Imagine que nossa vida são três círculos concêntricos : bem no centro está o Ser (ou como diria Jung, o Self), no segundo círculo o Fazer e no mais externo, o Ter.
O ideal é que vivessemos centrados conscientemente neste Self e tivéssemos nossos “tentáculos” transitando no Fazer e no Ter, como ferramentas que utilizamos para operacionalizar a vida material e psicoemocional de forma a passarmos por ela saudavelmente.
O processo de Maya - a identificação do complexo ego/mente racional/5 sentidos com a impermanência da vida - acaba deslocando ilusoriamente o centro da nossa existência para a periferia, criando “eus artificiais” (complexos de corpos energéticos) que passam a funcionar como norteadores da nossa vida.
Isto produz internamente uma enorme sensação de vazio e de incompletude, que faz com que estabeleçamos nossa referência no Fazer, ou pior, no Ter, que é, por exemplo, o que o sistema capitalista e seus merchandisings e marketings procura nos fazer o tempo todo, tornando-nos compulsivos consumidores de produtos, sensações e pessoas, num frenesi interminável e insaciável (e inútil) de busca de uma completude que já está dentro de nós o tempo todo.
O objetivo maior da Vida,é nos reconduzir à consciência absoluta do Ser, sem negar a importância relativa do Fazer e do Ter.
ERNANI FORNARI
(Alinhamento Energético)
E para complementar vejamos:
A célebre frase de William Shakespeare que diz: “Ser ou não ser, eis a
questão”, parece não ser muito bem compreendida pela maioria dos
homens. É só perceber o quanto as pessoas demonstram que amam as outras,
mais pelo que elas tem e fazem por elas, do que propriamente pelo que
elas são na vida destas pessoas.
Muitos casam dizendo que amam seus parceiros, prometendo um amor
eterno que nunca vai acabar. Mas com o tempo, caem na realidade de que
aquele amor durou pouco, e saem pela tangente, deixando de lado suas
promessas. Muito provavelmente, estas pessoas casaram com o que a outra
poderia oferecer, ou seja, pelo
ter. Não falo tanto pelo bem
material, mas até mesmo pelo físico, pela atração sexual, pela aparência
de um noivo ou uma noiva, que se adequava bem dentro dos padrões de
beleza. Ou seja, a pessoa que foi abandonada era mais importante pelo
que
tinha , do que pelo que ela realmente
era.
Não precisa ser só no casamento, mas em todos os relacionamentos, até
mesmo dentro do âmbito profissional, entre patrão e empregados, entre
líder e liderados. Muitas vezes, sentimos que as pessoas são somente
úteis quando
têm alguma coisa a oferecer, ou quando
fazem aquilo que está no script. Caso não façam, ou não tenham o esperado, são descartadas pela sociedade.
E você, como mensura o valor das pessoas que estão ao seu redor? Você as admira pelo que elas
são, ou somente quando elas
têm algo de bom a oferecer, ou quando
fazem
algo de bom para você ? Como você tem tratado os de sua casa ? Como tem
tratado os amigos ? Como você tem se relacionado com os colegas de
trabalho? Valorizando o que cada um é, ou somente pelo que têm e fazem?
Entendo que devemos amar as pessoas pelo que elas
são. Os
maridos devem amar suas esposas, por que são suas esposas, antes de mais
nada. As mulheres devem amar seus maridos por que eles são seus
maridos, e não porque tem ou fazem. Como o mundo seria diferente, se as
pessoas fossem valorizadas por SEREM humanas, por SEREM capazes, por
SEREM importantes.
SEJAMOS amáveis, SEJAMOS tolerantes, SEJAMOS respeitáveis. Ai sim, saberemos realmente entender o valor de TER e FAZER!
Pense nisso !
Seu amigo Coach Ariel Nobre
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