rapidamente aos eventos prazerosos, fazendo eles um pano de fundo da vida. Qualquer coisa que nos aconteça se transforma em algo comum. E quando aquilo se torna comum, perdemos o prazer.
Então partimos para a proxima conquista e fazemos o mesmo erro, novamente.
Obviamente, a felicidade só é possivel no momento presente, qualquer seja seu salário.” – Artur Jeon em Calma no Caos


EXERCÍCIO Como começar a meditar

 

 

Não importa quais sejam as circunstâncias externas que se apresentem na sua vida – sempre há, lá no fundo, bem dentro de você, um potencial pronto pra desabrochar. É um potencial de bondade amorosa, compaixão e paz interior. Tente entrar em contato com ele e vivenciá-lo – um potencial que está sempre presente, como uma pepita de ouro, no seu coração e na sua mente.

Esses recursos potenciais precisam ser desenvolvidos e amadurecidos para que você obtenha um sentimento mais estável de bem-estar. No entanto, esse processo não acontecerá por si. Você precisa desenvolvê-lo como uma habilidade. Para tanto, comece por conhecer melhor a sua própria mente. Este é o início da meditação.

 Sente-se calmamente, numa postura confortável mas equilibrada. Qualquer que seja o modo de sentar-se – com as pernas cruzadas, numa almofada, ou mais convencionalmente, numa cadeira – tente manter as costas eretas, mas sem ficar tenso. Apóie as mãos nos joelhos, nas coxas ou colo. Mantenha o seu olhar leve e dirigido para o espaço à sua frente, e respire naturalmente. Observe a sua mente, o ir e vir dos seus pensamentos. No começo, pode parecer que, ao serem observados, os pensamentos, em vez de diminuírem, tomem conta da sua mente, como se viessem aos borbotões de uma cachoeira. Apenas observe-os, à medida que surgem. Deixe-os virem e irem embora, sem tentar impedi-los, mas também sem alimentá-los.

No final da prática, reserve alguns momentos para saborear o calor e a alegria que resultam de uma mente mais calma.

 Passado algum tempo, os seus pensamentos se tornarão como um rio calmo e pacífico. Se você praticar esse exercício com regularidade, sua mente se tornará naturalmente serena, como um oceano calmo e tranquilo. Sempre que surgirem novos pensamentos, como ondas trazidas pelos ventos, não se deixe perturbar por ele; logo se dissolverão, de volta ao oceano.

OS HÁBITOS DA FELICIDADE

 


Vídeo:

O bioquímico que se tornou monge Budista Matthieu Ricard diz que nós podemos treinar nossa mente com hábitos de bem estar, para gerar um verdadeiro sentido de serenidade e plenitude.