Muito se fala sobre
auto-estima, mas poucas pessoas entendem o seu verdadeiro
significado. Cuidar de sua auto-estima vai muito além de visitar o
cabeleireiro ou comprar aquela roupa nova. Aliás, estas nem são
condições necessárias para o cultivo do amor próprio.
Todos conhecemos, em
tese, a definição básica de auto-estima; é a estima que tenho por
mim mesmo, ou seja, o quanto me valorizo, o quanto me quero bem e
me aceito. Vamos aperfeiçoar esta definição, dizendo que a
auto-estima é um ato de amor e de confiança consigo mesmo – E
precisamos entender bem que são as 02 coisas juntas: o “amor
próprio” e a “autoconfiança”.
Faltando um desses
ingredientes, não temos uma auto-estima verdadeira. Amar a si mesmo
sem confiança nos seus atos ou pensamentos não resolve. Neste grupo
temos as vítimas, aquelas pessoas que desejam algum “bem” para
si, mas lamentam por não terem condições de consegui-lo.
Confiança em seus
projetos ou na sua capacidade de conquista sem o amor próprio também
não trás felicidade. Neste ultimo grupo, vemos a maioria das
pessoas mergulhadas no estresse social, preocupadas em ter e poder,
mas esquecendo de ser.
Infelizmente, trazemos
uma tremenda dificuldade em cultivar estes dois ingredientes da
auto-estima (o amor próprio e a autoconfiança), por eventos que se
manifestaram desde a nossa criação.
Quantas vezes, por medo do
egoísmo, deixamos de lado nossa própria vontade para fazer tudo o
que o outro queria. Só que auto-estima não tem nada a ver com o
egoísmo. O egoísta é um ser vazio e solitário que precisa cada
vez mais de coisas e pessoas que o preencham. Gente com boa
auto-estima, apenas reconhece que, como qualquer ser humano, tem o
direito de valorizar e satisfazer suas vontades.
Mas, aprendemos a
cultivar uma “personalidade ideal” e, portanto, tivemos que
engolir nossos sentimentos. Em nome de Deus, da moral ou da boa
educação, o importante era “fazer a coisa certa”, mesmo que
aquilo estivesse contrariando nossa natureza. Pior ainda quando
passamos a desejar um “corpo ideal”. O ideal é apenas um sonho,
uma projeção. Com isto, vivenciamos um estado profundo de
angústias, pois comparamos nosso corpo com “modelos” e
percebemos o quão diferente somos daqueles seres perfeitos e
maravilhosos que deveríamos ter sido.
Na verdade, a cultura,
a mídia e até mesmo nossos familiares contribuíram fortemente para
gerar este quadro: Está na moda quem usa tal roupa – Sem estudo
você não é nada – Você será aceito somente se fizer isto e não
aquilo... É claro que, muitas vezes, isto aconteceu por ignorância
e não por maldade. Se tivessem acesso a determinadas informações,
certamente as atitudes de nossos pais seriam diferentes!
NADA A LAMENTAR: No
aprendizado que a vida nos proporciona, cada dia, cada hora, cada
momento, é diferente. Nada é por acaso e isso não pode nos
condicionar. Vamos semeando tudo e seguindo em frente! Nas quedas é
que aprendemos a ter mais cautela. E a elas devemos agradecer por nos
fortalecerem. Nossa vida é uma sala com várias janelas, onde todos
podem nos ver. Basta quererem! Nas derrotas devemos sair
incontinentes, de cabeça erguida, porque devemos prestar mais
atenção, no que erramos. São e sempre deverão ser em nosso
intimo, lição compreendida!
Cicatrizes e marcas que
orgulhosamente devemos colecionar como experiência! As vitórias
serão méritos e troféus de belas lembranças, cujo peso e valor
contido, só nós podemos avaliar, determinar e quando chegar ao fim
do caminho, dessas nossas andanças, poderemos dizer:
“Obrigado
Senhor pela vida, pois nada tenho a lamentar!
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