quarta-feira, 3 de julho de 2013

Sobre Ser, Fazer e Ter



  1. SER%2C+TER%2C+FAZER
    Imagine que nossa vida são três círculos concêntricos : bem no centro está o Ser (ou como diria Jung, o Self), no segundo círculo o Fazer e no mais externo, o Ter.

    O ideal é que vivessemos centrados conscientemente neste Self e tivéssemos nossos “tentáculos” transitando no Fazer e no Ter, como ferramentas que utilizamos para operacionalizar a vida material e psicoemocional de forma a passarmos por ela saudavelmente.

    O processo de Maya - a identificação do complexo ego/mente racional/5 sentidos com a impermanência da vida - acaba deslocando ilusoriamente o centro da nossa existência para a periferia, criando “eus artificiais” (complexos de corpos energéticos) que passam a funcionar como norteadores da nossa vida.

    Isto produz internamente uma enorme sensação de vazio e de incompletude, que faz com que estabeleçamos nossa referência no Fazer, ou pior, no Ter, que é, por exemplo, o que o sistema capitalista e seus merchandisings e marketings procura nos fazer o tempo todo, tornando-nos compulsivos consumidores de produtos, sensações e pessoas, num frenesi interminável e insaciável (e inútil) de busca de uma completude que já está dentro de nós o tempo todo.

    O objetivo maior da Vida,é nos reconduzir à consciência absoluta do Ser, sem negar a importância relativa do Fazer e do Ter.
    ERNANI FORNARI
    (Alinhamento Energético)

    E para complementar vejamos:

    A célebre frase de William Shakespeare que diz: “Ser ou não ser, eis a questão”, parece não ser muito bem compreendida pela maioria dos homens. É só perceber o quanto as pessoas demonstram que amam as outras, mais pelo que elas tem e fazem por elas, do que propriamente pelo que elas são na vida destas pessoas.

    Muitos casam dizendo que amam seus parceiros, prometendo um amor eterno que nunca vai acabar. Mas com o tempo, caem na realidade de que aquele amor durou pouco, e saem pela tangente, deixando de lado suas promessas. Muito provavelmente, estas pessoas casaram com o que a outra poderia oferecer, ou seja, pelo ter. Não falo tanto pelo bem material, mas até mesmo pelo físico, pela atração sexual, pela aparência de um noivo ou uma noiva, que se adequava bem dentro dos padrões de beleza. Ou seja,  a pessoa que foi abandonada era mais importante pelo que tinha , do que pelo que ela realmente era.

    Não precisa ser só no casamento, mas em todos os relacionamentos, até mesmo dentro do âmbito profissional, entre patrão e empregados, entre líder e liderados. Muitas vezes, sentimos que as pessoas são somente  úteis quando têm alguma coisa a oferecer, ou quando fazem aquilo que está no script. Caso não façam, ou não tenham o esperado, são descartadas pela sociedade.

    E você, como mensura o valor das pessoas que estão ao seu redor? Você as admira pelo que elas são, ou somente quando elas têm algo de bom a oferecer, ou quando fazem algo de bom para você ? Como você tem tratado os de sua casa ? Como tem tratado os amigos ? Como você tem se relacionado com os colegas de trabalho? Valorizando o que cada um é, ou somente pelo que têm e fazem?

    Entendo que devemos amar as pessoas pelo que elas são. Os maridos devem amar suas esposas, por que são suas esposas, antes de mais nada. As mulheres devem amar seus maridos por que eles são seus maridos, e não porque tem ou fazem. Como o mundo seria diferente, se as pessoas fossem valorizadas por SEREM humanas, por SEREM capazes, por SEREM  importantes.

    SEJAMOS amáveis, SEJAMOS tolerantes, SEJAMOS respeitáveis. Ai sim, saberemos realmente entender o valor de TER e FAZER!
    Pense nisso  !

    Seu amigo Coach Ariel Nobre

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