"Sofreste em excesso
por tua ignorância,
carregaste teus trapos
para um lado e para outro,
agora fica aqui.
Na verdade, somos uma só alma, tu e eu.
Nos mostramos e nos escondemos tu em mim, eu em ti.
Eis aqui o sentido profundo de minha relação contigo,
Porque não existe, entre tu e eu, nem eu, nem tu”
por tua ignorância,
carregaste teus trapos
para um lado e para outro,
agora fica aqui.
Na verdade, somos uma só alma, tu e eu.
Nos mostramos e nos escondemos tu em mim, eu em ti.
Eis aqui o sentido profundo de minha relação contigo,
Porque não existe, entre tu e eu, nem eu, nem tu”
(Rumi)
Pouco conhecido no Brasil, o sufismo é uma fraternidade espiritual nascida na antiga Pérsia e marcada pela busca de liberdade interna.
O sufismo é um movimento espiritual que se infiltra em todas as demais escolas espirituais e religiões e tenta extrair de cada uma delas suas verdades mais íntimas e secretas. Sua essência é aceitar qualquer experiência e decifrar a inteligência camuflada por trás dela. Dessa maneira, um sufi nunca evita uma experiência, mas busca usá-la, seja qual for, como caminho para a vivência da espiritualidade.
O
caminho dos sufis rumo à realização espiritual passa sempre pelo
coração. Ser um sufi significa viver um caso de amor com a
espiritualidade, envolvendo a paixão fervorosa de um amante e a
maturidade tranquila de um amor fraterno. Pode-se mesmo dizer que os
dois referenciais máximos do sufismo são a liberdade e o amor. Rumi,
poeta sufi do século XII resume este espírito em seus versos:
“Ó amantes, abandonai as tolas ilusões. / Enlouquecei, perdei de vez a cabeça. / Erguei-vos do fogo ardente da vida / - tornai-vos pássaros, sede pássaros”.
O arrebatamento que Rumi evoca é a matriz do
comportamento sufi, a entrega sem limites, sem medir as consequências e
principalmente, sem medir o quanto se dá e o quanto se espera de volta, a
entrega total como se não houvesse outra coisa a ser feita. A entrega
que só conhecem aqueles que estão embriagados pela paixão.
Rumi pede em seus versos uma atualização constante do sentir, “Limpa teu coração dos velhos rancores, / lava-o sete vezes / e serve o vinho do amor / torna-te o amor.”
Esse é o cerne do sufismo, amar infinitamente o
finito, de forma que o contato com o infinito não esteja fora, mas
dentro de si. Amar tão infinitamente, que não é preciso alcançar algo
fora de si que contenha, como “prêmio”, a espiritualidade, mas que essa
própria intensidade e pureza de amor, possa traduzir o néctar da
espiritualidade.
Dessa maneira, para o sufi, mais importante que
“o que” fazer, é “como” fazê-lo, com que sinceridade interna, com que
inteireza, com que intensidade de doação de si.
Assim, segue Rumi no
poema: “Enche tua alma de todo o amor, / transforma-o na alma suprema. /
Senta à mesa dos santos, / embriaga-te, sê o vinho.” Sim, “sê o vinho”,
quem é capaz de reconhecer o próprio nectar e embriagar-se dele? Todos o
são, potencialmente, mas na prática, quantos o fazem? “Dentro do
coração empedernido do homem / arde o fogo que derrete o véu de cima
abaixo. / Desfeito o véu, / o coração descobre as histórias de Hidr / e
todo o saber que vem de nós.” Sim, o mestre sufi aponta o tempo todo
para isso: o grande saber não está em nenhum livro, mas no centro do
peito da pessoa; Rumi, um dos maiores intelectuais e eruditos de sua
geração, achava a erudição um perigo, que poderia afastar a pessoa de
sua fonte mais pura de sabedoria, o coração. Por isso, não se contentou
em criar algumas das mais belas e populares poesias persas de todos os
tempos, mas criou também a mais famosa meditação sufi, o sama, o giro
dos Dervishes.
Para conhecer a riqueza do universo sufi, é
necessária a prática, mais que qualquer conhecimento escrito. Como diz
Rumi, “A palavra surge da alma, / mas diante dela se apequena / ...ter
sabedoria e vertê-la em palavras / é a honra maior a nós concedida, /
mas, diante do sol da verdade, / fala e saber mínguam e desaparecem”.
Esse foi o recado de Rumi e tem sido o de todo o movimento sufi: se você
quer conhecer a verdade interior, leia o quanto quiser, ou simplesmente
não leia, mas, “pratique”, se você quer falar sobre espiritualidade,
conheça-a primeiro, de verdade. O meio para isso pode ser praticar as
meditações sufis.
Texto de Pedro Tornaghi obtido no blog: http://migre.me/lDcKK
Veja esta filosofia incluída nas características espirituais e psicológica de personagens na série de livros O Sol Negro:
Veja esta filosofia incluída nas características espirituais e psicológica de personagens na série de livros O Sol Negro:
- O Sol Negro - O Retorno das Sociedades Secretas do Vril
- O Sol Negro - A Cidade Secreta do Vril
- O Sol Negro - A Cidade Secreta do Vril
♒♒♒♒♒♒ ONDE COMPRAR ♒♒♒♒♒♒♒♒
>>>Links para compra do PRIMEIRO livro da série O Sol Negro:
✔ EDITORA SCHOBA:
Link de Compra: http://goo.gl/g5rJMz
✔ LIVRARIA CULTURA:
Link de Compra: http://migre.me/eKqE9
✔ LIVRARIA MARTINS FONTES:
Link de Compra: http://migre.me/fb1KO
✔ LIVRARIA DA TRAVESSA:
Link de Compra: http://goo.gl/OTqWBu
✔ SARAIVA:
Link de Compra: http://goo.gl/GMIQbJ
✔ AMAZON (Edição Kindle):
Link de Compra: http://migre.me/f5CMU
>>> Links de compra do SEGUNDO volume da série:
✔ EDITORA SCHOBA:
Link de Compra: http://goo.gl/6Mgz4u
✔ LIVRARIA CULTURA:
Link de Compra: http://goo.gl/EtdQMn
✔ LIVRARIA MARTINS FONTES:
Link de Compra: http://goo.gl/Mttn7e
✔ LIVRARIA DA TRAVESSA:
Link de Compra: http://goo.gl/y9Eznw
♒♒♒ Receba o livro no conforto da sua casa ♒♒♒
Acompanhe a divulgação do livro pelos nossos endereços eletrônicos:
Site oficial: www.osolnegro.com.br
Blog da autora, M.C. Pereda: mariapereda.blogspot.com
Visite a nossa Fã page: osolnegro
Twitter: @osolnegro
Skoob: http://www.skoob.com.br/livro/315801-o-sol-negro
Nenhum comentário:
Postar um comentário