quinta-feira, 27 de novembro de 2014

A EXPECTATIVA NO AMOR



As pessoas se sentem muitas vezes rejeitadas porque antes mesmo delas darem algo, já existe a expectativa. Se a expectativa não for satisfeita, elas se sentem rejeitadas. 

É a expectativa que está criando problema, não o amor.

Dê o amor sem qualquer corda amarrando-o.

Dê o amor pelo puro prazer de dar. Alegre-se dando-o.

O pássaro cuco, ao cantar distante, não se preocupa se alguém está gostando ou não. A estrela distante - você pensa que ela está preocupada se um poeta está escrevendo um belo poema sobre ela ou se um Vicent Van Gogh está pintando-a, ou se um fotógrafo ou um astrônomo estão preocupados com ela? A estrela não está interessada nisso. A sua alegria está em continuar brilhando.

Simplesmente abra o seu coração... E abra-o totalmente, sem quaisquer expectativas e condições. É certo que ele alcançará o coração certo; isto sempre acontece.

...E você está me perguntando: Seria este o tempo e o lugar para abrir o meu coração totalmente?

Todo tempo e todo lugar é o lugar certo!

...Você esperou tempo demais, não espere mais.

Este é o tempo. Nunca confie no momento seguinte; o amanhã nunca vem.
É agora ou nunca"!

OSHO

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Virtude?!

Que eu faça um mendigo sentar-se à minha mesa, que eu perdoe aquele que me ofende e me esforce por amar - inclusive o meu inimigo - em nome de Cristo, tudo isto, naturalmente, não deixa de ser uma grande virtude. O que faço ao menor dos meus irmãos é ao próprio Cristo que faço.

Mas, o que acontecerá, se descubro, porventura, que o menor, o mais miserável de todos, o mais pobre dos mendigos, o mais insolente dos meus caluniadores, o meu inimigo, reside dentro de mim, sou eu mesmo, e precisa da esmola da minha bondade, e que eu mesmo sou o inimigo que é necessário amar?

(Carl Gustav Jung).

Que eu faça um mendigo sentar-se à minha mesa, que eu perdoe aquele que me ofende e me esforce por amar - inclusive o meu inimigo - em nome de Cristo, tudo isto, naturalmente, não deixa de ser uma grande virtude. O que faço ao menor dos meus irmãos é ao próprio Cristo que faço.

Mas, o que acontecerá, se descubro, porventura, que o menor, o mais miserável de todos, o mais pobre dos mendigos, o mais insolente dos meus caluniadores, o meu inimigo, reside dentro de mim, sou eu mesmo, e precisa da esmola da minha bondade, e que eu mesmo sou o inimigo que é necessário amar?

(Carl Gustav Jung)

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

AFINIDADES ESPIRITUAIS


AFINIDADES ESPIRITUAIS

Quando pensamos em afinidades, tendemos a entendê-las de acordo com os mesmos conceitos que temos para as ligações materiais. As afinidades existentes entre os espíri­tos são muito diferentes das que existem entre os homens. Os homens têm um corpo material, em que o aspecto físi­co é muito forte. As funções glandulares, por exemplo, são determinantes na atração existente entre um homem e uma mulher, fato que não existe entre os espíritos.

Os espíritos criam afinidades cuja base está na seme­lhança evolutiva. As boas tendências predominantes num espírito o farão associar-se a espíritos de igual condição. As tendências negativas são, da mesma forma, o impulso atra-tivo que aproxima espíritos negativos. Espíritos mis­sionários aliam suas forças, almas em busca de perfeição trocam ideias com almas que têm objetivos semelhantes.

Um mau espírito vai sentir repulsa por um espírito evoluído, pois sabe que suas tendências negativas podem ser percebidas por este. Um espírito com luz é uma ameaça para aqueles que não a têm, uma vez que ele poderá de­saprovar seu comportamento e opor-se a eles. É por isso que espíritos avançados sofrem ataques espirituais fre­quentemente, muitas vezes de seres que nem sequer co­nhecem.

O espírito bom, por sua vez, é capaz de sentir a mesma repulsa sem, no entanto, manifestar negatividade. Sua tendência será evitar a presença dos espíritos negativos, afastando-se deles sem raiva. Algumas vezes, porém, um espírito evoluído atrai um espírito sem luz que pode ajudar.

Esse é o caso dos terapeutas, dos médicos, dos assistentes sociais, dos artistas. Todos os seres que possuem uma mis­são espiritual atraem muitos seres desajustados em proces­so de purificação. É o magnetismo do missionário que gera algumas situações desagradáveis como telefonemas ino­portunos, fãs histéricos, inimigos ocultos. Esses fatos ad­vêm da vontade inconsciente que o espírito de pouca evolução tem de receber ajuda para crescer. Podem ser de­sagradáveis, mas representam importante pedido de socor­ro, que o missionário sensível saberá interpretar correta-mente, ao mesmo tempo que impõe seus limites.

O fato de que a semelhança de nível evolutivo é a base para as aproximações espirituais deu origem à regra geral de que um espírito atrai seus semelhantes. O bom espírito buscará os que têm igual padrão de vibração, e com eles sentirá grande afinidade. Os espíritos não deixam, contudo, de respeitar certas necessidades evolutivas e podem passar períodos de convivência com espíritos com os quais não têm afinidades.

No mundo dos espíritos é regra estarem unidos espíri­tos afins. Na Terra, onde os objetivos da evolução têm pre­cedência sobre as inclinações naturais, podem acontecer aproximações motivadas por: karma, provação e expiação. São esses fatores que regem as uniões espirituais, que de­terminam casamentos, sociedades, famílias e outros agru­pamentos espirituais conflituosos entre os espíritos encar­nados.

Quanto às uniões, elas costumam ser estáveis entre os espíritos harmonizados e tendem às separações no caso dos espíritos de pouca luz. Temos que separar as uniões no mundo dos espíritos das que acontecem na Terra.Os grupos espirituais desencarnados estão agrupa­dos por uma razão apenas: afinidade. É por isso que essas uniões são permanentes e acabam formando a chamada fa­mília espiritual. Seres assim reunidos reencontram-se muitas vezes, encarnados ou não, vivendo experiências de alto nível. Quando desencarnados, mantêm a memória de tu­do o que já viveram juntos, mas enquanto encarnados, não têm essas lembranças vivas; apenas sentem impulsos fortes de atração, que não conseguem definir racionalmente. Po­dem viver, nesse caso, a mesma situação que têm no mundo dos espíritos (como repetir a experiência de mãe e filho, por exemplo), mas podem estar apenas próximos, sem um en­volvimento familiar, e mantendo uma grande amizade aqui na Terra. Essa é a explicação para casos em que alguém afir­ma ter encontrado num colega de trabalho um irmão mais sincero do que um irmão carnal. Toda ligação entre espíri­tos afins de bom nível evolutivo é duradoura; por isso há mais felicidade nas uniões assim realizadas.

Aqui na Terra as uniões já não acontecem só pela afinidade entre espíritos de mesma situação evolutiva. Essa maneira de aproximação dos espíritos é a primeira incli­nação da alma e seria a mais espontânea forma de união. Os que já têm certa capacidade realmente acabam por se agru­par assim. No entanto, outras razões, de ordem material, de­terminam a aproximação dos espíritos encarnados, e todas elas são geradoras de conflito.

Convém comentar também que não existe uma união material ou espiritual totalmente predestinada, pois, acima dos desejos espirituais, está a força do livre-arbítrio, que pode alterar qualquer situação.

Quando pensamos em afinidades, tendemos a entendê-las de acordo com os mesmos conceitos que temos para as ligações materiais. As afinidades existentes entre os espíri­tos são muito diferentes das que existem entre os homens. Os homens têm um corpo material, em que o aspecto físi­co é muito forte. As funções glandulares, por exemplo, são determinantes na atração existente entre um homem e uma mulher, fato que não existe entre os espíritos.

Os espíritos criam afinidades cuja base está na seme­lhança evolutiva. As boas tendências predominantes num espírito o farão associar-se a espíritos de igual condição. As tendências negativas são, da mesma forma, o impulso atra-tivo que aproxima espíritos negativos. Espíritos mis­sionários aliam suas forças, almas em busca de perfeição trocam ideias com almas que têm objetivos semelhantes.

Um mau espírito vai sentir repulsa por um espírito evoluído, pois sabe que suas tendências negativas podem ser percebidas por este. Um espírito com luz é uma ameaça para aqueles que não a têm, uma vez que ele poderá de­saprovar seu comportamento e opor-se a eles. É por isso que espíritos avançados sofrem ataques espirituais fre­quentemente, muitas vezes de seres que nem sequer co­nhecem.

O espírito bom, por sua vez, é capaz de sentir a mesma repulsa sem, no entanto, manifestar negatividade. Sua tendência será evitar a presença dos espíritos negativos, afastando-se deles sem raiva. Algumas vezes, porém, um espírito evoluído atrai um espírito sem luz que pode ajudar.

Esse é o caso dos terapeutas, dos médicos, dos assistentes sociais, dos artistas. Todos os seres que possuem uma mis­são espiritual atraem muitos seres desajustados em proces­so de purificação. É o magnetismo do missionário que gera algumas situações desagradáveis como telefonemas ino­portunos, fãs histéricos, inimigos ocultos. Esses fatos ad­vêm da vontade inconsciente que o espírito de pouca evolução tem de receber ajuda para crescer. Podem ser de­sagradáveis, mas representam importante pedido de socor­ro, que o missionário sensível saberá interpretar correta-mente, ao mesmo tempo que impõe seus limites.

O fato de que a semelhança de nível evolutivo é a base para as aproximações espirituais deu origem à regra geral de que um espírito atrai seus semelhantes. O bom espírito buscará os que têm igual padrão de vibração, e com eles sentirá grande afinidade. Os espíritos não deixam, contudo, de respeitar certas necessidades evolutivas e podem passar períodos de convivência com espíritos com os quais não têm afinidades.

No mundo dos espíritos é regra estarem unidos espíri­tos afins. Na Terra, onde os objetivos da evolução têm pre­cedência sobre as inclinações naturais, podem acontecer aproximações motivadas por: karma, provação e expiação. São esses fatores que regem as uniões espirituais, que de­terminam casamentos, sociedades, famílias e outros agru­pamentos espirituais conflituosos entre os espíritos encar­nados.

Quanto às uniões, elas costumam ser estáveis entre os espíritos harmonizados e tendem às separações no caso dos espíritos de pouca luz. Temos que separar as uniões no mundo dos espíritos das que acontecem na Terra.Os grupos espirituais desencarnados estão agrupa­dos por uma razão apenas: afinidade. É por isso que essas uniões são permanentes e acabam formando a chamada fa­mília espiritual. Seres assim reunidos reencontram-se muitas vezes, encarnados ou não, vivendo experiências de alto nível.

Quando desencarnados, mantêm a memória de tu­do o que já viveram juntos, mas enquanto encarnados, não têm essas lembranças vivas; apenas sentem impulsos fortes de atração, que não conseguem definir racionalmente. Po­dem viver, nesse caso, a mesma situação que têm no mundo dos espíritos (como repetir a experiência de mãe e filho, por exemplo), mas podem estar apenas próximos, sem um en­volvimento familiar, e mantendo uma grande amizade aqui na Terra.

Essa é a explicação para casos em que alguém afir­ma ter encontrado num colega de trabalho um irmão mais sincero do que um irmão carnal. Toda ligação entre espíri­tos afins de bom nível evolutivo é duradoura; por isso há mais felicidade nas uniões assim realizadas.

Aqui na Terra as uniões já não acontecem só pela afinidade entre espíritos de mesma situação evolutiva. Essa maneira de aproximação dos espíritos é a primeira incli­nação da alma e seria a mais espontânea forma de união. Os que já têm certa capacidade realmente acabam por se agru­par assim. No entanto, outras razões, de ordem material, de­terminam a aproximação dos espíritos encarnados, e todas elas são geradoras de conflito.

Convém comentar também que não existe uma união material ou espiritual totalmente predestinada, pois, acima dos desejos espirituais, está a força do livre-arbítrio, que pode alterar qualquer situação.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

FELICIDADE E PRAZER: A GRANDE CONFUSÃO



O erro mais comum é confundir o prazer com a felicidade. O prazer, diz um provérbio hindu, “é somente a sombra da felicidade”. É o resultado direto dos estímulos prazerosos no âmbito sensual, estético ou intelectual. A fugaz experiência do prazer depende de circunstâncias, de um lugar específico ou de um momento no tempo. É instável por natureza e a sensação evocada logo se torna neutra ou até desagradável. Da mesma maneira, se for repetida, pode tornar-se insípida ou até levar a repulsa. Saborear uma refeição deliciosa é uma fonte de prazer genuíno, mas ficaremos indiferentes a ela assim que estivermos satisfeitos e poderemos até nos sentir mal se continuarmos a comer. A mesma coisa acontece com uma boa fogueira: quando estamos encolhidos de frio, é um grande prazer nos aquecermos com seu calor, mas logo temos de nos afastar para não nos queimarmos.

O prazer se exaure com a rotina, como uma vela que consome a si mesma. Ele quase sempre está ligado a uma ação, uma atividade e leva ao tédio pelo simples fato de repetir-se. Ouvir em êxtase um prelúdio de Bach requer uma atenção que, por menor que seja, não pode ser mantida indefinidamente. Depois de um tempo, o cansaço entra em cena e a música perde seu encanto. Se fôssemos forçados a ouvi-la por dias e dias, iria tornar-se intolerável.

Além disso, o prazer é uma experiência individual, centrada no eu, que pode com facilidade deteriorar-se em egoísmo e entrar em conflito com o bem-estar dos outros. Na intimidade sexual é claro que pode haver prazer mútuo no dar e receber sensações prazerosas, mas esse prazer só pode transcender o eu e contribuir para a felicidade genuína se a natureza da mutualidade e do altruísmo generoso estiver no seu âmago. É possível sentir o prazer à custa de outra pessoa, mas isso não traz felicidade. O prazer pode estar associado à crueldade, à violência, ao orgulho, à ganância e a outras condições mentais que são incompatíveis com a verdadeira felicidade. “O prazer é a felicidade dos loucos, enquanto a felicidade é o prazer dos sábios”, escreveu o romancista e crítico francês Jules Barbey d’Aurevilly.

Algumas pessoas sentem prazer até em vingar-se e em torturar outros seres humanos. Desse ponto de vista, um homem de negócios pode regozijar-se com a ruína de um competidor, um ladrão contemplando o fruto do roubo, um espectador de uma tourada com a morte do touro. Mas esses são estados de exaltação passageiros, às vezes mórbidos, que, como os momentos de euforia positiva, não têm nada a ver com sukha, a felicidade genuína.

A procura exacerbada e quase mecânica dos prazeres sensuais é outro exemplo da gratificação intimamente ligada à obsessão, à avidez, à inquietude e, de certa forma, ao desencanto. Na maioria das vezes, o prazer não cumpre as promessas que faz, como descreve o poeta escocês Robert Burns em “Tom O’Shanter”:

                         Mas os prazeres são como a papoula,
                        Nem bem colhida, já desfeita;
                        Ou como a neve caindo sobre o rio,
                        Clarões brancos para sempre desparecidos

Diferentemente do prazer, o florescer genuíno de sukha (felicidade) pode ser influenciado pelas circunstâncias, mas não depende delas. Ele perdura e aumenta com a experiência. Gera um sentimento de plenitude que, no tempo devido, se torna uma segunda natureza.

A felicidade autêntica não está ligada a uma ação, a uma atividade, mas é um estado de ser, um profundo equilíbrio emocional decorrente de uma sutil compreensão do funcionamento da mente. Enquanto os prazeres ordinários se produzem no contato com objetos agradáveis e terminam quando esse contato se interrompe, sukha – o bem-estar duradouro – é sentido ao longo de todo o tempo em que permanecemos em harmonia com nossa natureza interior. Um aspecto intrínseco desse bem-estar é o seu altruísmo, que irradia do interior do ser, em vez de focalizar-se no eu. Quem está em paz consigo mesmo contribui espontaneamente para estabelecer a paz em sua família, em sua vizinhança e, se as circunstâncias permitirem, na sociedade como um todo.

Em resumo, não há relação direta entre o prazer e a felicidade. Essa distinção não significa que não se devam buscar sensações agradáveis. Não há razão para nos privarmos do deleite diante de uma paisagem magnífica, da sensação de nadar no mar, do perfume de uma rosa, da doçura de uma carícia ou da beleza de uma melodia. Os prazeres tornam-se obstáculos somente quando perturbam o equilíbrio da mente e nos levam a obsessão por gratificações ou a uma aversão a tudo que possa impedi-los.

Apesar de ser intrinsicamente diferente da felicidade, prazer não é inimigo dela. Tudo depende da maneira como é vivido. Se o prazer está contaminado com um forte desejo e impede a liberdade interior, dando origem à avidez e à dependência, é um obstáculo à felicidade. Por outro lado, se é vivido no momento presente, num estado de paz interior e liberdade, o prazer adorna a felicidade sem obscurecê-la. Uma experiência sensorial agradável, seja ela visual, auditiva, tátil, olfativa, seja gustativa, não estará em oposição a sukha a menos que esteja maculada pelo apego e gere avidez ou dependência. O prazer torna-se suspeito quando provoca uma necessidade insaciável de repetição.

Por outro lado, quando é vivido perfeitamente no instante presente, como um pássaro que cruza o céu sem deixar nenhum rastro, o prazer não aciona nenhum dos mecanismos de obsessão, sujeição, fadiga ou desilusão que costumam surgir quando experimentamos essas sensações. O desapego, como sabemos, não é uma rejeição, mas uma liberdade que prevalece quando deixamos de nos atar às causas do sofrimento. Em um estado de paz interior, com conhecimento lúcido de como funciona a nossa mente, um prazer que não obscurece sukha não é indispensável nem temível.

 

FELICIDADE E ALEGRIA

 


 A diferença entre felicidade e alegria é mais sutil. A felicidade genuína irradia-se espontaneamente para o exterior em forma de alegria. Mas nem sempre essa emoção interior manifesta-se de modo exuberante, podendo mostrar-se como uma apreciação leve e luminosa do momento presente que se estende ao momento seguinte, criando um contínuo que poderíamos chamar de joie de vivre. Sukha também pode ser enriquecida por surpresas, alegrias intensas e inesperadas, que são para ela como as flores da primavera. E, no entanto, nem todas as formas de alegria provêm de sukha – longe disso. Como enfatiza Christophe André em seu trabalho sobre a psicologia da felicidade: “Há alegrias nada saudáveis e muito distantes do sentimento sereno de felicidade, como a alegria da vingança. [...] Existem também as felicidades calmas, muitas vezes bem distantes da excitação inerente à alegria. [...] Pulamos de alegria, não de felicidade.” 

Vimos como é difícil chegar a um acordo quanto à definição de felicidade e precisar o significado da verdadeira felicidade. A palavra alegria é igualmente vaga, já que, como mostrou o psicólogo Paul Ekman, está associada a emoções tão variadas quanto os prazeres proporcionados pelos cinco sentidos: a diversão (do sorriso leve à gargalhada); o contentamento (um tipo mais calmo de satisfação); a excitação (em resposta a uma novidade ou um desafio); o alívio (que sucede a uma emoção, como o medo, a ansiedade e, às vezes, até o prazer); o maravilhamento (diante de algo surpreendente, admirável ou que ultrapasse o entendimento); o êxtase ou bem-aventurança (que nos transporta para além de nós mesmo); a exultação (por ter conseguido realizar uma tarefa difícil ou uma exploração ousada); orgulho radiante (quando os nossos filhos são merecedores de alguma honraria especial); a elevação (por ter testemunhado um ato grande bondade, generosidade ou compaixão); a gratidão (a apreciação de um ato desapego do qual somos beneficiários); e o júbilo doentio, Shadenfreude em alemão (apreciar o sofrimento do outro, como no caso da vingança).  Podemos ainda acrescentar o regozijo (com a felicidade de outrem); o deleite ou encantamento (um tipo radiante de contentamento); e a radiância, o brilho, o resplendor espiritual (uma alegria serena que nasce de um estado profundo de bem-estar e benevolência), que na realidade é mais um estado de ser duradouro do que uma emoção passageira.

Todas essas emoções possuem um elemento de alegria, geralmente trazem um sorriso à face, e manifestam-se por uma expressão e tom de voz específicos. Mas para que tragam alegria ou contribuam para ela, devem estar livres de qualquer emoção negativa. Se acompanhada de raiva ou inveja , a alegria extingue-se abruptamente. Com a chegada furtiva do apego, do egoísmo ou de orgulho, ela é lentamente sufocada.

Para que a alegria dure e amadureça com serenidade – para que seja, nas palavras de Corneille, um “florescimento do coração” – ela deve estar associada a outros aspectos da verdadeira felicidade: lucidez, clareza mental, bondade amorosa, enfraquecimento gradual das emoções negativas, desaparecimento do egoísmo e eliminação dos caprichos do ego.

VIVER INTENSAMENTE!



 “Viver intensamente” tornou-se o leitmotiv do homem moderno. Trata-se de uma hiperatividade compulsiva sem qualquer pausa, sem brecha de tempo não-agendado, por medo de se encontrar consigo mesmo. Pouco importa o significado da experiência, desde que ela seja intensa. Vêm daí o gosto e a  fascinação pela violência, a exploração, a excitação máxima dos sentidos, os esportes radicais. É preciso descer as cataratas do Niágara dentro de um barril, só abrir o pára-quedas a alguns metros do solo, mergulhar a sem metros de profundidade em apnéia. É preciso arriscar a vida por aquilo que não vale a pena ser vivido, superar-se para ir a lugar nenhum. Então, liguemos a todo volume cinco rádios e dez televisores ao mesmo tempo, batamos a cabeça no muro e rolemos na graxa e no óleo diesel. Isso sim é viver plenamente!

Sentimos que a vida sem atividade constante seria fatalmente insípida. Amigos meus que foram guias em excursões culturais na Ásia contaram-me que seus clientes não conseguiam suportar a menor brecha no itinerário. “Não há mesmo nada agendado entre as cinco e as sete?”, perguntavam eles, ansiosos. Temos, ao que parece, muito medo de olhar para nós mesmos. Estamos completamente focados no mundo exterior, da maneira como é experienciado pelos cinco sentidos. Parece ingênuo acreditar que uma busca tão febril de experiências intensas possa levar a uma qualidade de vida rica e duradoura.

Se dedicamos algum tempo para explorar nosso mundo interior, só o fazemos sonhando acordados, fixados na imaginação e no passado ou fantasiando infinitamente sobre o futuro. Um sentimento genuíno de realização, associado à liberdade interior, também pode oferecer intensidade a cada momento da vida, mas de um tipo muito diferente. Trata-se de uma experiência cintilante de bem-estar interior, em que brilha a beleza de cada coisa. Para que isso ocorra é preciso saber desfrutar o momento presente, com vontade de alimentar o altruísmo e a serenidade, trazendo para o amadurecimento a melhor parte de nós – modificar a si mesmo para melhor transformar o mundo.


UMA INTENSIDADE ARTIFICIAL



Podemos imaginar que a súbita obtenção de fama ou de riqueza satisfaria todos os nossos desejos, mas na realidade é quase certo que a satisfação obtida com essas realizações teria vida curta e não contribuiria em nada para aumentar o nosso bem-estar. Encontrei um famoso cantor de Taiwan que, tendo descrito seu desconforto e desencanto com a fama e a fortuna, rompeu em lágrimas, gritando: “Ah, se eu pudesse não ter ficado famoso!” Estudos mostraram que uma situação inesperada – ganhar na loteria, por exemplo – pode levar a pessoa a sentir mais prazer por algum tempo, mas a longo prazo não altera sua disposição para a felicidade ou infelicidade. A grande maioria das pessoas estudadas que ganharam na loteria passou por um período de exaltação logo depois do golpe de sorte, mas um ano depois o nível de satisfação tinha voltado ao habitual. 3 E, ás vezes, um evento como esse, presumivelmente invejável, desestabiliza a vida do “feliz vencedor”.

O falecido psicólogo Michael Argyle cita o caso de uma mulher inglesa de vinte e quatro anos que ganhou na loteria um prêmio de mais de um milhão de libras esterlinas. Ela largou o emprego e entregou-se ao ócio. Comprou uma casa nova num bairro elegante e descobriu-se abandonada pelos amigos; comprou um carro extravagente, mesmo sem saber dirigir; comprou montanhas de roupas, a maior parte das quais nunca saiu de dentro do armário; frequentava restaurantes finos, mas preferia comer peixe com batatas fritas. Um ano depois, sofria de depressão, pois sua vida estava vazia e desprovida de qualquer satisfação. 

Todos sabemos como a nossa sociedade de consumo é esperta e incansável em inventar um sem-número de prazeres fictícios, e em, laboriosamente, desenvolver estimulantes com o propósito de nos manter em estado constante de tensão emocional, que na verdade nos leva a um tipo de anestesia mental. Um amigo tibetano que contemplava os painéis luminosos de propaganda em Nova Iorque comentou: “Eles estão tentando roubar as nossas mentes.” Há uma clara diferença entre a verdadeira alegria, que é a manifestação natural do bem-estar, e a euforia ou exaltação causadas por excitações passageiras. Qualquer excitação superficial que não esteja ancorada em um contentamento duradouro quase invariavelmente é seguida pelo desapontamento.


O SOFRIMENTO E A INFELICIDADE

 

Assim como fizemos uma diferenciação entre a felicidade e o prazer, podemos também fazer uma distinção entre o sofrimento e a infelicidade. Passamos pelo sofrimento, mas criamos a infelicidade. A palavra sânscrita dukha, o oposto de sukha, não define apenas uma sensação desagradável, mas reflete uma vulnerabilidade fundamental ao sofrimento e à dor, que podem, em última instância, levar à sensação de exaustão com relação ao mundo e ao sentimento de que não vale a pena viver, porque não é possível encontrar um sentido para a vida. Sartre coloca estas palavras na boca do protagonista do livro A náusea

Se alguém tivesse me perguntando o que significa estar vivo, eu de boa-fé teria respondido que não significa nada, é meramente um recipiente vazio [...]. Nós somos apenas um monte de vidas impraticáveis, todos perturbados consigo mesmos. Não tínhamos a menor razão para estar aqui, nenhum de nós. Cada ser vivo, confuso, obscuramente ansioso, sentindo-se supérfluo… Eu era supérfluo também [...] Tina confusas ideias sobre acabar comigo mesmo, para livrar o mundo de pelo menos uma dessas vidas supérfluas. 

 A crença de que o mundo seria melhor sem a nossa presença é uma causa frequente de suicídio.      
      
Um estudo realizado com tetraplégicos mostrou que, apesar de a maior parte deles admitir ter inicialmente pensado no suicídio, um ano depois da paralisia somente 10% considerava ter uma vida miserável, enquanto a maior parte julgava a sua vida boa.   O sofrimento pode ser provocado por numerosas causas, sobre as quais às vezes temos algum poder e às vezes nenhum. Nascer com uma deficiência, cair doente, perder alguém que amamos, presenciar uma guerra ou um desastre natural. Essas situações estão além do nosso controle. A infelicidade é completamente diferente, já que é o modo pelo qual vivenciamos o nosso sofrimento. A infelicidade pode de fato estar associada à dor física e moral infligida por circunstâncias exteriores, mas não está essencialmente ligada a ela.
 
Já que a mente que traduz o sofrimento em infelicidade, é da responsabilidade da mente dominar a percepção que tem do sofrimento. A mente é maleável. Uma mudança, mesmo que pequena, no modo como lidamos com os nossos pensamentos, como percebemos e interpretamos o mundo, pode transformar significativamente a nossa existência. Mudar o modo como experienciamos as emoções transitórias leva a uma alteração da nossa disposição, do nosso ânimo, provocando uma transformação duradoura na nossa maneira de ser. Essa “terapia” tem como alvo os sofrimentos que afligem a maior parte de nós e busca promover o nosso florescimento, dando-nos uma orientação para a vida.

EXERCÍCIO: Distinguir entre felicidade e prazer Young Woman Meditating on the Floor


Traga à sua mente uma experiência passada em que você sentiu prazer físico, com toda a intensidade. Lembre-se de como você desfrutou essa experiência no início e como ela foi se transformando em um sentimento neutro, talvez até despertando cansaço ou falta de interesse. Ela trouxe a você uma realização interior duradoura?

Lembre-se, então, de uma ocasião em que tenha sentido alegria interior e felicidade. Recorde-se do que sentiu, por exemplo, quando fez outra pessoa realmente feliz, ou um momento calmo em que desfrutou a companhia de alguém que ama, ou ainda quando contemplou uma bela paisagem. Perceba o efeito duradouro que essa experiência teve em sua mente e como ela alimenta, ainda hoje, sentimento de realização. Compare a qualidade desse estado de ser como o anterior, produzido por uma sensação passageira de prazer.

            Aprenda a valorizar esses momentos de profundo bem-estar e aspire a encontrar maneiras para desenvolvê-los cada vez mais.

O CONTENTAMENTO INTERIOR: O Dalai Lama fala sobre o assunto.

                

 Nno livro ‘A arte da Felicidade’, Dr. Cutler relata outro encontro com o Dalai Lama sobre o Tema: Ao atravessar o estacionamento para ir me encontrar com o Dalai-Lama numa tarde, parei para admirar um Toyota Land Cruiser novinho em folha, o tipo de carro que vinha querendo havia muito tempo. Ainda com o carro na cabeça quando comecei minha sessão, fiz uma pergunta.

- Às vezes parece que toda a nossa cultura, a cultura ocidental, se baseia nas aquisições materiais. Vivemos cercados, bombardeados, por anúncios das últimas novidades a comprar, do último modelo de automóvel e assim por diante. É difícil não ser influenciado por isso. São tantas as coisas que queremos, que desejamos.

Parece que não têm fim. O senhor poderia falar um pouco sobre o desejo?

- Creio que há dois tipos de desejo – respondeu o Dalai-Lama. – Certos desejos são positivos. O desejo da felicidade. É absolutamente certo. O desejo da paz. O desejo de um mundo mais harmonioso, mais amigo. Certos desejos são muito úteis.

“Mas, a certa altura, os desejos podem tornar-se absurdos. Isso geralmente resulta em problemas. Ora, por exemplo, eu às vezes visito supermercados. Realmente adoro supermercados porque posso ver muita coisa bonita. E assim, quando olho para todos aqueles artigos diferentes, surge em mim uma sensação de desejo, e meu impulso inicial poderia ser: `Ah, eu quero isso e mais aquilo’. Brota então um segundo pensamento e eu me pergunto: `Ora, será que eu preciso mesmo disso?’ Geralmente a resposta é `não’. Se obedecermos àquele primeiro desejo, àquele impulso inicial, muito em breve estarem de bolsos vazios.

No entanto, o outro nível de desejo, baseado nas nossas necessidades essenciais de alimentação, vestuário e moradia, é algo mais razoável.

“Às vezes, determinar se um desejo é excessivo ou negativo é algo que depende das circunstâncias ou da sociedade em que se vive. Por exemplo, para quem vive numa sociedade afluente na qual é preciso um carro para ajudar a pessoa a cumprir a rotina diária, nesse caso não há nada de errado em querer ter um carro. Porém, se a pessoa mora num lugarejo pobre na Índia, onde se pode viver muito bem sem um carro, e ainda sente o desejo de ter um, mesmo que disponha do dinheiro para comprá-lo, essa compra pode acabar causando problemas. Pode gerar um sentimento de perturbação entre os vizinhos, entre outras coisas. Ou, caso se viva numa sociedade mais próspera e se tenha um carro mas não se pare de querer carros sempre mais caros, isso também leva ao mesmo tipo de problema.”

- Mas eu não consigo ver como querer ou comprar um carro mais caro causa problemas para o indivíduo, desde que ele tenha condições para isso. Ter um carro mais caro do que os de seus vizinhos poderia ser um problema para eles (pois poderiam sentir inveja ou algo semelhante) mas ter um carro novo daria à pessoa, em si, uma sensação de satisfação e prazer.

O Dalai-Lama abanou a cabeça e respondeu com firmeza.

- Não… A satisfação pessoal em si não pode determinar se um desejo ou ato é positivo ou negativo. Um assassino pode ter uma sensação de satisfação no momento em que comete o assassinato, mas isso não justifica o ato. Todas as ações condenáveis, a mentira, o roubo, o adultério, entre outras, são cometidas por pessoas que podem na ocasião ter um sentimento de satisfação. O que distingue um desejo ou ato positivo de um negativo não é a possibilidade de ele lhe proporcionar uma satisfação imediata mas, sim, se ele acaba gerando conseqüências positivas ou negativas. Por exemplo, no caso do anseio por bens mais caros, se ele estiver baseado numa atitude mental que simplesmente quer cada vez mais, a pessoa acaba atingindo um limite daquilo que consegue adquirir e se defronta com a realidade. E, quando ela chega a esse limite, perde toda a esperança, mergulha na depressão e assim por diante. É um perigo inerente a essa espécie de desejo.

“E, para mim, esse tipo de desejo excessivo gera a ganância, manifestação exagerada do desejo, baseada na exacerbação das expectativas. E, quando refletimos sobre os excessos da ganância, concluímos que ela conduz o indivíduo a uma sensação de frustração, decepção, a muita confusão e muitos problemas. Quando se trata de lidar com a ganância, um aspecto perfeitamente característico é que, embora ela decorra do desejo de obter alguma coisa, ela não se satisfaz com a obtenção. Torna-se, portanto, algo meio sem limites, como um poço sem fundo, e isso gera perturbação. Um traço interessante da ganância é que, apesar de seu motivo subjacente ser a busca da satisfação, mesmo depois da obtenção do objeto do seu desejo, a pessoa ainda não está satisfeita, o que é uma ironia. O verdadeiro antídoto para a ganância é o contentamento. Se a pessoa tiver um forte sentido de contentamento, não faz diferença se consegue o objeto desejado ou não. De uma forma ou de outra, ela continua contente.”

”A nossa cultura, como a nossa própria experiência, pode perpetuar inverdades sobre as fontes da felicidade. A economia, por exemplo. A única maneira de a nossa economia se perpetuar é se muitas pessoas acreditarem no que Adam Smith chamou de “um engano” – o consumo constante trará felicidade. As economias são um motor, e a produção e consumo constantes são o combustível. Portanto, se todos perceberem, um dia, que o consumo e a produção constantes não são uma fonte de felicidade – que tudo o que eles realmente fazem é manter a economia funcionando – quantos de nós iríamos nos levantar de manhã e dizer: “Eu sei que isso não vai me faz feliz, mas eu quero manter a economia funcionando?”
Nós não fazemos isso. Nós nos levantamos de manhã e dizemos: “O que vai me fazer feliz?” Então, a única maneira de sermos um combustível eficiente para o motor da economia, é aderindo ao grande mito cultural de que “coisas” nos fazem felizes. Nós pulamos em nossa rodinha de rato, metaforicamente falando, e ganhamos dinheiro. Isso não nos traz a felicidade que pensávamos que teríamos, então presumimos que não ganhamos o suficiente. Nós provavelmente precisamos ganhar mais. O Palio não é suficiente; o Audi deve ser. A velha esposa não é boa o suficiente; vamos arrumar uma nova. Nós continuamos imaginando que  se essas coisas não estão nos trazendo felicidade, são porque são as coisas erradas, ao invés de reconhecer que a própria busca é inútil – que, independentemente do que possamos alcançar na busca das coisas, elas nunca trarão um estado contínuo de felicidade.” - Daniel Gilbert
  
Alguns meses após as palestras do Dalai-Lama no Arizona, fui visitá-lo em casa em Dharamsala. Era uma tarde muito quente e úmida em julho, e cheguei à sua casa empapado de suor depois de uma curta caminhada a partir do lugarejo. Por eu vir de um clima seco, a umidade naquele dia me parecia quase insuportável, e eu não estava com o melhor dos humores quando nos sentamos para começar a conversar. já ele parecia estar animadíssimo. Pouco depois do início da conversa, nós nos voltamos para o tópico do prazer. A certa altura, ele fez uma observação crucial.

— Agora, as pessoas às vezes confundem a felicidade com o prazer.

Por exemplo, há não muito tempo eu estava falando a uma platéia indiana em Rajpur. Mencionei que o propósito da vida era a felicidade, e alguém da platéia disse que Rajneesh ensina que nossos momentos mais felizes ocorrem durante a atividade sexual e que, logo, é através do sexo que podemos nos tornar mais felizes.

— O Dalai-Lama deu uma risada gostosa.

— Ele queria saber o que eu achava da idéia. Respondi que, do meu ponto de vista, a maior felicidade é a de quando se atinge o estágio de Liberação, no qual não mais existe sofrimento. Essa é a felicidade genuína, duradoura.

A verdadeira felicidade está mais relacionada à mente e ao coração. A felicidade que depende principalmente do prazer físico é instável. Um dia, ela está ali; no dia seguinte, pode não estar.

Em termos superficiais, sua observação parecia bastante óbvia. É claro que a felicidade e o prazer são sensações diferentes. E no entanto, nós, os seres humanos, costumamos ter um talento especial para confundi-las.

Não muito depois de voltar para casa, durante uma sessão de terapia com uma paciente, eu viria a ter uma demonstração concreta de como pode ser importante essa simples percepção.

Heather era uma jovem profissional liberal solteira que trabalhava como psicóloga na região de Phoenix. Embora gostasse do emprego que tinha, no qual trabalhava com jovens problemáticos, já havia algum tempo ela vinha se sentindo cada vez mais insatisfeita com a vida na região.

Costumava queixar-se da população crescente, do trânsito e do calor sufocante no verão. Fizeram-lhe a oferta de um emprego numa linda cidadezinha nas montanhas. Na realidade, ela já visitara a cidadezinha muitas vezes e sempre sonhara em se mudar para lá. Era perfeito. O único problema era que o emprego que lhe ofereciam envolvia o trabalho com uma clientela adulta. Havia semanas, ela lutava com a decisão de aceitar ou não o novo emprego. Simplesmente não conseguia se decidir. Tentou fazer uma lista de prós e contras, mas dela resultou um empate irritante.

— Eu sei que não gostaria do trabalho lá tanto quanto do daqui, mas isso seria mais do que compensado pelo mero prazer de morar naquela cidade! Eu realmente adoro aquilo lá. Só estar lá já faz com que eu me sinta bem. E estou tão cansada do calor aqui que simplesmente não sei o que fazer.
Seu uso do termo “prazer” me fez lembrar as palavras do Dalai-Lama; e, procurando me aprofundar um pouco, fiz uma pergunta.

— Você acha que mudar para lá lhe traria maior felicidade ou maior prazer?
 
Ela ficou calada um instante, sem saber como encarar a pergunta.

— Não sei… — respondeu afinal. — Sabe de uma coisa? Acho que me traria mais prazer do que felicidade… Em última análise, acho que não seria realmente feliz trabalhando com aquela clientela. Acho que é mesmo muito gratificante trabalhar com os jovens no meu emprego…

A simples reformulação do seu dilema em termos de “Será que isso vai me trazer felicidade?” pareceu conferir uma certa clareza. De repente, ficou muito mais fácil para ela tomar a decisão. E resolveu permanecer em Phoenix. É claro que ainda se queixava do calor do verão. No entanto, decidir em plena consciência ficar em Phoenix, com base naquilo que ela achava que acabaria por fazê-la mais feliz, de algum modo tornou o calor mais suportável.

Embora não haja soluções fáceis para evitar esses prazeres destrutivos, felizmente temos por onde começar: o simples lembrete de que o que estamos procurando na vida é a felicidade. Como o Dalai-Lama salienta, esse é um fato inconfundível. Se abordarmos nossas escolhas na vida tendo isso em mente, será mais fácil renunciar a atividades que acabam nos sendo prejudiciais, mesmo que elas nos proporcionem um prazer momentâneo. O motivo pelo qual costuma ser tão difícil adotar o “É só dizer não!” encontrasse na palavra “não”. Essa abordagem está associada a uma noção de rejeitar algo, de desistir de algo, de nos negarmos algo.

Existe, porém, um enfoque melhor: enquadrar qualquer decisão que enfrentemos com a pergunta “Será que ela me trará felicidade?” Essa simples pergunta pode ser uma poderosa ferramenta para nos ajudar a gerir com habilidade todas as áreas da nossa vida, não apenas na hora de decidir se vamos nos permitir o uso de drogas ou aquele terceiro pedaço de torta de banana com creme. Ela permite que as coisas sejam vistas de um novo ângulo. Lidar com nossas decisões e escolhas diárias com essa questão em mente desvia o foco daquilo que estamos nos negando para aquilo que estamos buscando — a máxima felicidade. Uma felicidade definida pelo Dalai-Lama como estável e persistente. Um estado de felicidade que, apesar dos altos e baixos da vida e das flutuações normais do humor, permanece como parte da própria matriz do nosso ser. A partir dessa perspectiva, é mais fácil tomar a “decisão acertada” porque estamos agindo para dar algo a nós mesmos, não para negar ou recusar algo a nós mesmos — uma atitude de movimento na direção de algo, não de afastamento; uma atitude de união com a vida, não de rejeição a ela. Essa percepção subjacente de estarmos indo na direção da felicidade pode exercer um impacto profundo. Ela nos torna mais receptivos, mais abertos, para a alegria de viver.

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Janice exibe na foto, alguns de seus sapatos, ao todo são 92 pares.

”Uma vez seduzidos pelo hábito de comprar para ter felicidade é difícil parar. Não importa o quanto já se comprou, se a dinâmica está enraizada, há sempre mais para adquirir, novos prazeres, outras pessoas a desbancar.
Há semelhanças entre comprar e o sexo casual: o desejo, a caça. a conquista, o prazer e depois a sensação de vazio. Comprar se transformou numa forma de lazer e satisfação. É o que as pessoas fazem no final de semana. O que você tem virou sinônimo do que você sabe, pois significa que você conhece o que há de mais sofisticado na existência. No entanto, esta dinâmica, é companhada por sentimentos de inveja, ganância e até de prazer diante da desgraça alheia. 
O resultado final é um sentimento de separação e vazio, de ser um fantasma que se pergunta: ”A vida é só isso?”
Mais: a felicidade sequer depende do quanto uma pessoa ganha, mesmo que seja muito e além da média. Lewis Lapham fez um estudo com norte-americanos de diferentes faixas salarais, perguntando quanto teriam que ganhar para considerar-se verdadeiramente felizes. 
O resultado demonstrou o seguinte: praticamente todos os entrevistados responderam que teriam que ganhar o dobro do que recebiam naquele momento. 
Logo, quem estava na faixa dos 50 mil dólares (cerca de 4 mil dólares ao mês) almejava 100 mil (cerca de 8 mil dolares ao mês). Da mesma forma, quem contabilizava 1 milhão de dolares ansiava por 2 milhões.
Esse foi o resultado: mesmo a riqueza acima do padrão médio de conforto faz pouca diferença em nossa felicidade.
O psicologo Tim Wilson, estudioso no assunto diz ”Não nos damos conta de como nos adaptamos rapidamente aos eventos prazerosos, fazendo eles um pano de fundo da vida. Qualquer coisa que nos aconteça se transforma em algo comum. E quando aquilo se torna comum, perdemos o prazer.
Então partimos para a proxima conquista e fazemos o mesmo erro, novamente.
Obviamente, a felicidade só é possivel no momento presente, qualquer seja seu salário.” – Artur Jeon em Calma no Caos


EXERCÍCIO Como começar a meditar

 

 

Não importa quais sejam as circunstâncias externas que se apresentem na sua vida – sempre há, lá no fundo, bem dentro de você, um potencial pronto pra desabrochar. É um potencial de bondade amorosa, compaixão e paz interior. Tente entrar em contato com ele e vivenciá-lo – um potencial que está sempre presente, como uma pepita de ouro, no seu coração e na sua mente.

Esses recursos potenciais precisam ser desenvolvidos e amadurecidos para que você obtenha um sentimento mais estável de bem-estar. No entanto, esse processo não acontecerá por si. Você precisa desenvolvê-lo como uma habilidade. Para tanto, comece por conhecer melhor a sua própria mente. Este é o início da meditação.

 Sente-se calmamente, numa postura confortável mas equilibrada. Qualquer que seja o modo de sentar-se – com as pernas cruzadas, numa almofada, ou mais convencionalmente, numa cadeira – tente manter as costas eretas, mas sem ficar tenso. Apóie as mãos nos joelhos, nas coxas ou colo. Mantenha o seu olhar leve e dirigido para o espaço à sua frente, e respire naturalmente. Observe a sua mente, o ir e vir dos seus pensamentos. No começo, pode parecer que, ao serem observados, os pensamentos, em vez de diminuírem, tomem conta da sua mente, como se viessem aos borbotões de uma cachoeira. Apenas observe-os, à medida que surgem. Deixe-os virem e irem embora, sem tentar impedi-los, mas também sem alimentá-los.

No final da prática, reserve alguns momentos para saborear o calor e a alegria que resultam de uma mente mais calma.

 Passado algum tempo, os seus pensamentos se tornarão como um rio calmo e pacífico. Se você praticar esse exercício com regularidade, sua mente se tornará naturalmente serena, como um oceano calmo e tranquilo. Sempre que surgirem novos pensamentos, como ondas trazidas pelos ventos, não se deixe perturbar por ele; logo se dissolverão, de volta ao oceano.

OS HÁBITOS DA FELICIDADE

 


Vídeo:

O bioquímico que se tornou monge Budista Matthieu Ricard diz que nós podemos treinar nossa mente com hábitos de bem estar, para gerar um verdadeiro sentido de serenidade e plenitude.


segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Decepções só existem quando eu nutro expectativas erradas


 

As mágoas só existem quando eu culpo o outro pelo que ocorreu comigo. Os ressentimentos só me invadem quando eu tento responsabilizar as pessoas por aquilo que eu sinto. No entanto, esta é uma reação típica do ego, da personalidade do Eu menor, que precisa ser educada. Pois quando eu entendo que sou responsável por mim inteiramente, compreendo cada situação como uma expressão daquilo que eu tenho nutrido, acreditado, dos meus comportamentos interiores.

As desilusões são frutos da minha ignorância, são um grito da minha alma por aprendizado e foco em mim, no meu sentir, e em onde eu estou me colocando na área sentimental, que é ampla. Se eu me desiludo é porque nutri expectativas que estavam além da minha fronteira do poder, do administrar. Agora, se eu vivo a cada dia em conformidade com a inteligência e natureza do meu Eu superior, irei sempre buscar em mim o sentido, o remédio. E minhas relações externas, serão, conscientemente, frutos daquela que eu nutro comigo.

 


Autor: Vinícius Francis
Fonte: Os Filhos da Alva

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

PENHOR DAS CHAMAS GÊMEAS PARA EQUILIBRAR O CARMA E SERVIR EM HARMONIA



"Este então é o Chamado que deves incluir em suas orações"

"O Deus, eu desejo realizar o melhor de mim e cumprir com minha promessa interior para com minha Chama Gêmea. Se é que  o carma nos separa e assim o nosso plano divino, Eu suplico, deixe Deus isto de lado, por um ano e uma hora, que nós lutaremos para nos mostrar merecedores, removendo honestamente todas as barreiras, entrando em serviço para Deus e nosso país e para a liberdade do planeta. Assim,  juntos, poderemos escolher equilibrar este carma. E nós escolhemos assim agir, Senhor Deus.
Nós prometemos e empenhamos nossas palavras, então, não importando o que venha a acontecer, que se formos unidos novamente, nós serviremos em harmonia, pela Graça de Deus, para primeiro, eliminarmos o carma, sustentado por um Mestre Ascenso, que ele não precisa mais carregar por nós, o que é realmente nosso."
"Assim feito, é importante que registre em papel, com sua própria letra escrita a mão, e tudo o que tiver adicionado à invocação, com a data e a sua assinatura. Você pode colocar uma cópia dentro da Bíblia Sagrada e outra queime pedindo ao Arcanjo Miguel que a leve à sua Presença de Deus."
"Lembre-se de chamar pelo Arcanjo Miguel para defender este grande encontro e prender todo e qualquer impostor de sua Chama Gêmea. Pois tão logo, o desejo seja estabelecido e a vela içada em seu navio, a falsa hierarquia mandará aqueles com a atração e glamour ou com carma pesado, ou até mesmo iniciadores que vem da mais profunda escuridão, posando de Krishna, o Santo que é seu."
"Para preparar-se para a união perfeita, você tem de ter uma visão e uma união com Deus, que o mantenha alerta de emboscadas e perigos. Mantenha a invocação e o chamado. Quando todos os testes passarem, e sua Chama Gêmea for enviada, lembre-se de que o propósito de sua união, primeiramente, é o equilíbrio do carma e a libertação do Mestre Ascenso que responsabilizou-se por sua união e pagou o preço, uma compreensão que não será sua, até que um dia, você se levante e oferecendo-se para pagar o preço da união de um outro irmão"  
- El Morya Khan 
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MANTRAS DOS MESTRES ASCENSOS 
PARA A UNIÃO DAS CHAMAS GÊMEAS
- Eu Sou a Ressurreição e a vida, do Fogo Sagrado queimando em meu coração, alma, corpo e mente.
- Eu Sou a Ressurreição e a vida, do Santo propósito nas chamas gêmeas do nosso Corpo Causal.
- Amada Senhora Vênus – hierarca do Planeta Vênus e Chama Gêmea de Sanat Kumara -
 
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- Eu Sou Alfa e Omega, da chama gêmea do Corpo de Fogo Branco de mim mesmo e de minha(o) Amada(o) manifestado e em ação aqui e agora !
- Eu Sou Alfa e Omega, o começo e o fim da união de nossa Esfera de Fogo Branco
- Amada Senhora Portia, Deusa da Justiça e Chama Gêmea de Saint Germain -

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- Nós somos chamas gêmeas de Fogo Violeta,
Nós somos a purificação da união das chamas gêmeas que Deus deseja.
- Amado Saint Germain, Chohan do Sétimo Raio e Chama Gêmea de Portia -




Os ditados acima foram dados à mensageira Elizabeth Clare Prophet

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Encontrando Seu Par Perfeito - por Elizabeth C. Prophet - Perguntas e Respostas sobre - Unindo Forças com Sua Chama Gêmea



Pergunta:
 A Sra. poderia me falar como poderia ser que todos possam ter um amor perfeito? De onde vem esta pessoa e qual é a sua relação conosco?
ECP: A chama gêmea, ou amor perfeito, nasce do ovóide de fogo branco original. Esse é um ovóide de luz no qual você foi criado no Sol Central, a maior concentração do puro Espírito no Universo. Deus pega o ovóide e faz dele duas esferas de luz. E cada esfera se parece com o corpo causal na parte superior do quadro de Seu EU Real. Então, imagine este quadro em dobro.
Descendo dessas esferas na matéria, então, aparecem as almas que são as contrapartes dos Espíritos das esferas. Elas são chamadas de chamas gêmeas porque saíram de um único ovóide original. A Presença Eletrônica de cada alma é a duplicata exata da outra. E quando elas descem em forma material, uma assume o positivo ou masculino e a outra assume o negativo ou feminina.
Assim, aquele ovóide tem um padrão sem igual. É um padrão de identidade eletrônico. Só você e sua alma gêmea o possuem. Você tem isso no Espírito. Você tem a imagem divina na qual foi feito. É a mesma imagem. Ninguém mais no cosmo inteiro pode reivindicar essa união com você porque você só nasceu uma vez, espiritualmente falando.
Assim, todos nós começamos, há muito tempo, em eras douradas, com a pessoa perfeita, a chama gêmea, e começamos a construir nosso carma. Descemos para as mais baixas oitavas, e ficamos separados da nossa chama gêmea. Nós perdemos aquela manifestação física da contraparte divina no céu, então, começamos a criar compromissos com outras pessoas.
E por isto que a cada encarnação casamo-nos com pessoas diferentes. Alguns podem ser almas companheiras, alguns, relações cármicas. E, esperançosamente, fazemos o melhor que podemos e compartilhamos um amor que tentamos alcançar dentro de um propósito particular e também conciliar o próprio carma. A lei do carma exige que primeiro voltemos e cumpramos nossas responsabilidades. É Sempre a primeira obrigação. Isto pode separá-lo de sua chama gêmea por muitas encarnações.
A meta principal é pagar esse carma, tornar-se purificado no Caminho do Espírito Santo, atingir a reunião com Deus e a chama gêmea, e escalar a escada da vida para Fonte de onde você veio. E esta é a longa história da palavra perdida sendo novamente encontrada. 
Pergunta: A Sra. poderia identificar a diferença entre uma chama gêmea e uma alma companheira? A sra. parece estar  dizendo que se não puder unir-se com sua chama gêmea nesta vida, poderá achar uma alma companheira. E eu que pensei que eram expressões diferentes para o mesmo conceito...
ECP: Uma alma companheira é uma pessoa com quem você pode ter trabalhado durante muitos séculos na mesma missão ou na mesma iniciação de chakras ou ainda em algum caminho paralelo de desenvolvimento da alma. Embora possa haver uma grande atração e vínculos entre almas companheiras, fundamentalmente, em última instância, você poderia definir isso mais como uma relação entre irmã e irmão, mesmo que as almas companheiras tenham grandes matrimônios e uma grande união de corações. Há aquele senso de "nós somos companheiros, nós somos como peregrinos unidos no caminho, e o que estamos fazendo, tem que ser feito juntos".
Você pode vir junto com uma alma companheira por várias encarnações, e pode sentir uma grande ligação. Mas se você realmente meditar a níveis internos, saberá que essa relação não é tão profunda quanto com a pessoa que é sua contraparte direta, a chama gêmea que você conhece como sendo o seu outro Eu do primeiro momento de sua criação no Grande Sol Central.
Você tem só uma chama gêmea. Mas você pode ter irmãos e irmãs em vários lugares com quem esta trabalhando. Digamos que nesta vida a sua escolha e tarefa será estudar música. Você provavelmente estará se unido a muitos músicos, e poderá encontrar alguém que é um bom companheiro  e com quem você não só pode compartilhar seu amor e harmonia mas também uma real comunhão da alma, naquela mesma faixa vibracional e chakra dos sete raios.E há uma bênção que vem para o seu empenho, da Presença do EU SOU de ambas as chamas gêmeas, da sua chama gêmea e da chama gêmea da sua alma companheira. Então, isto é o que é uma alma companheira, alguém que você verdadeiramente pode amar, respeitar e compartilhar sua vida.
Um relacionamento com uma alma companheira muito tem a ver com o chakra da alma, o chakra situado um pouco acima da base. A ligação é um elo de evolução paralela e mútua, e não de origem. É uma experiência abençoada ter alguém que é um amigo (alguém em que você pode confiar e que também pode confiar em você) com quem dividir um verdadeiro compromisso à uma causa comum, bem como uma carinhosa devoção.  
Pergunta: A Era de Aquário é o momento para se conhecer a chama gêmea? Em outras palavras, a possibilidade é maior para se juntar forças, encontrando sua chama gêmea como a Sra. fez com Mark Prophet, o tipo de poder que é necessário para esse momento especial na Terra? 
ECP: Bem, é um tempo muito propício para se conhecer a chama gêmea  porque é desejo da Grande Fraternidade Branca  patrocinar suas almas no caminho para a libertação da alma à qual você deveria ter-se unido com sua contraparte, para uma maior realização da verdadeira liberdade, para ser quem você é em Deus, em seus corpos causais unidos.
Também, porque estamos no fim da Era de Peixes, nós deveríamos estar pagando nosso carma. E assim, podemos passar por matrimônios cármicos; podemos realizar um matrimônio com uma alma companheira.
O fim da Era de Peixes é o momento adequado para se pagar muito  de nosso carma, e esta é a razão pela qual, o que as pessoas estão pensando sobre relacionamentos, mudou radicalmente nas ultimas décadas, porquê as pessoas sentem uma necessidade de interagir e resolver velhas questões e continuar buscando para encontrar a mais alta expressão complementar do seu próprio ser, na procura do caminho espiritual.
Atualmente há um interesse nas chamas gêmeas porque essa é a relação que permite cumprir a maior parte do nosso destino ígneo. Deus sabe disso, e está patrocinando o verdadeiro relacionamento das chamas gêmeas e almas companheiras. Porque no princípio, Deus nos fez amar um ao outro assim como Ele primeiro nos amou.
Pergunta: Qual é o primeiro passo que podemos tomar para encontrar a nossa chama gêmea?
ECP: Você primeiro tem que buscar a união com a sua Presença do EU SOU e Santo Cristo Pessoal. Esta é a polaridade interior. Essa é a maior, a mais profunda e feliz união que você pode experimentar. É a meta do Caminho.
Quando você atinge a união com sua Realidade Divina, também estará entrando na união mais íntima com o núcleo de fogo branco de seu próprio ser, através do qual você encontra o UM, o único UM que estava  com você lá no princípio. A sua relação com sua chama gêmea iniciou-se primeiramente no ovóide gigante de fogo branco que se dividiu em dois, duas esferas de identidade de divina.
Agora você pode desenvolver a polaridade no humano, com sua chama gêmea, com uma alma companheira ou com qualquer um. Você teve experiências em muitas vidas que lhe fazem sentir-se atraído por pessoas as quais você pode reencontrar ao longo de sua vida. Mas a única polaridade que é do ovóide ígneo, a Presença Eletrônica, é a de sua chama gêmea. E a profundidade da união das chamas gêmeas está no âmago da Presença de Deus.
Assim, o caminho real  e a procura real são para a união com Deus, porque a razão pela qual  estamos, no tempo e no espaço, separados da nossa chama gêmea, é que através de nossas encarnações  no plano físico,  matamos nossa união original e nos enrolamos em outros relacionamentos, gerando novo carmas. Portanto, você pode sentir solidão em uma multidão porque a outra metade do seu ser espiritual, não está em nenhuma parte para ser encontrada. Mas, veja só,  você pode estar sentado próximo à sua chama gêmea e nem mesmo saber, porque depois ter saído  das oitavas de luz e estar separado muitos e longos milhares de anos, vocês nem mesmo reconhecem um ao outro, através dos véus de carma. E, essa é a grande tragédia de procurar e procurar e não perceber que a chama gêmea é, misticamente, parte de si mesmo. Se a pessoa não se encontrou a si mesma espiritualmente,  não vai reconhecer sua chama gêmea, “Um só para ser meu" como diz uma canção.
Agora, se sua chama gêmea é ascensa, já sendo una com a presença do  EU SOU, você tende a sentir-se mais completo porque a sua chama gêmea alcançou a unificação divina. Se sua chama gêmea esta na mesma faixa evolutiva que você, então, poderá tentar encontrá-la.
Se sua chama gêmea estiver menos evoluída e tiver mais laços terrenos, você pode sentir uma grande divisão em si mesmo, você ama o Caminho mas tem que mergulhar no mar astral, porque, em algum lugar está a sua outra metade, numa condição ilusória mas temporal e a quem você se sente dedicado a ajudar a elevar.         
Pergunta: Quando se está à procura da chama gêmea, a Sra. está sugerindo que não se deve participar de outras relações ? Como se diz, se você conhece alguém e decide tê-la como companheira durante algum tempo, mas que não é compatível o suficiente para um matrimonio,  a Sra. está sugerindo para não participar dessa espécie de relações? 
ECP: Bem, eu penso que é seu livre arbítrio individual, é sua decisão pessoal. Se você tem intenção de procurar o Caminho, a Deus e a coisas mais permanentes, deve perceber que estabelecer tais relacionamentos toma tempo, energia e uma determinada doação de si mesmo, sim, porque todo relacionamento exige uma entrega de si mesmo. Eis que, você só tem energia, tempo e espaço para gastar nesta encarnação, é como uma conta bancária, todo pessoa tem que pesar bem o que deve fazer com sua própria vida e energia vital. Mas eu sempre penso, bem, se você está em uma relação errada ou se você se conformou com menos, você pode perder a chance de encontrar sua chama gêmea.
Uma das razões pela qual estamos separados de nossas chamas gêmeas é porque a Lei nos compele a manifestar nossa própria união interior primeiro. União interior é um imã que magnetiza nossa união com nossa Chama Gêmea. Portanto, se estamos incompletos em consciência, ou se abrigamos dentro de nós mesmos, registros de medo, aflição, morte ou problemas de não perdão, em vidas passadas, com nossa chama gêmea, isto está dentro de nós e bloqueia o encontro perfeito. Dessa maneira podemos gastar muito tempo, andando de relação em relação e realmente nunca chegando àquela união, a união que realmente desejamos, que se dá primeiro com nossa amada Presença do EU SOU, e então, através dessa Luz, conseguirmos a unificação com nossa chama gêmea.
As palavras de Jesus realmente tocam neste caso. Ele disse: "Busque primeiro o reino de Deus e sua justiça, e todas as coisas lhe serão acrescentadas". Eu aprendi esse versículo quando era ainda criança pequena e serviu-me durante todos esses anos.
Antes que eu conhecesse minha chama gêmea que é o Mark Prophet, como você sabe, cheguei a conclusão de que porque eu estava em um caminho espiritual, eu acreditava nos Mestres Ascensionados, eu acreditava em carma e reencarnação, nenhum homem jamais iría me querer, eu estava definitivamente convencida, de que seria solteira o resto da minha vida.
E eu fui direto pelo coração, para encontrar Saint Germain, buscando os Mestres, buscando minha missão e serviço. E no processo de buscar o que eu sabia ser a minha missão, eu me encontrei por “acaso” com a pessoa que tinha a mesma missão que a minha, Mark Prophet. Eu nunca o teria achado se não tivesse, primeiro, buscado a consciência de Deus e sua Reino.
Agora, reunir-se com sua chama gêmea não significa que tudo vai ser maravilhoso. Nós podemos sair de alinhamento com nossa chama gêmea em decorrência do nosso carma conflitante, personalidade e padrões astrológicos.
Eu tive lembrança de uma vida passada há vários séculos, com Mark Prophet, quando ele preferiu outra a mim. Foi bastante doloroso enfrentar essa recordação. Percebi que embora tivesse o senso de amor e perdão, havia um pouco de ressentimento ou mágoa. Então percebi que deveria colocar a Chama Violeta através, por que este era um ponto ainda não resolvido, e isto interferiria em nosso relacionamento presente. Assim, eu entreguei isto e fui curada.
Então descobrimos que podemos estar frente a frente com nossa chama gêmea, mas se não tivermos o desejo de doar, sacrificar e amar, não teremos uma relação próspera, nós não teremos um matrimônio feliz e não representaremos o Deus Pai e Deus Mãe, para nossas crianças que precisam ter um exemplo de harmonia.
Eu tenho visto chamas gêmeas que não se reconhecem uma à outra, vivendo separadas, em decorrência de serem tão centradas em si mesmas e preocupadas com seus próprios problemas.
Tenho visto também outros em matrimônios onde eles brigam intensamente porque não entregaram seus egos, em prol de um amor maior. E isso é tão destrutivo à família e tão desnecessário !
Pergunta: A Sra. estava dizendo que essas chamas gêmeas poderiam não se reconhecer uma à outra. A que ponto se daria essa união? O que poderia ser feito? Parece inevitável que em um determinado momento essa reunião aconteceria.
ECP: Você pode orar a Deus: "Mostre-me quem é minha chama gêmea." Mas o desenvolvimento de suas faculdades internas, de seu saber interno, passa pelos decretos, fazendo invocações à Chama Violeta. É o meio mais eficaz no planeta para o desenvolvimento espiritual. Será o melhor de todos os outros caminhos, meditações, asanas e experiências místicas pelas quais já passou. E assim você constatará, se for perseverante nessa prática. É claro que ela terá de reconhecê-lo também,então esta também é uma ótima razão para decretar. Por que você pode dizer-lhe todos os dias "Você é a minha Chama Gêmea", e ela pode lhe dizer, "saia da minha vida, perca-se", vocês sabem.
A maneira mais rápida que conheço para chegar lá, é o decretando. Acredite-me quando lhe falo que não há nada maior que a Ciência da Palavra Falada. Gostaria que vocês pudessem ter me conhecido há 25 anos atrás e verificar a aceleração que tive em minha vida e Deus em mim, através da prática da Ciência da Palavra Falada e o apoio dos Mestres Ascensos.
Pergunta: Eu gostaria de algumas diretrizes para poder distinguir minha chama gêmea de uma falsa chama gêmea. Recentemente, estive comprometida com uma pessoa e percebi que ela tinha algumas características com as quais eu realmente eu não poderia viver. Embora ela tenha muitas outras características positivas ou mesmo excelentes. Foi tão difícil separar daquela pessoa. Penso que tomei a decisão correta, mas ainda assim eu gostaria de alguns conselhos.
ECP: Bem, a maioria das pessoas tem uma coleção de boas e más qualidades. E, basicamente, decidimos nossos relacionamentos baseados em o que poderemos aceitar ou não da somatória e subtração das qualidades e “defeitos”, para podermos aceitar viver com uma pessoa, dado o fato de que há um grande amor que os liga.  Agora, determinar quem é sua chama gêmea, pelas boas ou más qualidades de uma pessoa, não é um método muito seguro, porque o reconhecimento da chama gêmea dá-se em nosso interior.
Às vezes, uma simples análise exterior pode enganar-nos muito facilmente. Portanto, o que nós podemos fazer, resume-se em irmos ao encontro do coração dessa pessoa pelo nosso próprio coração. Visto que o matrimônio é um compromisso total, especialmente quando você está no Caminho, e que exige um período anterior de isolamento, oração e jejum, clamando ao Arcanjo Miguel para protegê-lo do que fomos alertados por São Paulo - "Não se unam em discórdia . . . Por que, qual comunhão existiu entre a luz e a escuridão?" e "Não se embarace novamente com uniões de escravidão"  Veja, o selo oficial do verdadeiro amor é a liberdade, não a nossa opressão por outros.
E assim, Deus lhe dirá se você der-Lhe oportunidade de lhe dizer. Mas se você não quer saber, porque deseja essa pessoa mais do que a Verdade, então poderá ter problemas.
Assim, se você manteve seus olhos abertos, você foi honesto, -- "eu amo essa pessoa, mas eu realmente não posso viver com esses hábitos", soa-me como uma boa decisão.
Pergunta: Em virtude da aceleração que você falava e o fim da Era de Peixes, como a Sra. estava falando, estamos então, destinados a encontrar nossas chamas gêmeas ainda nesta vida? 
ECP: Em primeiro lugar, todos têm que entender que, de acordo com estatísticas, bem como da lei do equilíbrio, nem todas as chamas gêmeas tem idade aproximada, estão disponíveis, encarnadas, e ainda, se a sua Chama Gêmea vai querer responder ao seu chamado. Sua chama gêmea pode ser um Mestre Ascenso, pode ser um bebê, sua chama gêmea pode estar nas oitavas de luz à espera de nascer novamente na Terra.
Esperamos que nossa chama gêmea possa estar aqui, mas você tem que estar preparado, para a eventualidade de não ser seu destino encontrar sua chama gêmea nesta vida. Em cada caso, o curso da ação ainda é a união com Deus, seguindo os ensinamentos perdidos de Jesus, ensinado a nós pelos Mestres Ascensos, e a elevação e exaltação da própria luz, e a de sua chama gêmea, mesmo que ela não esteja com você. Porque, certamente, a realidade da chama gêmea não é meramente carne e sangue. A chama gêmea é um ser que a níveis internos nunca está separada de você, no nível do corpo causal -- quem esta sempre em seu coração.
O que estamos falando é da separação exterior. Essa sim, é dolorosa. Agora, quando é óbvio que o plano divino não é conhecer sua chama gêmea, não significa que Deus não proverá um parceiro, uma companhia, um marido, uma esposa. E essa pessoa pode ser uma alma companheira, uma pessoa da qual você foi bom amigo por um bom tempo, alguém com quem se preocupe profundamente, alguém com quem pode terminar qualquer trabalho, um relacionamento que satisfaz a alma, por que é um projeto orientado. Ou você pode ter um carma que não pode ser resgatado de nenhuma maneira a não ser pelo casamento, e isto também deve estar aprendendo lições para o amor que vocês dão um ao outro e para suas crianças, tudo é importante.
Então, mais importante do que procurar a chama gêmea é procurar o plano divino. Qual é o nosso plano divino e com quem estamos destinados a ficar para criar uma família ou trabalhar juntos. Eu penso que as invocações à Deus e o exercitar dos decretos no caminho são o melhor seguro para um  futuro melhor, tendo em vista, o carma que tivemos em vidas passadas. Agora, você nunca atrairá qualquer pessoa de valor enquanto tiver bloqueios, ansiedades, e todos os tipos de cismas na psique, porque assim só atrairá pessoas semelhantes. E então, você terá dois de você, para resolver os problemas. Mas eu penso que você deveria relaxar e ser feliz, porque você pode ser feliz em Deus.  
Pergunta: Realmente importa se você não conhecer sua chama gêmea? É de fato necessário? E, se você não a conhecer, isso retardará sua evolução? 
ECP: Você sabe, nossos planos de vida são muito complexos. Nós reencarnamos com um trabalho definido para realizar. Temos muitas contas para acertar e responsabilidades múltiplas que deixamos sem solução. As vezes temos que resolver essas pendências, antes de nos reunirmos com nossa chama gêmea. Às vezes, é imperativo que você ache sua chama gêmea, e outras vezes, não é o plano para esta vida. O que você tem que entender é que Jesus disse que os dias seriam abreviados pela segurança do eleito, e a redução dos dias significa a aceleração de ciclos. Além do mais, os ciclos aos quais você deu início em vidas passadas, simplesmente, pode mudá-los ou transmutá-los, através do uso da Chama Violeta.
Isso significa que você pode fazer muito mais nessa encarnação do que em todas as outras passadas. Em outras palavras, você pode fazer mais nesta vida com o uso da Chama Violeta do que pôde fazer em vidas passadas sob circunstâncias normais. Assim, nada muda em sua vida sem o uso do fogo sagrado. Eu recomendo que você leia este livro: A Ciência da Palavra Falada, por Mark Prophet e eu mesma, é muito bom, você precisa adquiri-lo! É o livro indicado para as chamas gêmeas porque fornece as ferramentas para proferir os decretos diários e transmutar o carma através da Chama Violeta.
Você pode escrever cartas a Deus, você sabe. Você as escreve, guarda-as em sua Bíblia, em seu pequeno altar onde você reza ou medita. Então, pergunte a Deus, se é de sua vontade e de acordo com seu plano divino, que ele  por favor, revele a você, quem é sua chama gêmea e como você pode cooperar à níveis internos ou externos com ela.
Pergunta: A Sra. diria que pela reencarnação, quando se encarna em um corpo feminino, você será sempre uma mulher ?
ECP: Não, nós mudamos para o masculino, feminino e vice-versa. A polaridade do Espírito é uma coisa, mas nesta oitava, um de nossos testes é desenvolver as qualidades masculinas e femininas.
Pergunta: Você tem que obrigatoriamente se casar com alguém com o qual se tem uma dívida cármica? E o que é um matrimônio cármico?
ECP: Você não tem que se casar com qualquer um para resgatar seu carma, se tiver domínio suficiente para equilibrá-lo. Você pode ter um carma que demanda um relacionamento, o qual, seria um matrimônio cármico mas você também tem dívidas cármicas com muitas pessoas, com as quais não tem que se casar, para purificar seu carma.
Agora, quando você se casa, e eu acredito que os relacionamentos deveriam ser consumadas no matrimônio, se é que vão durar alguma coisa, os envolvidos neste matrimonio, dividem seu carma em comum, um ajudando o outro a carregar o seu fardo. E esse é o real significado do voto no altar: "na saúde e na doença”, quer dizer, nos ciclos de carma. 
De forma que é muito sério o voto do casamento. E é por isto que as pessoas resistem ao casamento. Quando você olha para alguém, tem que dizer a si próprio: afinal de contas, quero ou não, compartilhar o carma dele? E carma é circunstância. Tem-se que pesar o tipo de pessoa que ela é, envolver-se em seus problemas e até mesmo, às vezes, em sua própria carreira, tudo isso faz parte do carma.
Podemos conhecer certas pessoas nesta encarnação, com as quais estivemos casados em vidas passadas. Nossos laços cármicos, profundos laços emocionais e nossas relações mal resolvidas, as quais, invariavelmente, atravessam nosso caminho em uma determinada encarnação, sendo que, o conselho carmico e nosso Santo Cristo Pessoal decidem que teremos de enfrentá-las.
A melhor maneira para vencer esses resgates cármicos, sem dúvida, fazer muitos Decretos da Chama Violeta e rezar muito, e isso você devolve a este ser e sua alma, seu corpo causal, um presente de amor da sua Presença EU SOU, para pagar seus débitos neste mundo.
O carma impede você de encontrar seu par perfeito. Você tem, de reconhecer que a Chama Violeta, invocada do coração sagrado de Jesus e de Saint Germain (São José), é o fogo consumidor do Espírito Santo que consome com o carma. 
Pergunta: Como se sabe se você está vivendo um matrimônio cármico?
ECP: Nenhum de nós realmente sabe quando estamos entrando num relacionamento ou matrimônio cármico, porque as pessoas evoluem através de ciclos e ciclos, atravessando por ciclos e ciclos através dos anos, o carma é vivido. Portanto, coisas que não vemos na pessoas podem aparecer depois, ou a química da relação faz surgir situações que nunca se suspeitava. Às vezes o laço é perpétuo, e outras, um matrimônio cármico, eu faria Decretos para saber a diferença.
Pergunta: Como percebemos se um relacionamento está mantendo nossa chama gêmea longe de nós, ou, se estamos resgatando o carma? E, se houver muitos problemas, eles são parâmetros suficientes para um divórcio?
ECP: Então, lá vamos nós. Aconselhar sobre o amor perdido ! Bom, pode ser ou não. Eu acredito em trabalhar com afinco no desenvolver do próprio matrimônio, amando, além da pessoa, também a Deus. Nossa devoção é para com Deus e para com a chama gêmea, devemos tentar fazer nosso casamento funcionar, da melhor forma possível. E se não funcionar, devemos ser justos e inteligentes para reconhecer e orar para não ficarmos juntos mais do que o necessário, criando mais carma e perdendo nossas vidas.
Pois, desperdiçar as vidas de ambos, é fatalmente infrutífero, enquanto, poderíamos, na verdade, estarmos realizando algo muito mais construtivo, sem o fardo de uma relação que a nada de positivo está conduzindo.
O que eu penso que devemos fazer quando temos problemas em um relacionamento que é complicado, é fazer o que Jesus disse, orar e jejuar. E eu estou falando sobre jejuar na Chama Violeta, jejuando no proferir dos decretos dinâmicos ao Espírito Santo, como também, jejuando com água, com um pouco de suco de limão, suco de maçã, ou suco de cenoura, durante alguns dias enquanto você clareia sua cabeça, harmonizando-se com Deus e a alma procura as respostas certas.
Pergunta: O que é a Chama Violeta? Como ela transmuta o carma? Qual é o poder dela? É uma entidade viva? Como se pode usá-la?
ECP: Bem, a Chama Violeta foi prometida no Velho e Novo Testamento. É o Fogo Sagrado. Moisés testemunhou isso diretamente a uma testemunha. Ele disse, "Teu Deus é o fogo consumidor”. E Paulo disse que o Fogo Sagrado testaria o trabalho de todo homem vivo. Bem, obviamente, nosso Deus não vai nos consumir, suas crianças, assim sendo, o que Ele consome com seu fogo? Ele consome nossos pecados, nossas discórdias, nossos problemas, nosso carma.
E naqueles dias, Deus disse, "Eu não mais me lembrarei de seus pecados", Também está profetizado no Livro do Apocalipse que quando o sétimo anjo soar sua trombeta, Deus revelará todos os seus mistérios. O sétimo anjo é o Mestre Saint Germain, Hierárca da Era de Aquário que nos traz a Chama Violeta.
O presente da Chama Violeta é uma dispensação da Era de Aquário. É a chama da liberdade, do perdão, e da alquimia. E quando essa chama é invocada, ela atravessa o subconsciente e em conjunto com o lado positivo, seu amor, seus bons serviços à Deus e aos homens, pois a Chama Violeta é agente do Espírito Santo, consome os registros do passado. É assim que alcançamos a libertação no oeste nesta Era. Esse é o caminho correspondente ao que os iogues e avatares ensinaram para a libertação da alma. É uma boa hora para invocar a Chama Violeta, com um mantra que você pode memorizar muito facilmente:
"EU SOU um ser de Fogo Violeta !
EU SOU a pureza que Deus deseja !" (14x)
Vamos todos recitar: EU SOU um ser de fogo violeta! EU SOU a pureza que Deus deseja! (14x). Quando você usa o nome de Deus, EU SOU, você está usando o nome que Deus deu a Moisés. É o poder do nome sagrado que liberta a luz de seu corpo causal. Esse é o seu corpo causal de luz. Desde que sua chama gêmea tenha um corpo causal com a mesma identidade eletrônica (mesmo que, desde o momento da criação, cada um desenvolve a sua própria individualidade), você também pode buscar a Chama Violeta do corpo causal de sua chama gêmea. Ou você pode dar um pouco de fogo violeta à sua chama gêmea.
Você diz: "Minha chama gêmea é um ser de fogo violeta! Minha chama gêmea é a pureza que Deus deseja"! Essa é uma invocação que você pode fazer. Então você diz:
Em nome de Jesus Cristo, eu invoco a Chama Violeta do coração de Saint Germain, o Mestre do sétimo raio, dos retiros da Grande Fraternidade Branca e de nossos corpos causais, em meu favor e em favor da minha chama gêmea, onde quer que ela possa estar, mundos sem fim. Em nome do Espírito Santo Eu decreto:
Minha chama gêmea é um ser de fogo violeta!
Minha chama gêmea é a pureza que Deus deseja!
(Diga nove vezes ou mais)
O decreto, ou "mantra" é a chave que libera a luz de seu corpo causal, fazendo descer e manifestando-se fisicamente. Todos vocês têm tesouros armazenados no céu. Seus bons trabalhos e carma positivo de vidas passadas, todos os momentuns positivos, esta tudo lá, registrados nas esferas de arco-íris e luz. Na esfera violeta, é armazenado todo impulso da Chama Violeta que você já invocou, junto com todo o trabalho e Iniciação no Sétimo Raio.
Também quando você invoca a Chama Violeta, os Mestres da Chama Violeta que servem na Terra e suas evoluções, enviam seu momentum de Chama Violeta para você. Assim você pode visualizar sua contraparte divina, brilhando com a Chama Violeta, quando você assim pronuncia:
Minha chama gêmea é um ser de fogo violeta!
Minha chama gêmea é a pureza que Deus deseja! (9x)
Pergunta: Existe algo de concreto que podemos fazer para proteger nossa chama gêmea? 
ECP: Definitivamente sim. Você tem autoridade, uma autoridade sem igual, para fazer uma imantação de proteção à sua chama gêmea porque está sintonizado no mesmo nível. Você pode dizer:
"Em nome da minha Poderosa Presença do EU SOU,  eu peço agora pela vitória de minha chama gêmea, para a libertação da minha chama gêmea pelo poder da poderosa Chama Azul E espada do Arcanjo Miguel. Legiões de Luz, entrem em ação agora ! E onde quer que minha chama gêmea esteja, liberte-a. Liberte-me, Liberte-nos para cumprirmos o nosso plano divino e atingirmos a união ao nível do Cristo, no nível de nosso chakras, agora. E, sendo esse a vontade de Deus, una-nos para vida a seu serviço. Nós lhe agradecemos e aceitamos como realizado nesta hora, com todo o poder, de acordo com a vontade de Deus. Amém".
Então profira o decreto da Chama Azul e visualize São Miguel e os anjos dos raios azuis, ao seu redor, e ao redor de sua chama gêmea. Você pode assim proceder por 15 minutos ou meia hora, utilizando o mantra da Chama Violeta para que você e sua chama gêmea para consumir com toda a causa e consequência de tudo aquilo que se opõe a você e seu amor perfeito. E isso é algo que você pode fazer tão frequentemente quanto você quiser.
Se fizer diariamente, construirá um momentum de poder com os anjos do primeiro e do sétimo dos raio, que o ajudarão e à sua chama gêmea de todas as maneiras possíveis. Um decreto pode ser usado para qualquer coisa. Você pode proferir o decreto de sua escolha e depois do preâmbulo, faça uma oração a Jesus ou a Deus ou para a sua Poderosa Presença do EU SOU, e peça pela libertação de sua chama gêmea se ela ainda estiver encarnada, e se é da vontade de Deus que vocês se encontrem.
Encontrá-la, não é a única meta. A meta é rezar para que sua chama gêmea encontre Deus e atinja a reunificação com Ele, porque esse é o lugar certo para o encontro das chamas gêmeas. Assim, qualquer decreto que você pronunciar, ajudará sua chama gêmea, como também o ajuda. O exprimir da Chama Violeta para liberdade, ou Chama Azul para proteção, ou decretar no raio verde para curar, a Chama Dourada para iluminação dos problemas que ainda estão por resolver, e assim sucessivamente.
Então, quando você recomenda seu amor, levando-o até Deus e continua a servir para libertar a toda a vida, Porque quando você ama, quando você serve ou quando você doa, toda sua energia também estará disponível para sua chama gêmea. Assim, toda positividade que você expressa, ajuda a sua chama gêmea, bem como, o ajuda a equilibrar o carma. Portanto, você pode ir  ao ponto da grande reunião, que é só o começo.
Você e sua chama gêmea estão destinados a seguir através das Eras, através da luz solar, para se tornarem responsáveis como pais divinos para ondas de vida e evoluções, além deste sistema de mundos. Não há nenhum limite às possibilidades. E uma vez que vocês estejam livres das correntes de carma e fora do círculo de reencarnação, vocês estarão livres para cumprir juntos, seus destinos divinos, juntos através de mundos sem fim.
ENSINAMENTO DE Elizabeth Clare Prophet
MENSAGEIRA DA GRANDE FRATERNIDADE BRANCA