Morrer
é não reconhecer a si mesmo como Ser. O Yoga nos mostra que a morte
nasce da ignorância, e que não precisamos aceitá-la se for uma noção
nascida da ignorância ou de uma percepção falsa. Somos testemunhas,
capazes de observar. O mundo é o que vemos. Somente existem sujeito e
objeto. Essa é a realidade. Concluir que isto (sujeito + objeto) seja
dualidade não é, necessariamente, verdadeiro.
Dizer “isto é real porque eu estou vendo”, não é necessariamente válido para todas
as situações vividas pelos humanos. Vemos a terra plana, mas isso não é
real, pois sabemos que ela é geóide. Vemos o céu azul, mas isso não é
real, pois sabemos que o ar não tem cor. Vemos uma estrela brilhando,
mas isso não é real, pois esse brilho data de milênios atrás. Onde está,
então, a verdade?
Aquilo
que geralmente se chama morte é o não reconhecimento do Ser, é não
distinguir o Ser do não-Ser. A causa do mundo, incluindo-se aí nosso
corpomente, é o Ser. Quando não há discernimento nem conhecimento da
auto-identidade, todos os sinais aprofundam a confusão original, nascida da ignorância sobre si mesmo. Não obstante, a morte não acontece
para o liberto, pois ele se conhece como o Ser que é a verdade de tudo.
Pedro Kupfer.
http://www.yoga.pro.br/artigos/1183/3023/o-yoga-e-a-morte
Pedro Kupfer.
http://www.yoga.pro.br/artigos/1183/3023/o-yoga-e-a-morte
Nenhum comentário:
Postar um comentário